Medicamentos de tratamento ao HIV passam a ter opção em dose única e já são oferecidos pela Prefeitura

Avanço da ciência chegou a Porto Velho e passa a ser disponibilizado pelo SUS

Texto: João Muniz Foto: Ana Flávia Venâncio
Publicada em 23 de janeiro de 2024 às 11:00

Segundo a médica Maiara Cristina, medicação vai melhorar a qualidade de vida de quem vive com HIVSegundo a médica Maiara Cristina, medicação vai melhorar a qualidade de vida de quem vive com HIV

Com o avanço da ciência, a Prefeitura de Porto Velho já recebeu do Ministério da Saúde e passa a ofertar um novo método de tratamento para pessoas que vivem com HIV na capital. Os medicamentos Dolutegravir sódico + Lamivudina, que já eram distribuídos anteriormente, ganharam uma nova formulação e passaram a ser ofertados em apenas um comprimido.

“São dois medicamentos que já são utilizados, mas que agora vêm em uma dose única, em um só comprimido com dose fixa combinada. Essa medicação é muito importante porque vai facilitar a adesão, vai melhorar a qualidade de vida de quem vive com HIV. Resumindo, é um avanço”, explica a médica infectologista da Semusa, Maiara Cristina.

PÚBLICO-ALVO

A nova fórmula de tratamento ao HIV chegou à rede pública do município neste mês e já começou a ser distribuída para os pacientes. Mas, segundo a médica infectologista, Maiara Cristina, a nova composição não é recomendada para todos os pacientes.

“Inicialmente, esse medicamento está disponível para pessoas que já faziam o uso da medicação em três comprimidos e que têm mais de 50 anos. Para pacientes que diagnosticaram o vírus recentemente, o tratamento recomendado é outro”, relata a médica.

Para retirar o remédio, o paciente com HIV precisa passar por consulta médicaPara retirar o remédio, o paciente com HIV precisa passar por consulta médica

Dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), da Semusa, apontam que mais de 4 mil pessoas, que vivem com HIV em Porto Velho, são acompanhadas pelo setor e fazem o tratamento.

O uso correto dessas medicações, aliado aos cuidados com a saúde, prática de atividades físicas, entre outros, são ações assertivas no controle ao HIV. Uma pessoa que segue a orientação médica corretamente e atinge a carga viral do HIV indetectável não transmite o vírus e pode viver com qualidade de vida.

Considerado um avanço na ciência, o novo medicamento já está disponível na farmácia do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), da Prefeitura de Porto Velho. Para retirar o remédio, o paciente com HIV precisa passar por consulta médica e ser avaliado quanto à indicação de usá-lo ou não.

PREVENÇÃO

Além disso, a Semusa também oferece métodos de prevenção ao HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A estratégia é a prevenção combinada, que compõem uma série de ações, além do uso do preservativo, como:

• Testagem regular para o HIV, outras IST e hepatites virais;
• Tratamento das IST, do HIV/Aids e das hepatites virais;
• Vacinação para as hepatites A e B, e HPV;
• Profilaxia pré-exposição (PrEP); e
• Profilaxia pós-exposição (PEP).

De acordo com a médica infectologista, Maiara Cristina, essa combinação de diferentes métodos de prevenção é eficaz para prevenir novas infecções, mas também para dar acesso ao diagnóstico e tratamento precoce das ISTs.

“A testagem periódica, o uso de preservativos e também da PrEP e PEP, para quem está mais vulnerável ao HIV, e a vacinação contra as hepatites são ferramentas assertivas no combate às ISTs. O melhor de tudo é que todos esses métodos são oferecidos gratuitamente pelo SUS”, relata a médica.

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