Familiares homenageiam entes queridos em Dia de Finados

No Distrito Federal, cemitérios devem receber 600 mil visitantes

Fonte: Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil/Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil - Publicada em 02 de novembro de 2024 às 12:39

Familiares homenageiam entes queridos em Dia de Finados

A aposentada Maria de Jesus, de 70 anos, lançava um olhar de afeto e serenidade para o túmulo do filho, Sebastião Evangelista, enquanto um funcionário do cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, em Brasília, limpava a lápide e plantava muda de grama nova.

"Eu sempre venho nessa data, só durante os anos de pandemia que não vim, mas tem que cuidar. Eu sei que ele sente. A vida continua, e ele tá seguindo a vida espiritual dele em outro plano", contou à reportagem da Agência Brasil na manhã deste sábado (2).

Seu filho, o terceiro de seis, faleceu com apenas 27 anos, em 2006. Acompanhada da filha, ela repete esse  ritual há quase 18 anos. "É uma homenagem do amor e da saudade, e de saber que ele está vivo em nossa memória".

Brasília (DF), 02/11/2024 - Movimentação do Dia de Finados no cemitério Campo da Esperança. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Movimentação do Dia de Finados no cemitério Campo da Esperança. Foto:  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Feriado nacional observado anualmente em 2 de novembro, o Dia de Finados segue uma secular tradição católica de homenagem aos mortos.

A data atrai milhões de pessoas aos cemitérios de todo o país. No Distrito Federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), responsável por coordenar a concessão dos cemitérios do DF, estima que mais de 600 mil pessoas passarão pelas seis unidades cemiteriais públicas neste sábado. 

Para acolher os familiares que vêm visitar seus entes queridos, o governo distrital mobilizou um grande contingente de policiais e servidores públicos. Tendas para atendimentos com psicólogos, orientações sobre serviços funerários e atendimento de ouvidoria estão sendo oferecidos à população, além da disponibilização de vans para circulação entre diferentes pontos. Os cemitérios do DF seguirão com os portões abertos das 7h às 18h, em horário estendido. Além da Asa Sul, o DF conta com cemitérios nas regiões administrativas de Taguatinga, Gama, Sobradinho, Planaltina e Brazlândia.

O movimento no Campo da Esperança, o maior cemitério da capital federal, era intenso pela manhã, com fluxo intenso de carros e milhares de pessoas.

Brasília (DF), 02/11/2024 - Idalina Amorim, 73, veio visitar o túmulo da irmã e do cunhado no cemitério Campo da Esperança. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 Idalina Amorim, 73, veio visitar o túmulo da irmã e do cunhado no cemitério Campo da Esperança. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Idalina Amorim Oliveira, 73 anos, visitava os túmulos do cunhado e da irmã, falecida há apenas um ano.

"O processo de luto é muito gradativo, mas cada vez que eu venho aqui, me recordo do amor que nunca vai acabar", relata.

Para a subsecretária de Assuntos Fundiários da Sejus-DF, Gilce Santanna, o movimento de visitação não ocorre apenas no dia 2 de novembro, mas um dia antes e depois. "Ontem estava muito cheio e amanhã o movimento deve continuar".

Grupos de acolhimento espiritual e missas realizadas pela Arquidiocese de Brasília também ocorrem ao longo do dia.

Dia de Finados em Brasília

Familiares homenageiam entes queridos em Dia de Finados

No Distrito Federal, cemitérios devem receber 600 mil visitantes

Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil/Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil
Publicada em 02 de novembro de 2024 às 12:39
Familiares homenageiam entes queridos em Dia de Finados

A aposentada Maria de Jesus, de 70 anos, lançava um olhar de afeto e serenidade para o túmulo do filho, Sebastião Evangelista, enquanto um funcionário do cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, em Brasília, limpava a lápide e plantava muda de grama nova.

"Eu sempre venho nessa data, só durante os anos de pandemia que não vim, mas tem que cuidar. Eu sei que ele sente. A vida continua, e ele tá seguindo a vida espiritual dele em outro plano", contou à reportagem da Agência Brasil na manhã deste sábado (2).

Seu filho, o terceiro de seis, faleceu com apenas 27 anos, em 2006. Acompanhada da filha, ela repete esse  ritual há quase 18 anos. "É uma homenagem do amor e da saudade, e de saber que ele está vivo em nossa memória".

Brasília (DF), 02/11/2024 - Movimentação do Dia de Finados no cemitério Campo da Esperança. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Movimentação do Dia de Finados no cemitério Campo da Esperança. Foto:  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Feriado nacional observado anualmente em 2 de novembro, o Dia de Finados segue uma secular tradição católica de homenagem aos mortos.

A data atrai milhões de pessoas aos cemitérios de todo o país. No Distrito Federal, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), responsável por coordenar a concessão dos cemitérios do DF, estima que mais de 600 mil pessoas passarão pelas seis unidades cemiteriais públicas neste sábado. 

Para acolher os familiares que vêm visitar seus entes queridos, o governo distrital mobilizou um grande contingente de policiais e servidores públicos. Tendas para atendimentos com psicólogos, orientações sobre serviços funerários e atendimento de ouvidoria estão sendo oferecidos à população, além da disponibilização de vans para circulação entre diferentes pontos. Os cemitérios do DF seguirão com os portões abertos das 7h às 18h, em horário estendido. Além da Asa Sul, o DF conta com cemitérios nas regiões administrativas de Taguatinga, Gama, Sobradinho, Planaltina e Brazlândia.

O movimento no Campo da Esperança, o maior cemitério da capital federal, era intenso pela manhã, com fluxo intenso de carros e milhares de pessoas.

Brasília (DF), 02/11/2024 - Idalina Amorim, 73, veio visitar o túmulo da irmã e do cunhado no cemitério Campo da Esperança. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 Idalina Amorim, 73, veio visitar o túmulo da irmã e do cunhado no cemitério Campo da Esperança. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Idalina Amorim Oliveira, 73 anos, visitava os túmulos do cunhado e da irmã, falecida há apenas um ano.

"O processo de luto é muito gradativo, mas cada vez que eu venho aqui, me recordo do amor que nunca vai acabar", relata.

Para a subsecretária de Assuntos Fundiários da Sejus-DF, Gilce Santanna, o movimento de visitação não ocorre apenas no dia 2 de novembro, mas um dia antes e depois. "Ontem estava muito cheio e amanhã o movimento deve continuar".

Grupos de acolhimento espiritual e missas realizadas pela Arquidiocese de Brasília também ocorrem ao longo do dia.

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