Kajuru pede que partidos doem parte do fundo eleitoral para tragédia no RS
Kajuru também sugeriu que senadores e deputados doem uma parte dos R$ 46 bilhões a que têm direito em emendas parlamentares
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) sugeriu, em pronunciamento nesta segunda-feira (6), que os partidos políticos renunciem a uma parte do fundo eleitoral para que o dinheiro seja destinado às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O parlamentar informou que vai entregar um ofício com a sugestão ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
— Neste ano de eleição municipal, em outubro próximo, qual é o fundo eleitoral que caberá aos mais de 5 mil municípios do país, vereadores e prefeitos candidatos? (...) R$ 5 bilhões. Se os partidos políticos aceitassem abrir mão de uma parte, que fosse 20%, significaria R$ 1 bilhão, de imediato, ao Rio Grande do Sul. Por quê? Porque o dinheiro já está disponível no TSE, que, nos próximos dias, vai entregar aos partidos políticos para as campanhas de todos os mais de 5 mil municípios do Brasil. [...] O que vai mudar na vida de candidatos a vereadores e prefeitos se abrirem mão e se os partidos políticos perderem de 20% a 50% desse fundo eleitoral de R$ 5 bilhões? Nada, até porque uma boa parte nem usa o fundo eleitoral que recebe. Faz uma poupança, um caixa dois para a sua vida posterior, para a sua aposentadoria.
Kajuru também sugeriu que senadores e deputados doem uma parte dos R$ 46 bilhões a que têm direito em emendas parlamentares.
— Se abrissem mão de 10%, nós enviaríamos imediatamente, para o Rio Grande do Sul, R$ 4,6 bilhões. Se quiserem outra alternativa: o governo tem agora o valor de R$ 5,6 bilhões em emendas para recebermos. [...] A gente poderia abrir mão da metade, o que significaria quase R$ 3 bilhões. Com mais uma parte do fundo eleitoral, chegaríamos a quase R$ 7 bilhões. Seria um dinheiro realmente significativo para salvar o Rio Grande do Sul em todos os sentidos, e 70% de todo o território gaúcho, que vive um caos.
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