Garota é suspeita de convencer marido a matar padrasto em Vilhena; vítima ligou para irmão antes de morrer
Polícia pediu a prisão de casal suspeito, que é considerado foragido.
Em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira, 31, o titular da Delegacia de Homicídios de Vilhena, Núbio Lopes de Oliveira, deu detalhes do desfecho de um crime cometido na área rural do município no mês passado: o assassinato, a tiros, do agricultor Valdir da Silva Guimarães, 40 anos. Após ser baleado na chácara em que morava, na Linha, 140, ele ligou para o irmão e identificou o autor dos disparos. Lembre aqui.
Núbio indiciou e pediu a prisão do casal envolvido no homicídio: Rafaeli Feliz de Souza, enteada da vítima, e o marido dela, Jean Carlos Tavares Brunelli. Os dois são considerados foragidos, e teriam agido por vingança.
De acordo com o delegado, a motivação do assassinato teria sido uma briga entre a garota e o padrasto no Dia das Mães. A comemoração aconteceu na chácara onde Valdir morava com a mãe de Rafaeli, e com quem ele tinha dois filhos. Após um desentendimento, a moça teria desferido um chute no agricultor. O marido dela entrou na briga e chegou a dar um tiro para o alto.
Dias após esse episódio, Valdir havia ficado sozinho na propriedade rural, após sua esposa vir para a cidade. Nesta ocasião, Rafaeli ficou sabendo que o padrasto não tinha companhia e convenceu o marido a executá-lo.
Para não levantar suspeitas, a garota levou o meio-irmão (filho de Valdir com sua mãe) para uma festa, e deixou o adolescente no evento. Em companhia do parceiro, alegando que iria comprar cigarros, a moça pegou emprestada a moto de um amigo e rumou para a chácara, a fim de executar o padrasto.
De acordo com o delegado, Jean pulou a janela da residência e atirou no sogro, que estava na cama. Após os disparos, ele deixou a propriedade sem ser atacado pelo cão da raça pit bull que guardava a chácara, pois animal havia sido criado por ele e vendido a Valdir.
Um detalhe que acabou confirmando a participação do casal no crime foi o depoimento do meio-irmã da acusada. Ao ser ouvido na polícia o garoto disse que, no dia do assassinato, Rafaeli havia se ausentado por mais de uma hora da festa onde o havia deixado. A moça mentiu, dizendo ter ficado fora por apenas 15 minutos.
A Delegacia de Homicídios divulgou a foto dos suspeitos para que as pessoas ajudem a localizá-los. Quem souber do paradeiro de Jean e Rafaeli deve ligar para a Unisp, no telefone (69) 3322-3001.
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