Leia a coluna Opinião de Primeira, de Sérgio Pires
Pode-se discursar ou tentar defender; pode-se achar que a saída encontrada foi boa, mas a verdade é que, na realidade brasileira, a nova legislação se transformou num verdadeiro desastre
COMO DESTRUIR PARTIDOS, LIDERANÇAS, IDEOLOGIAS: BASTA CRIAR UMA LEI QUE OBRIGUE CANDIDATOS À HUMILHAÇÃO
Como destruir ideologias, partidos e lideranças de todas as matizes? Há alguns passos importantes. Primeiro, a burrice generalizada. Depois, a aprovação de um pacote de leis que coloque as crenças ideológicas como terceiro viés. Mais: que estas leis impeçam alianças, acordos, coligações de candidatos que tenham crenças políticas semelhantes. Ainda: exija-se que os partidos tenham menos candidatos; que cada sigla mostre ao menos 30 por cento de mulheres; que os partidos só possam se unir em federações nacionais, descartando os interesses regionais e, por fim, que se faça tudo isso sem ouvir o eleitor. Em resumo, foi o que aconteceu com a nova legislação eleitoral que, sem qualquer sombra de dúvida, terá que ser mudada para a próxima eleição. Até agora está se tentando entender o que o Congresso Nacional, por maioria, aprovou neste pacote confuso, excêntrico e cheio de armadilhas, que, no final das contas, obrigou candidatos da esquerda, por exemplo, a terem que se unir a partidos de direita, pela sobrevivência política. Em Rondônia, apenas para dar um exemplo, a deputada federal Silvia Cristina caiu fora do PDT e aliou-se ao PL, completamente distante da sua ideologia, para ter alguma chance de reeleição. É neste pacote que Mariana Carvalho abriu mão de ser a poderosa presidente regional do PSDB, para, no Republicanos, ter sua vaga de senadora garantida. E mais: também pelo mesmo motivo, Vinicius Miguel precisou optar por deixar a presidência do Cidadania, um partido nanico, para abrigar-se no PSB, onde tem mais chances de eleição. Muitos outros políticos deixaram suas siglas, alguns onde estavam há longos anos, para cumprir o calvário de se abrigarem junto a quem nunca foi seu parceiro, para que possam remanescer, dentro desta excrescência em que se transformou a legislação eleitoral.
Ouviu-se que esta lei estranha valorizaria os partidos políticos e retiraria de cena os nanicos, no geral, apenas balcões de negócios em ano eleitoral. Talvez neste quesito tenha dado certo. Mas se a intenção era valorizar as siglas que restassem e suas ideologias, o tiro não só saiu pela culatra, como atingiu, em cheio, o meio do pé de todos. O desespero dos candidatos que têm mandato e dos que não têm, buscando, até a 25ª hora, um partido em que tivessem chances de chegar ao poder, seja em nível estadual ou nacional, demonstrou que, na vida real, a teoria é outra, muito diferente. Pode-se discursar ou tentar defender; pode-se achar que a saída encontrada foi boa, mas a verdade é que, na realidade brasileira, a nova legislação se transformou num verdadeiro desastre. Que o digam os apavorados candidatos que foram se ajoelhar, humilhados, para serem aceitos em siglas que nada a ver com eles. O que se espera é que, tão logo termine essa eleição, essa besteira toda, que foi feita pela burrice generalizada do nosso Congresso, seja corrigida, para que não tenhamos que assistir, novamente, as negociações patéticas, que vimos até este último final de semana.
