Mais de 2 mil já receberam patrolamento nos primeiros quatro meses do ano

De 4,5 mil quilômetros de estradas não pavimentadas em Rondônia, 2 mil já receberam patrolamento nos primeiros quatro meses do ano

Texto: Vanessa Farias Fotos: Daiane Mendonça
Publicada em 31 de maio de 2019 às 14:20
Mais de 2 mil já receberam patrolamento nos primeiros quatro meses do ano

Ações simultâneas estão sendo aplicadas em todo o estado, divididas pelas 14 regionais do Departamento de Estradas e Rodagens de Rondônia (DER). Segundo o engenheiro e coordenador de Operação e Fiscalização, Diego Martins Corrêa, o foco de trabalho é baseado no Plano Anual de Manutenção, elaborado pela coordenadoria.

“Os principais trabalhos são a conformação de plataforma (patrolamento em vias não pavimentadas) e a correção das patologias dos pavimentos (tapa buracos em vias asfaltadas). Cada regional conta com duas equipes distintas que atendem aos dois trabalhos. Desta forma o Estado atende à necessidade, dá segurança ao trânsito e garante trafegabilidade”, explica.

O engenheiro esclarece que o DER conta com três usinas de asfalto: uma em Porto Velho, uma Ji-Paraná e outra em Rolim de Moura. São elas que produzem o pavimento flexível (CBUQ -asfalto quente) para suprir a demanda do estado. Os insumos estão sendo entregues gradativamente pela fornecedora contratada este ano. Paliativamente, a operação está sendo realizada com solo cimento até que as usinas sejam abastecidas.

Dos 4.500 quilômetros de estradas não pavimentas em todo o estado, cerca de 2 mil quilômetros já receberam o patrolamento, e a operação tapa buracos já passou por 600 metros dos 1.500 quilômetros pavimentados.

VALE DO JAMARI

Quanto à situação de bloqueio da RO 459, quando há aproximadamente três meses a ponte sobre o Rio Jamari rodou (caiu) por conta da cheia das águas, a primeira ação do DER foi a busca pelas rotas alternativas de acesso à cidade de Alto Paraíso, na região do Vale do Jamari. “Temos alí o Travessão B 40, que é a RO 458, estrada não pavimentada, e que aumentou em 25 quilômetros o acesso. As nossas equipes de prontidão deram a manutenção para que até os transportes de cargas mais pesadas pudessem continuar transitando. Duas manutenções já foram feitas, e como o fluxo é alto, temos uma equipe constante para atender ao trecho”, diz o engenheiro.

Com relação à ponte, Diego garante que os processos administrativos já estão correndo, tanto para a contratação de empresa para o projeto – o que já está bem adiantado, quanto para a contratação e regularização de uma balsa no local. “Primeiro será feito o projeto, depois será licitada a empresa para a execução da obra, e isso leva em torno de um ano ou mais, até porque é uma ponte de 100 metros de extensão. Então enquanto isso a balsa resolve a travessia”.

Outros apoios para a cidade de Alto Paraíso também estão sendo prestados, como o desvio B 30, que já recebeu a manutenção com o patrolamento, além de dispositivos de drenagem (bueiros) que estão sendo feitos, e apoio à prefeitura com as necessidades da região.

CORREÇÃO DE PONTES

O engenheiro explica como o trabalho é distribuído

O coordenador acrescenta que, para as pontes de madeira de grande vão (acima de 20 metros) que dão problema e são consideradas fora de condições de trânsito pelos engenheiros do DER, o tráfego é bloqueado e aberto um processo de recuperação ou construção de nova estrutura. “Temos duas pontes hoje no estado com esse problema que estão na região de Chupinguaia, mas todas as vezes que acontece o bloqueio, já existe uma linha de ação para desvio de acesso para o tráfego dos usuários”.

Pontilhões curtos são executados diretamente. “Como foi o caso da RO 257 onde as duas pontes de concreto caíram com o rompimento das barragens na região de Machadinho do Oeste e nós fomos lá e construímos outras duas novas pontes. Então sempre que surgem problemas em pontes menores, nós já atendemos de imediato”, completa Diego.

Fora isso, outras intervenções também são realizadas, como bueiros que rompem e recebem o serviço imediato para evitar bloqueio de fluxo. “Já estamos com o nosso cronograma bem à frente daquilo que programamos para esta época. Com o contingenciamento de gastos do governo, estamos nos adaptando à realidade, mas sem parar com os serviços de manutenção, mesmo com poucos meios, recursos reduzidos e 60 % dos maquinários disponíveis, estamos conseguindo atender. Pegamos o maquinário no início da gestão com apenas 20% de disponibilidade, e aos poucos estamos recuperando para que todos sejam reparados para o trabalho”.

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