Fórum para Manutenção da Zona Livre de Febre Aftosa debate rastreabilidade bovina
A rastreabilidade possibilita que o animal seja monitorado pelos ambientes por onde passa
A rastreabilidade bovina é um dos temas do Fórum Rondoniense para Manutenção da Zona Livre de Febre Aftosa
“Rondônia é um estado importante na pecuária nacional, é um caso de sucesso no que se refere à retirada da vacina da febre aftosa e, com esforço do setor privado em cooperação ao setor público, logo será referência, também, em rastreabilidade da cadeia bovina”. A afirmação é da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que está presente na 11ª Rondônia Rural Show Internacional, que acontece de 20 a 25 de maio, em Ji-Paraná.
O presidente de Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Francisco Olavo Pugliesi de Castro vai presidir os debates sobre o tema, no 6º Fórum Rondoniense para Manutenção da Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, no dia 23 de maio, durante a Rondônia Rural Show Internacional.
O presidente da comissão considera que, embora Rondônia precise esperar uma determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o estado já tem a organização necessária para começar a fazer a rastreabilidade bovina. “Vai ter dificuldades como em todo o país. Não é fácil, mas se tem um lugar que tem vocação para a pecuária é Rondônia”, acentuou.
O governador do estado, Marcos Rocha destaca que, o estado tem atuado firme, com ações voltadas à questão sanitária, a fim de manter o rebanho saudável. “O rastreamento surge como peça central no controle sanitário, sendo uma ferramenta essencial para a transparência e responsabilidade na produção pecuária. Rondônia é zona livre de febre aftosa sem vacinação, e o governo tem atuado com muita seriedade na questão da manutenção de um rebanho bovino saudável”.
PLANO ESTRATÉGICO
Francisco Pugliesi evidenciou que, os primeiros passos para que a pecuária rondoniense adote a rastreabilidade da cadeia bovina já foram dados, fazendo referência à Portaria nº 1.113, de 14 de maio, em que o Mapa institui um grupo de trabalho, com a finalidade de subsidiar a elaboração de plano estratégico para implementação de política pública de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos, em todo o Brasil.
Contudo, para que a rastreabilidade ocorra com sucesso, Francisco Pugliesi afirma que, o pecuarista tem que ser ouvido e tem que visualizar ganho no processo, acrescentando que essa mudança de cultura, como qualquer outra, é um grande desafio, ao qual requer trabalho e muito planejamento, mas não é impossível se houver força de vontade. Sobre a aplicabilidade dessa novidade, o especialista alerta que, a medida não pode ser obrigatória nem punitiva, ou seja, o mercado é quem vai regular essa transição, pagando mais a quem optar pela rastreabilidade.
SOBRE O PROCESSO
Francisco Pugliesi acrescenta que, a rastreabilidade bovina que deve ser preconizada pelo Mapa e o mercado vem exigindo, principalmente o externo, é desde a origem do animal; do nascimento do bezerro até a hora em que será abatido no frigorífico.
A rastreabilidade possibilita que o animal seja monitorado pelos ambientes por onde passa, para que não seja criado ou engordado em propriedade que tenha algum passivo sanitário, ambiental, social ou trabalhista. Para que o consumidor tenha certeza de que a carne bovina consumida tem origem em propriedade rural, que respeita todas as normas ambientais, sociais e sanitárias.
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