MDB MONTA NOMINATA COM PELO MENOS CINCO NOMES PODEROSOS NA DISPUTA PELA CÂMARA E SONHA COM DUAS VAGAS
Depois de muita luta nos bastidores, o presidente regional do MDB, deputado Lúcio Mosquini, conseguiu montar uma nominata poderosa, na disputa pelas oito vagas da Câmara Federal. Além do próprio Mosquini, que tenta seu terceiro mandato, a relação tem nomes quentíssimos da nossa política, como o ex-prefeito de Ariquemes, o delegado Thiago Flores e o ex-deputado e empresário Tiziu Jidalias. Traz ainda estreias com grandes chances de chegar lá: o Professor Uberlando Tiburtino, reitor do Ifro, uma instituição que tem mais de 50 mil alunos no Estado; a professora e ex-secretária de Educação Gláucia Negreiros, que fez um excelente trabalho e saiu do cargo nesta última sexta-feira, para concorrer à Câmara e, por fim, o jovem Rafael Mazieiro, de Vilhena, que está despontando na política. Tem mais: o dr. Silmar de Ji-Paraná, que é bolsonarista e que, na primeira vez que concorreu, conquistou mais de 11 mil votos. Mosquini comemorou o forte grupo de candidatos e garante: seu partido fará pelo menos dois deputados federais. Ele está lutando para que consiga alcançar até 70 mil votos na sua reeleição. Já na relação dos emedebistas que concorrerão a Assembleia Legislativa, há vários nomes também destacados, como o do deputado de terceiro mandato, Jean Oliveira; Glaucione Rodrigues, ex-prefeita de Cacoal; Isaú Negrão, filho do prefeito de Ji-Paraná, Isaú Fonseca; dr. Luiz, de Jaru; o presidente da Câmara de Vereadores de Buritis, o vereador Adriano e o vereador Jeferson, de Ouro Preto. Segundo Mosquini, a relação ainda será ampliada e a meta do MDB é eleger pelo menos três deputados estaduais.
BAGATTOLI, O PODEROSO HOMEM DO AGRONEGÓCIO, PODE FICAR DE FORA DA DISPUTA PELO SENADO? POR ENQUANTO, ELE NÃO TEM VAGA
No pacote de candidaturas ao Senado, não se sabe quem vencerá, entre as candidaturas postas. Mas já se pode dizer quem corre grande risco de perder! Trata-se do megaempresário do agronegócio de Vilhena, do alto dos seus 212 mil votos conquistados na última disputa senatorial, que pode ficar de fora da corrida deste ano. Permanecendo na PL, ao menos até agora, Jaime Bagattoli não garantiu a sigla para abrigar-se como postulante à única vaga a que Rondônia tem direito. Filiado ao PL do presidente Bolsonaro, a quem jura fidelidade e amizade pessoal (“sou o candidato ao Senado do Presidente”!, repetia Bagattoli), o empresário, ao menos estava certo de que seria o nome do Partido Liberal para concorrer este ano. Ele foi conversar com o novo presidente regional, o senador Marcos Rogério, hoje candidatíssimo ao Governo do Estado. No encontro, segundo relatou o próprio Bagattoli, quase num lamento, em entrevista que concedeu, no final de semana, ao programa Ponto de Vista, do jornalista Carlos Caldeira, Rogério lhe teria dito que não há compromisso da sigla com ele, mas sim com a deputada federal Jaqueline Cassol. Ou seja, se a relação definitiva de candidatos tivesse que ser apresentada hoje, Bagattoli estaria fora da corrida pelo Senado. Há ainda alguma chance para ele? Há sim. Como Jaqueline tem batido o martelo de que sua parceria está fechada com Léo Moraes, talvez os planos do PL precisem mudar. Além disso, candidatos à Câmara Federal pediram que Bagattoli permanecesse no PL, porque ainda acham que ele será o nome do partido para a disputa. Enfim, mesmo com todos os votos que fez na eleição passada e com todo o seu poderio financeiro, Jaime Bagattoli ainda está lutando para ser candidato ao Senado. Esperemos, pois, os próximos capítulos dessa novela!
NO TROCA-TROCA DE PARTIDOS, UNIÃO BRASIL FICA COM A MAIOR BANCADA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
A busca por espaço político e viabilidade de uma reeleição, mudou também a composição partidária da Assembleia Legislativa do Estado. O União Brasil, comandado no Estado pelo governador Marcos Rocha, passou a ter a maior bancada, com nada menos do que cinco parlamentares: Eurípedes Lebrão, que sai do MDB e concorre a deputado federal por seu novo partido; Adelino Follador, que vai à reeleição; Cirone Deiró, também vai disputar mais um mandato; Rosângela Donadon e Ezequiel Neiva, ambos igualmente em busca da reeleição. Uma bancada forte, com três nomes, é do PSB. Tem Ismael Crispim; Chiquinho da Emater e Luizinho da Fetagro, o trio candidatíssimo à reeleição. O Podemos e o PL formarão bancadas de oposição ao atual governo. Já o Republicanos, também com três cadeiras, é da base de apoio a Marcos Rocha. Para o Podemos, se mudaram o ex-tucano Alan Queiróz; o deputado dr. Neidson e a deputada Cássia dos Muletas. Ribamar Araújo ficou onde estava há longo tempo, no PL e concorre à reeleição. Também no PL estão os deputados Jean Mendonça e Eyder Brasil, ambos em busca de um segundo mandato. O Republicanos mantém no comando o presidente da Assembleia, Alex Redano, que vai à reeleição; Anderson Pereira, que disputará a Câmara Federal e Alex Silva, que não concorre este ano. Os demais parlamentares: Jean Oliveira fica onde sempre esteve: no MDB e busca mais um mandato; Johnny Paixão está no PSDB; Jair Montes no Avante; Marcelo Cruz no Patriotas; Laerte Gomes, no PSD e Luizinho Goebel, no PSC, todos em busca de mais um mandato. Geraldo da Rondônia, do PSC, está fora da busca pela reeleição.
