Evento Hidrelétricas na Amazônia: e depois?

Com o evento, os pesquisadores buscam dar um retorno às comunidades envolvidas no projeto, como populações locais, formadores de políticas públicas das várias esferas governamentais

Fonte: Ascom/UNIR - Publicada em 02 de setembro de 2024 às 09:32

Evento Hidrelétricas na Amazônia: e depois?

Foram analisados os impactos sociais e ecológicos da construção de hidrelétricas na Amazônia, envolvendo mais de 4 mil pessoas das proximidades dos rios Xingu e Madeira

Os resultados de mais de 10 anos de pesquisa sobre os impactos da construção de hidrelétricas na Amazônia serão apresentados em evento gratuito na próxima quarta-feira, dia 4 de setembro, no Auditório da UNIR-Centro, em Porto Velho. Intitulado “Hidrelétricas na Amazônia: e depois?”, o evento vai reunir pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e de outras instituições, representantes de comunidades ribeirinhas e indígenas impactadas pelas hidrelétricas e autoridades.

Com o evento, os pesquisadores buscam dar um retorno às comunidades envolvidas no projeto, como populações locais, formadores de políticas públicas das várias esferas governamentais (municipal, estadual e federal) e comunidade científica – contribuindo para um futuro mais justo e sustentável para a Amazônia.

“Ao todo, são mais de 10 anos de estudos científicos em várias áreas do conhecimento com um objetivo comum: investigar os impactos sociais e ecológicos da construção de hidrelétricas na Amazônia. Foram consultadas mais de 4 mil pessoas nas duas localidades (Porto Velho e Altamira, no Pará) e proximidades – entre entrevistas estruturadas, semiestruturadas e em profundidade, e oficinas participativas”, explica Emilio Moran, coordenador do projeto, da Universidade Estadual de Michigan (EUA) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Altamira também receberá o evento, no dia 9 de setembro, na Universidade Federal do Pará (UFPA).

A pesquisa

A pesquisa teve início em 2013, com o objetivo de analisar os impactos da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Com o avanço do estudo, a investigação foi renovada em 2020 com o nome “Depois das hidrelétricas: processos sociais e ambientais que ocorrem depois da construção de Belo Monte, Jirau, e Santo Antônio na Amazônia Brasileira” – incluindo as hidrelétricas do rio Madeira. A segunda fase do projeto examinou os impactos de 5 a 10 anos após a finalização das construções dessas usinas.

Pescador com rede malhadeira peixes diversos no Xingu_Alvaro de SouzaBuscou-se responder a questões cruciais sobre o legado deixado pelas hidrelétricas na Amazônia, como, por exemplo, (1) qual o efeito do declínio populacional após o crescimento explosivo durante a construção das hidrelétricas; (2) como as barragens afetam a pesca, os pescadores e a biodiversidade local; e (3) qual o impacto sobre o uso e cobertura da terra pelas populações locais. 

O estudo foi realizado através da iniciativa São Paulo Excellence Chairs (SPEC), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e contou com uma equipe interdisciplinar de mais de 20 pesquisadores de várias instituições.

Importância do evento para Porto Velho

O evento busca incentivar políticas públicas baseadas em evidências científicas que considerem as populações tradicionais e urbanas impactadas pelos grandes empreendimentos hidrelétricos. Ao promover esse evento, a amplitude da pesquisa e sua devolutiva, espera-se fortalecer o diálogo entre a comunidade científica, as populações impactadas e as autoridades, contribuindo para um futuro mais justo e sustentável para a Amazônia.

Serviço

Evento “Hidrelétricas na Amazônia: e depois?”

Quando: 4 de setembro de 2024

Onde: Auditório da UNIR-Centro (manhã) e Ivan Marrocos (tarde), a partir de 9h, em Porto Velho

Evento Hidrelétricas na Amazônia: e depois?

Com o evento, os pesquisadores buscam dar um retorno às comunidades envolvidas no projeto, como populações locais, formadores de políticas públicas das várias esferas governamentais

Ascom/UNIR
Publicada em 02 de setembro de 2024 às 09:32
Evento Hidrelétricas na Amazônia: e depois?

Foram analisados os impactos sociais e ecológicos da construção de hidrelétricas na Amazônia, envolvendo mais de 4 mil pessoas das proximidades dos rios Xingu e Madeira

Os resultados de mais de 10 anos de pesquisa sobre os impactos da construção de hidrelétricas na Amazônia serão apresentados em evento gratuito na próxima quarta-feira, dia 4 de setembro, no Auditório da UNIR-Centro, em Porto Velho. Intitulado “Hidrelétricas na Amazônia: e depois?”, o evento vai reunir pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e de outras instituições, representantes de comunidades ribeirinhas e indígenas impactadas pelas hidrelétricas e autoridades.

Com o evento, os pesquisadores buscam dar um retorno às comunidades envolvidas no projeto, como populações locais, formadores de políticas públicas das várias esferas governamentais (municipal, estadual e federal) e comunidade científica – contribuindo para um futuro mais justo e sustentável para a Amazônia.

“Ao todo, são mais de 10 anos de estudos científicos em várias áreas do conhecimento com um objetivo comum: investigar os impactos sociais e ecológicos da construção de hidrelétricas na Amazônia. Foram consultadas mais de 4 mil pessoas nas duas localidades (Porto Velho e Altamira, no Pará) e proximidades – entre entrevistas estruturadas, semiestruturadas e em profundidade, e oficinas participativas”, explica Emilio Moran, coordenador do projeto, da Universidade Estadual de Michigan (EUA) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Altamira também receberá o evento, no dia 9 de setembro, na Universidade Federal do Pará (UFPA).

A pesquisa

A pesquisa teve início em 2013, com o objetivo de analisar os impactos da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Com o avanço do estudo, a investigação foi renovada em 2020 com o nome “Depois das hidrelétricas: processos sociais e ambientais que ocorrem depois da construção de Belo Monte, Jirau, e Santo Antônio na Amazônia Brasileira” – incluindo as hidrelétricas do rio Madeira. A segunda fase do projeto examinou os impactos de 5 a 10 anos após a finalização das construções dessas usinas.

Pescador com rede malhadeira peixes diversos no Xingu_Alvaro de SouzaBuscou-se responder a questões cruciais sobre o legado deixado pelas hidrelétricas na Amazônia, como, por exemplo, (1) qual o efeito do declínio populacional após o crescimento explosivo durante a construção das hidrelétricas; (2) como as barragens afetam a pesca, os pescadores e a biodiversidade local; e (3) qual o impacto sobre o uso e cobertura da terra pelas populações locais. 

O estudo foi realizado através da iniciativa São Paulo Excellence Chairs (SPEC), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e contou com uma equipe interdisciplinar de mais de 20 pesquisadores de várias instituições.

Importância do evento para Porto Velho

O evento busca incentivar políticas públicas baseadas em evidências científicas que considerem as populações tradicionais e urbanas impactadas pelos grandes empreendimentos hidrelétricos. Ao promover esse evento, a amplitude da pesquisa e sua devolutiva, espera-se fortalecer o diálogo entre a comunidade científica, as populações impactadas e as autoridades, contribuindo para um futuro mais justo e sustentável para a Amazônia.

Serviço

Evento “Hidrelétricas na Amazônia: e depois?”

Quando: 4 de setembro de 2024

Onde: Auditório da UNIR-Centro (manhã) e Ivan Marrocos (tarde), a partir de 9h, em Porto Velho

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