Governo de RO incentiva entrada de estudantes indígenas no ensino superior através do Enem

Entre as políticas públicas para os povos indígenas, a educação se destaca tanto em sua essência pedagógica quanto em relação à infraestrutura e valorização do professor indígena

Fonte: Texto: Elaine Santos Fotos: Cleber Souza e Ilca Furtado Secom - Governo de Rondônia - Publicada em 02 de novembro de 2024 às 15:49

Governo de RO incentiva entrada de estudantes indígenas no ensino superior através do Enem

A Escola Indígena Rosana Cinta Larga atende 81 alunos e recebeu obras de ampliação, como a construção de pátio e duas salas de aulas

Os estudantes indígenas que se inscreveram para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2024) estão na expectativa para a primeira fase das provas, marcada para acontecer neste domingo (3). É uma oportunidade para acessar o ensino superior e representar suas comunidades. No governo de Rondônia, as políticas públicas para os povos indígenas vêm sendo intensificadas e a educação tem sido um dos destaques, tanto em sua essência pedagógica quanto em relação à infraestrutura e valorização do professor indígena.

Patrícia Cinta Larga cursa o terceiro ano e vai fazer o Enem pela primeira vez

Fazem parte da Rede Pública Estadual de Ensino 104 escolas indígenas, que atendem um total de 3.708 estudantes. A indígena Patrícia Cinta Larga é estudante do 3º ano do ensino médio na Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental e Médio Rosana Cinta Larga, que fica no município de Espigão do Oeste. A estudante relatou que estuda e revisa os conteúdos que aprende em sala de aula através da plataforma Revisa Enem todos os dias.

“Fiz minha inscrição do Enem por intermédio da minha professora. Foi ela que me incentivou e desde então estou focada nos conteúdos que devem cair no Exame. Acesso a plataforma Revisa Enem na escola todos os dias, porque na aldeia não tenho acesso à internet. Meu sonho é alcançar uma boa nota e conseguir ingressar no ensino superior”, revelou.

Hugo Cinta Larga é professor de uma Escola Sertanista em Espigão do Oeste

O professor da Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental e Médio Sertanista Benedito Brígido da Silva, Hugo Cinta Larga destacou que, a instituição oferece o mesmo ritmo de estudo ofertado nas demais unidades da rede estadual. “Nossa programação, durante todo o ano letivo, inclui videoaulas, avaliações periódicas, revisões, aulas de redação e simulados. São aulas dinâmicas, com professores capacitados e conteúdos pertinentes às provas do Enem”, explicou.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

O professor acrescentou ainda que todos os professores indígenas do estado têm acesso ao programa de formação continuada e capacitação. “Estamos continuamente nos atualizando na metodologia de ensino para melhoria do nosso trabalho em sala de aula e no aprendizado do aluno”, disse.

A titular da Seduc, Ana Lúcia Pacini enfatizou que, a educação indígena estadual é fundamentada na interculturalidade, na coletividade, no fortalecimento identitário e na valorização de suas especificidades. “Esses princípios não apenas promovem o ensino, mas também preparam os estudantes para desafios, como as avaliações externas”, apontou.

POLÍTICAS PÚBLICAS

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, as políticas públicas para os povos indígenas vêm sendo intensificadas desde o início da gestão. Entre as principais ações da Seduc, está a formação continuada de professores indígenas e não indígenas para atuarem nas escolas indígenas. “Os investimentos do estado também são voltados aos materiais didáticos, equipamentos e mobília, além de obras de melhorias na infraestrutura,” ressaltou.

CRONOGRAMA DO ENEM 2024

As provas do Enem 2024 começam às 13h30 e terminam às 19h (horário de Brasília); os inscritos devem chegar ao local de prova com antecedência. Os portões abrem às 12h.

Dia 3 de novembro

Dia 10 de novembro

ENEM

Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros e os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação (MEC), como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.

O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.

