Estudo da Fiocruz em Rondônia mostra avanços no conhecimento dos transmissores de leishmaniose
Em estudo realizado pelo Laboratório de Entomologia, pesquisadores identificaram a presença de parasitos do gênero Leishmania em duas espécies de flebotomíneos, consideradas abundantes em Rondônia
Estudo foi realizado na Floresta Nacional do Jamari
Estudo coordenado pelo Laboratório de Entomologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz RO) identificou a presença de parasito do gênero Leishmania, causador da Leishmaniose cutânea, em duas espécies de flebotomíneos (mosquito-palha) consideradas abundantes na região.
No estudo, as espécies Lutzomyia davisi e Lutzomyia antunesi são citadas como possíveis vetores de Leishmaniose cutânea. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Parasites and Vectors (Parasitas e Vetores) e reforçam a hipótese de que há participação dessas espécies no ciclo de transmissão da doença.
Para dar continuidade aos trabalhos, os pesquisadores pretendem descobrir, por meio de estudos experimentais, se essas espécies possuem a capacidade de transmitir o parasito a humanos. De acordo com critérios estabelecidos pela comunidade científica, para esta comprovação, é necessário verificar a biologia do parasito se desenvolvendo no inseto (vetor), e se ele consegue, de fato, transmitir a doença por meio de uma picada.
“Os estudos que desenvolvemos, até aqui, nos deram o conhecimento sobre quais espécies são potenciais vetores da doença em Rondônia, agora, queremos descobrir a relação parasito-vetor, ou seja, detalhes da capacidade das espécies de flebotomíneos de se infectar com os parasitos e como eles transmitem esses agentes patogênicos”, destaca Antonio Marques Pereira Junior, pesquisador do Laboratório de Entomologia.
No estudo, também foi evidenciado que alguns dos insetos capturados realizam alimentação sanguínea em diferentes fontes, mais especificamente: falcão-mateiro (Micrastur gilvicollis), jacamim (Psophia viridis), tamanduá (Tamandua tetradactyla), bicho-preguiça (Choloepus didactylus), além de humanos (Homo sapiens).
Resultados comprovaram maior captura de insetos na altura de 15 metros
Esses dados foram possíveis por meio da identificação do DNA presente no sangue do intestino das fêmeas, que dependem da alimentação sanguínea para nutrir os ovos das espécies e assim manter o ciclo de transmissão. Vale lembrar que apenas as fêmeas infectadas desses insetos transmitem o parasito causador da Leishmaniose. O estudo foi realizado na Floresta Nacional do Jamari, localizada no município de Itapuã do Oeste. Para capturar os insetos, foram utilizadas armadilhas luminosas instaladas em alturas de 1 e 15 metros.
Para o pesquisador em Saúde Pública e coordenador do estudo, Jansen Fernandes de Medeiros, essas informações são importantes, “para conhecermos como ocorre a interação e o comportamento de espécies que são vetores de Leishmaniose em Rondônia, além de oferecerem à área da saúde dados que possam auxiliar em ações de vigilância e controle da doença”. O estudo contou com financiamento da Capes/CNPq e Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa de Rondônia (Fapero).
Governo de Rondônia conclui dois quilômetros de asfalto da Estrada do Belmont
Os trabalhos contam também com o apoio do Exército Brasileiro que disponibilizou equipamentos para dar ainda mais agilidade nas ações
Corpo de Bombeiros e Agevisa alertam a população sobre acidentes envolvendo animais peçonhentos no período chuvoso
De acordo com levantamento feito pela Agevisa, de janeiro a agosto deste ano, foram notificados 986 acidentes com animais peçonhentos, e duas mortes registradas
Procon alerta consumidor contra possíveis golpes aplicados em cadastramento do novo sistema de transação bancária
Por se tratar de um sistema eletrônico para pagamento, existe o risco de fraude que de alguma forma poderia lesar os consumidores
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook