Governo de Rondônia leva energia solar para escola em comunidade da Reserva Extrativista do Rio Pacaás Novos
Todo o equipamento necessário para a implantação do sistema de energia solar fotovoltaica para atender a unidade de ensino João da Mata pesa aproximadamente mil quilos
Placas solares para atender a unidade de ensino João da Mata estão sendo transportadas pelo rio
O Governo de Rondônia avança para a execução do programa “Luz para a Educação” que irá beneficiar a Comunidade Margarida, localizada na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Pacaás Novos, em Guajará-Mirim. O projeto beneficiará, especialmente, alunos, professores e demais servidores da unidade de ensino João da Mata, uma extensão da Escola Municipal Salomão Silva. Na terça-feira (10), equipes da Coordenadoria de Unidades da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) iniciaram o transporte do kit fotovoltaico até a comunidade.
A Sedam está prestando todo o suporte técnico e logístico para a instalação de energia solar fotovoltaica naquela localidade, que até então só contava com energia gerada por motor a combustão. Ao todo, serão instaladas 15 placas solares para atender a escola. A carga pesa aproximadamente mil quilos e, ao longo do trajeto no rio, o Governo conta com o apoio dos moradores da região.
Além de possuir um vasto conhecimento sobre a navegação naquele rio, os próprios ribeirinhos contam com embarcações mais adequadas para oferecer todo o suporte. As populares “chatas”, nome atribuído a diferentes tipos de embarcações de pequeno calado e fundo chato, vão fazer toda a diferença nesse trajeto. No Pacaás Novos, as chatas são essenciais para o transporte de cargas, pois facilitam a navegação pelo rio, especialmente nesta época de seca, onde os níveis da água diminuem drasticamente.
Mais de dez pessoas estão envolvidas nesta operação, entre equipes do Governo de Rondônia, representantes da Rioterra e da empresa responsável pela instalação do kit de energia solar. Durante o trajeto, rio acima, a expectativa é que sejam necessários pelo menos três dias de navegação. À noite, toda a equipe deve montar acampamento na floresta, às margens do rio.
No final de 2020, o Governo de Rondônia, por meio da Sedam, submeteu proposta de energia renovável e conseguiu captar US$ 25 mil (vinte e cinco mil dólares) do Future Fund para atender a Comunidade Margarida, um fundo foi capitaneado pela Coalizão Under 2, secretariado pelo The Climate Group. Com o recurso, a Sedam convidou o Centro de Estudos Rioterra para ajudar na execução do projeto, que conta também com o apoio da Associação Primavera e da Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim.
Transporte de todo o kit fotovoltaico acontece pelo Rio Pacaás Novos
“Como o projeto está sendo desenvolvido numa reserva extrativista, que está sob a tutela do Estado de Rondônia, da Sedam especificamente, então temos a missão de oferecer esse apoio logístico e suporte em toda a questão técnica, para que esse projeto seja executado a contento. A Sedam está acompanhando todas as etapas”, destaca Daniela Moreira dos Santos Machado, assessora especial para Gestão de Unidades de Conservação da Sedam e coordenadora do Projeto Luz para a Educação.
Após a chegada à Comunidade Margarida, prevista para sexta-feira (13), a expectativa é que em três dias sejam instalados todos os equipamentos que vão garantir energia solar para a Escola João da Mata. A previsão é para que o novo sistema seja inaugurado no dia 17 de agosto e, a partir daí, a realidade será outra para toda a comunidade escolar.
“Para a escola, muda tudo. Hoje, a extensão escolar João da Mata têm computadores, porém estão sem funcionar. Também por uma questão de segurança alimentar e nutricional, hoje não tem acesso, por exemplo, a vegetais frescos e carnes por conta da falta de energia”, destaca Daniela.
De acordo com a coordenadora do projeto, o novo sistema de energia vai mudar completamente a vida dos alunos e servidores da escola. “Com a nova fonte de energia poderão ter acesso à internet, inclusão digital. Para os professores, vai facilitar o uso de novas metodologias pedagógicas para os alunos. Já temos uma antena que fornece Internet, porém precisa da energia de geradores movidos a diesel. Com o novo sistema, terão comunicação 24 horas por dia”, finaliza.
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