Inimigo Público Nº 2
O inimigo da democracia, o recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, líder do Centrão, o agrupamento de deputados federais da direita fisiológica cujos partidos são “partidos de negócio”
O Inimigo Público n. 1, o inimigo da vida, ocupa o Palácio do Planalto. Sua política em relação ao Covid 19 está dando certo: bate recordes de mortes a cada dia. Afinal o que vale a morte dos outros?
Agora temos o Inimigo Público n0. 2, o inimigo da democracia, o recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, líder do Centrão, o agrupamento de deputados federais da direita fisiológica cujos partidos são “partidos de negócio”.
O sistema eleitoral brasileiro – o sistema proporcional de listas abertas – é o pior do mundo. Nele, o número de deputados eleitos é proporcional aos votos recebidos pelo partido, sendo eleitos os deputados pela ordem de votos obtida.
É um sistema que torna nossa democracia representativa muito pouco representativa, porque grande parte dos eleitores não sabe que ideias representam os deputados eleitos, e porque as campanhas eleitorais são muito caras, favorecendo os candidatos ricos e os que se vendem.
Agora o deputado Arthur Lira (PP-AL) está promovendo uma reforma eleitoral que faz o impossível: torna o sistema ainda pior. É o chamado “distritão” no qual são eleitos os deputados mais votados esquecendo a proporcionalidade. Esse sistema tem todos os defeitos do atual, mas é ainda pior porque a proporcionalidade é abandonada.
O sistema mais democrático que conheço é o proporcional por listas fechadas, que fortalece os partidos políticos e as ideias e os programas que os partidos de representam. O sistema distrital (um deputado eleito por distrito) tem o defeito de não ser proporcional, mas facilita aos eleitores conhecer os candidatos e custo da eleição é baixo.
A alternativa mais equilibrada é o sistema eleitoral misto. O eleitor dá dois votos: um no candidato e outro no partido político que prefere; a metade dos deputados é eleita pelo distrito e a outra metade é proporcional aos votos recebidos pelo partido, por lista fechada. É um sistema que equilibra as qualidades e os defeitos dos dois sistemas básicos: o proporcional por lista fechada e o majoritário por distrito. O distritão é um aborto antidemocrático. Maria Hermínia Tavares publicou hoje (4/3/21) na Folha um excelente artigo sobre o tema.
Resenha Política, por Robson Oliveira
A maior pressão pela liberação geral das atividades econômicas vem principalmente do setor privado da educação que afixou, inclusive, cartazes pelas ruas da cidades chamando lockdown de incompetência dos prefeitos
Presidente Alex Redano destina emenda para melhoria em escola
Já está na conta da prefeitura do município recurso para a troca do piso da escola
Escola do Legislativo realiza live sobre a Mulher na Política
Apesar de serem maioria entre os eleitores brasileiros, menos de 15% de mulheres ocupam cargos eletivos
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook