Livro revela que Bolsonaro usou cota parlamentar para pagar lua de mel
O recurso foi liberado após autorização do então presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP)
247 - A lua de mel do casal Jair Bolsonaro e Michelle de Paula Firmo Ferreira, em 2007, foi custeada com dinheiro público, por meio da cota parlamentar do então deputado na época. De acordo com a jornalista Juliana Dal Piva, no UOL, a revelação consta do livro “Nas asas da mamata: A história secreta da farra das passagens aéreas no Congresso Nacional", que será lançado pela editora Matrix na próxima semana.
A obra, de autoria dos jornalistas Eduardo Militão, Eumano Silva, Lúcio Lambranho e Edson Sardinha, também aponta que entre 2007 e 2008 os três filhos mais velhos de Bolsonaro realizaram cinco viagens entre Rio, São Paulo e Brasília com passagens pagas com verbas da cota Câmara. “Nessa época, Carlos já era vereador no Rio de Janeiro e Flávio, deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio)”, destaca a reportagem..
A viagem de Bolsonaro e Michelle que teve Foz do Iguaçu como destino final custou R$ 1.729,24. Na ocasião, ele informou à Câmara que se ausentaria por sete dias e - para evitar o corte no salário - justificou a ausência como “núpcias”. O recurso foi liberado após autorização do então presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Os dados utilizados no livro são das próprias companhias aéreas e constam de processos na Justiça Federal. Além do chefe do Executivo, outros parlamentares também são citados.
Os autores também destacam que Michelle realizou ao menos 17 viagens com passagens compradas por meio da cota parlamentar de Jair Bolsonaro entre agosto de 2007 e fevereiro de 2009, acompanhada por um ou mais parentes. Os voos teriam custado R$ 18 mil, em valores da época.
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