CORRIDA AO SENADO TEM MARIANA, JAQUELINE, EXPEDITO E FACHIN. A SURPRESA É O EX-CONSELHEIRO BENEDITO ALVES
Como está, nesta terça, a corrida pelo Senado? Nos últimos dias, duas novas candidaturas foram apresentadas. A última e surpreendente, foi a do conselheiro recém aposentado pelo Tribunal de Contas do Estado, Benedito Alves. Ele ingressou no PDT de Acir Gurgacz, para ser o nome do partido à única vaga ao Senado. No final de semana, o Avante também anunciou seu candidato: o ex-juiz e empresário do agronegócio de Vilhena, Léo Fachin. Quem mais? Mariana Carvalho surge como um nome fortíssimo para a corrida senatorial, pelo Republicanos, partido no qual ingressou neste final de semana. Expedito Júnior continua candidatíssimo, mesmo com a possibilidade de até abrir mão, se isso ajudar numa formatação política que favoreça seu candidato ao Governo, o senador Marcos Rogério. Amir Lando lançou seu nome, mas nas últimas semanas sumiu do noticiário. Até agora, continua sendo o nome do MDB. Quem anunciou sua postulação e continua com seu projeto em andamento, com sucesso até agora, é a deputada Jaqueline Cassol, presidente regional do PP, que já fechou parceria com o candidato ao governo Léo Moraes, presidente regional do Podemos. Jaqueline, aliás, é cortejada para uma parceria também com o PL de Marcos Rogério. A grande dúvida, neste momento, é sobre se Jaime Bagattolli, o megaempresário do Cone sul do Estado, conseguirá a vaga para disputar o Senado, que é sua grande meta. Com a saída de Daniel Pereira da disputa ao Senado, para concorrer ao Governo, há um espaço para um nome que represente a esquerda nesta grupo de concorrentes ao Senado. Quem será? Isso, ao menos por enquanto, não se sabe.
HILDON ASSUME COMANDO REGIONAL DO PSDB E MANTÉM TUCANOS APOIANDO A REELEIÇÃO DE MARCOS ROCHA
Os tucanos de Rondônia tem um novo comandante: o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves. Com a saída da deputada federal Mariana Carvalho do comando tucano, para disputar o Senado e do vice-prefeito Maurício Carvalho, para concorrer a uma vaga à Câmara Federal, Hildon agora é o todo poderoso comandante do partido, que já foi um dos mais importantes do Estado. O PSDB fica ao lado do governador Marcos Rocha, na sua luta pela reeleição, acordo já fechado entre os dois líderes do nosso Estado. A parceria do PSDB com o União Brasil, mesmo que informal, em Rondônia, ficou transparente também com o ingresso da primeira dama, Ieda Chaves, no partido do Governador, para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Os Carvalho também, mesmo em siglas diferentes, estão no pacote que se soma a Hildon, Ieda e ao grupo que permaneceu no tucanato regional, ao lado de Rocha, na batalha pela reeleição. Mariana vai ao Senado pelo Republicanos e Maurício disputa uma vaga a federal, pelo União Brasil. Informalmente, o casal Chaves também irá apoiar uma emedebista. Ambos estarão, na campanha, ao lado da candidata à Câmara, a ex-secretária municipal de Educação, Gláucia Negreiros, segundo informou o presidente regional do MDB, deputado Lúcio Mosquini. Aliás, apoios informais serão comuns nesta campanha estranha e complexa, onde amigos e parceiros há longos anos estarão em siglas diferentes, pela necessidade do momento da política nacional.
