Fhemeron homenageia doadores voluntários e reforça campanha de doação de sangue
O Dia Mundial do Doador Voluntário é comemorado no dia 14 de junho, por este motivo junho é o mês destinado às homenagens aos doadores de sangue
O doador Júlio César Pinto Júnior retribui o ato solidário que um dia o salvou após um acidente de trânsito
O Dia Mundial do Doador Voluntário é comemorado no dia 14 de junho, e no intuito de agradecer àqueles que sempre deixam um pouco de vida para quem precisa, a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), realizou nessa segunda-feira (15), uma recepção calorosa com direito a decoração junina e um lanche com alimentos típicos, para demonstrar carinho e reconhecer a importância de quem doa, além de sensibilizar novos doadores de sangue.
“O que me motivou a estar aqui pela primeira vez doando sangue é a minha vontade de retribuir o gesto solidário que alguém teve e que salvou a minha vida quando sofri um acidente de trânsito há cinco anos e, devido a gravidade dos ferimentos tive de ser submetido a duas cirurgias e precisei de bolsas de sangue. É graças à solidariedade das pessoas que pude ser salvo e estou aqui podendo contar essa história, relembra o corretor de imóveis, Júlio César Pinto Júnior.
“Estamos no junho vermelho, mês destinado às homenagens aos doadores. Mesmo num cenário normal, nesta época há registros de queda no estoque por conta das férias escolares e das viagens, no entanto, a situação se agravou com à pandemia e, devido a isso, estamos há alguns meses em situação crítica de estoques sanguíneos. Mesmo assim, permanece a campanha Junho Vermelho. E, para manter o movimento e numa tentativa de sairmos deste sufoco, durante essa semana promovemos neste dia, digamos um agrado aos nossos doadores. Nós os recebemos com essa decoração alusiva às festas juninas e estamos disponibilizando alimentos típicos, como canjica e paçoquinhas”, descreve Ana Carolina Gonzaga, médica hemoterapeuta e responsável técnica da Fhemeron.
A singela homenagem tem como preceitos os cuidados redobrados do distanciamento social, evitando assim, eventos que aglomerem pessoas. Desde o início da quarentena foi necessário uma redução na carga horária de expediente da Fhemeron. “Por este motivo estamos funcionando em horários especiais e o atendimento é por agendamento, mas nosso objetivo é que consigamos novamente reabrir com o horário de funcionamento pela manhã e tarde”, esclarece a médica.
ESTOQUE CRÍTICO
Segundo à Fhemeron, todos os tipos sanguíneos estão em situação crítica e abaixo do ideal. “Atualmente não estamos conseguindo atender as urgências e emergências. A tipagem sanguínea O+, por exemplo, está com 30% de estoque crítico. Temos estoque para dois dias de A+ e os tipos AB estão praticamente zerados. Todos estão abaixo do que gostaríamos, a situação é de alerta”, enfatiza Ana Carolina.
Doar sangue é um ato voluntário, e é necessário que as pessoas estejam engajadas desse espírito para que o estoque e o atendimento às demandas da Fhemeron continuem sendo mantidos.
“No entanto, justamente neste dia que estamos prestando essa homenagem aos nossos doadores, graças à solidariedade das pessoas, estamos recebendo um número de doação de sangue que nos deixa felizes e esperançosos, diz a assistente social e gerente de captação da Fhemeron, Maria Luíza Pereira.
HOMENAGEM E CONSCIENTIZAÇÃO
A data, que é comemorada no dia 14 de junho, além de homenagear às pessoas que reservam um tempinho do seu dia para doar sangue, também serve para informar e conscientizar à população sobre a importância de ser um doador.
“Mesmo em tempo de quarentena não podemos deixar de homenagear a dedicação de todos que fizeram parte da campanha Junho Vermelho. A Fhemeron só deseja agradecer e parabenizar a esses heróis anônimos”, destaca Maria Luíza.
PREVENÇÃO
Doar sangue continua seguro. E não há riscos para quem doa. No entanto, a pandemia da Covid-19 fez os hemocentros do Brasil adotarem algumas medidas e protocolos para evitar o contágio da doença. Seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS), a Fhemeron adotou o agendamento por telefone e horário diferenciado para evitar aglomeração de pessoas e a contaminação do coronavírus.
“Antes da pandemia, para ser um doador, era necessário ter entre 18 e 69 anos, e pesar no mínimo 50 quilos e apresentar bom estado de saúde. Agora, devido a essa situação, além dos critérios definitivos que já adotávamos, há outros temporários, como é o caso dos indivíduos que apresentarem sintomas respiratórios e febre, que tiverem contato com alguém positivado para Covid-19, ou manifestou os sintomas, estes não podem realizar qualquer tipo de doação pelo período mínimo de 30 dias”, enfatiza a gerente de captação da Fhemeron.
Além disso, a Fhemeron orienta que àqueles que forem doar não devem ir acompanhados, com exceção se estes também forem realizar a doação de sangue.
O funcionário público Anderson Nascimento é doador voluntário há 10 anos
“Só em saber que uma bolsa de sangue consegue salvar quatro vidas, vale esse ato de solidariedade. Quem precisa de sangue precisa de vida”, diz o funcionário público Anderson Nascimento, doador de sangue há 10 anos.
REQUISITOS NECESSÁRIOS AO DOADOR DE SANGUE
– Estar em boas condições de saúde;
– Ter entre 18 e 69 anos de idade;
– Jovens entre 16 e 17 anos poderão doar acompanhados dos pais ou responsáveis legais;
– Ter peso acima de 50 kg;
– Estar alimentado, evitando alimentação gordurosa (aguardar três horas após o almoço);
– Homem pode doar até 4 vezes ao ano, em intervalos de 60 dias (dois meses);
– Mulher pode doar até 3 vezes ao ano, em intervalos de 90 dias (três meses);
– Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.
IMPEDIMENTOS TEMPORÁRIOS
– Estar gripado ou com febre;
– Estar grávida ou amamentando;
– Estar em tratamento médico;
– Ter ingerido bebida alcoólica no dia da doação (12 horas);
– Ter tatuagem feita há menos de um ano;
– Ter feito endoscopia digestiva nos últimos seis meses;
– Ter adquirido malária nos últimos 12 meses.
IMPEDIMENTOS DEFINITIVOS
– Ter sido acometido por doença de Chagas;
– Ter sido acometido por hepatite após os 11 anos de idade;
– Ter sido exposto à situação ou comportamento que levem a risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis.
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Além do atendimento presencial, continua por meio telefônico e e-mail e por meio do portal www.semfazonline.com
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