Governo de RO incentiva entrada de estudantes indígenas no ensino superior através do Enem

Entre as políticas públicas para os povos indígenas, a educação se destaca tanto em sua essência pedagógica quanto em relação à infraestrutura e valorização do professor indígena

Texto: Elaine Santos Fotos: Cleber Souza e Ilca Furtado Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 02 de novembro de 2024 às 15:49
Governo de RO incentiva entrada de estudantes indígenas no ensino superior através do Enem

A Escola Indígena Rosana Cinta Larga atende 81 alunos e recebeu obras de ampliação, como a construção de pátio e duas salas de aulas

Os estudantes indígenas que se inscreveram para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2024) estão na expectativa para a primeira fase das provas, marcada para acontecer neste domingo (3). É uma oportunidade para acessar o ensino superior e representar suas comunidades. No governo de Rondônia, as políticas públicas para os povos indígenas vêm sendo intensificadas e a educação tem sido um dos destaques, tanto em sua essência pedagógica quanto em relação à infraestrutura e valorização do professor indígena.

Patrícia Cinta Larga cursa o terceiro ano e vai fazer o Enem pela primeira vez

Fazem parte da Rede Pública Estadual de Ensino 104 escolas indígenas, que atendem um total de 3.708 estudantes. A indígena Patrícia Cinta Larga é estudante do 3º ano do ensino médio na Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental e Médio Rosana Cinta Larga, que fica no município de Espigão do Oeste. A estudante relatou que estuda e revisa os conteúdos que aprende em sala de aula através da plataforma Revisa Enem todos os dias.

“Fiz minha inscrição do Enem por intermédio da minha professora. Foi ela que me incentivou e desde então estou focada nos conteúdos que devem cair no Exame. Acesso a plataforma Revisa Enem na escola todos os dias, porque na aldeia não tenho acesso à internet. Meu sonho é alcançar uma boa nota e conseguir ingressar no ensino superior”, revelou.

Hugo Cinta Larga é professor de uma Escola Sertanista em Espigão do Oeste

O professor da Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental e Médio Sertanista Benedito Brígido da Silva, Hugo Cinta Larga destacou que, a instituição oferece o mesmo ritmo de estudo ofertado nas demais unidades da rede estadual. “Nossa programação, durante todo o ano letivo, inclui videoaulas, avaliações periódicas, revisões, aulas de redação e simulados. São aulas dinâmicas, com professores capacitados e conteúdos pertinentes às provas do Enem”, explicou.

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

O professor acrescentou ainda que todos os professores indígenas do estado têm acesso ao programa de formação continuada e capacitação. “Estamos continuamente nos atualizando na metodologia de ensino para melhoria do nosso trabalho em sala de aula e no aprendizado do aluno”, disse.

A titular da Seduc, Ana Lúcia Pacini enfatizou que, a educação indígena estadual é fundamentada na interculturalidade, na coletividade, no fortalecimento identitário e na valorização de suas especificidades. “Esses princípios não apenas promovem o ensino, mas também preparam os estudantes para desafios, como as avaliações externas”, apontou.

POLÍTICAS PÚBLICAS

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, as políticas públicas para os povos indígenas vêm sendo intensificadas desde o início da gestão. Entre as principais ações da Seduc, está a formação continuada de professores indígenas e não indígenas para atuarem nas escolas indígenas. “Os investimentos do estado também são voltados aos materiais didáticos, equipamentos e mobília, além de obras de melhorias na infraestrutura,” ressaltou.

CRONOGRAMA DO ENEM 2024

As provas do Enem 2024 começam às 13h30 e terminam às 19h (horário de Brasília); os inscritos devem chegar ao local de prova com antecedência. Os portões abrem às 12h.

  • Aplicação do Enem: 3 e 10/11/2024;
  • Divulgação do gabarito: 20/11/2024; e
  • Divulgação do resultado: 13/1/2025.

Dia 3 de novembro

  • Ciências Humanas e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha de geografia, história, filosofia e sociologia;
  • Linguagens, Códigos e suas Tecnologias: 40 questões de múltipla escolha de português e literatura, e mais 5 de língua estrangeira (inglês ou espanhol); e
  • Redação dissertativa-argumentativa: texto tem que ser escrito com base em uma situação-problema apresentada.

Dia 10 de novembro

  • Matemática e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha; e
  • Ciências da Natureza e suas Tecnologias: 45 questões de múltipla escolha de biologia, química e física.

ENEM

Instituído em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término do ensino médio. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como treineiros e os resultados obtidos no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

As notas do Enem podem ser usadas em processos seletivos coordenados pelo Ministério da Educação (MEC), como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) do governo federal.

O desempenho no Enem também é considerado para ingresso em instituições de educação superior de Portugal que têm acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior naquele país.

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