MATERNIDADE, QUE ATENDE 17.700 PACIENTES POR ANO, SERÁ REFORMADA COM CUSTO DE 8 MILHÕES E 700 MIL REAIS
Um ano. Este é o prazo que a Construtora Roberto Passarini, vencedora da licitação, terá para concluir as obras de reforma e ampliação da Maternidade Mãe Esperança. O investimento será próximo a 8 milhões e 700 mil reais, recursos oriundos de emenda parlamentar da deputada Mariana Carvalho, segundo informação da Prefeitura. Todo o projeto de restauração da Maternidade, prevê mudanças em sua estrutura física, hidráulica e elétrica. Também haverá reformas no centro cirúrgico; ampliação de três enfermarias, cada uma entre onze e 14 leitos; construção de estação de tratamento de esgoto, construção de sala de emergência com posto de enfermagem para atendimento de alta complexidade e construção de sistema de drenagem. A Maternidade Mãe Esperança (ainda é este o nome), foi construída no governo de Roberto Sobrinho, do PT e inaugurada em junho de 2006. O hospital caminha para seu16º ano e, neste período, registrou milhares de partos. Atualmente, atendendo uma média de 17.700 pacientes por ano, a Maternidade, segundo a Prefeitura, é uma referência em qualidade de atendimento do serviço público de saúde. Recebe também mamães de várias cidades. Além da Capital, as pacientes vem de Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste, Nova Mamoré e até de Humaitá, no Amazonas, entre outras localidades. Com mais de 3.600 metros quadrados, o prédio está localizado em área nobre da Capital (esquina das ruas Venezuela e Pinheiro Machado, no bairro Embratel) e conta atualmente com 350 funcionários efetivos, além de 60 terceirizados. Nos próximos dias será assinado o contrato para a obra e a partir disso, a empresa responsável terá cerca de um ano para concluir todo o trabalho.
O BOM SENSO PREDOMINOU: PORTO DA CAPITAL TEM ATÉ JULHO PARA MANTER SEU ALFANDEGAMENTO
Imperou o bom senso. Ainda bem! A Receita Federal ampliou para 90 dias o prazo para que o chamado Porto Organizado de Porto Velho, possa regularizar as obras e a documentação, passos necessários para seu alfandegamento. Antes, o prazo era de apenas 30 dias, mas, obviamente, sem ser chance de ser cumprido. O prazo impossível acabou neste 2 de abril, mas, depois de negociações entre autoridades rondonienses e a Receita, ele foi estendido até início de julho. Entre as adequações que o Porto precisa fazer, estão obras para a instalação de câmeras de monitoramento; controle de segurança de entrada e saída de pessoas do local; conclusão do prédio onde será instalada a alfândega e, além de tudo isso, terá que cumprir várias questões de ordem fiscal. Entidades como a Federação das Indústrias do Estado, a Fiero, estão acompanhando as negociações e apoiando soluções para o problema. Segundo a Fiero, é fundamental manter o alfandegamento em Porto Velho, para que as nossas exportações não sejam prejudicadas e nem atinjam a perspectiva de competitividade das indústrias do Estado. Há 45 anos, o Porto Público de Porto Velho, tem contribuído fortemente com a economia de Rondônia, por meio da movimentação portuária, que hoje apresenta o percentual de mais de 30 por cento no Estado, num trabalho importante do Governo do Estado e da diretoria da entidade que comanda o Porto, a Sociedade de Portos e Hidrovias (Soph). O diretor presidente da empresa, Fernando Parente, “temos aqui uma perspectiva de crescimento cada vez maior, para fomentar o escoamento de nossos produtos e valorizar cada\ vez mais a economia do nosso Estado”. As obras que precisam ser realizadas estão em ritmo acelerado, afirmou Fernando.
PERGUNTINHA
Nesta confusão toda da nossa política, você prefere algum partido ou vota apenas no candidato, não importando a sigla que ele esteja ou para qual tenha migrado?
Resenha Política, por Robson Oliveira
Nada ainda é definitivo. Até porque até as convenções quando as promessas e compromissos feito$$$ não se confirmem, aliados de hoje podem se tornar adversários de amanhã, e vice versa
Normas para substituição de candidatos devem ser publicadas até hoje
Eleitor tem um mês para regularizar situação
Senado começa agenda intensa em semana de esforço concentrado
Sabatinas e votação de 19 autoridades serão prioridades na Casa
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