Mil tratamentos: Prefeitura adquire remédios para tratar pacientes com receita médica

Os kits contendo hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina são entregues somente após consulta e prescrição

Semcom
Publicada em 22 de junho de 2020 às 11:08
Mil tratamentos: Prefeitura adquire remédios para tratar pacientes com receita médica

Remédios são entregues para pacientes com receita médica e termo de consentimento

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de Vilhena adquiriu recentemente grande quantidade de remédios para tratar o novo coronavírus: são mais de mil tratamentos, no total, compostos por hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. O kit é entregue para pacientes que tenham passado por consulta e recebido prescrição médica. Seguindo o protocolo do Ministério da Saúde, os medicamentos também são administrados somente com termo de consentimento do paciente.

O prefeito Eduardo Japonês revela que o estoque da Prefeitura permite atender a todas as pessoas atualmente contaminadas com o vírus Sars-CoV-2. “Na última semana, recebemos 6 mil comprimidos de hidroxicloroquina, bem como 15 mil comprimidos de azitromicina e 6 mil comprimidos de ivermectina. Eles são suficientes para tratar mil pacientes com coronavírus e ainda sobra ivermectina e azitromicina para usar em prescrições médicas de outras doenças. Estes três remédios compõem o kit básico que é entregue a todos os casos positivados. Já entregamos mais de 200 kits que podem ser usados para tratamentos de cinco ou dez dias, conforme prescrição do médico”, explica o prefeito Eduardo.

Prevista no novo protocolo de atendimento aos pacientes com covid-19 no município, a aplicação destes medicamentos será prescrita somente quando o paciente cumprir todos os três requisitos a seguir: (1) estiver com resultado positivo de contaminação atual para o novo coronavírus ou ser considerado caso suspeito e possuir sintomas leves; (2) receber receita do médico de plantão na Central de Atendimento à Covid-19; (3) e assinar termo de ciência e consentimento do Ministério da Saúde, que informe os efeitos da hidroxicloroquina no organismo. Leia na íntegra o termo em: https://saude.gov.br/images/pdf/2020/May/20/Termo-de-Cie--ncia-e-Consentimento-Hidroxicloroquina-Cloroquina-COVID-19.pdf

O kit é entregue somente na Central, após consulta médica. E caso não haja nenhuma contra indicação prévia, o médico poderá receitar também, conforme o protocolo municipal, outros medicamentos como oseltamivir, tamiflu, dipirona e paracetamol, todos por cinco dias consecutivos de tratamento. 

De acordo com a direção clínica do Hospital Regional de Vilhena (HRV), o uso dos medicamentos citados no início dos sintomas é uma orientação do Governo Federal, porém o médico tem autonomia para realizar a prescrição de remédios que ele julgar mais apropriados conforme o quadro do paciente.

“Não há no Brasil um protocolo clínico de diretriz terapêutica para uso obrigatório destes remédios para pacientes com covid-19. O documento publicado, de fato, pelo Ministério da Saúde é uma orientação, somente. Portanto, o uso destes medicamentos não é uma determinação ou ordem do Governo Federal. Ou seja, continua sendo responsabilidade do médico prescrever o melhor tratamento que julgar necessário para cada caso, conforme a consulta e a presença, ou não, de sintomas. Assim, alguns médicos receitam hidroxicloroquina, outros receitam azitromicina e ainda outros receitam ivermectina, nem sempre os três juntos”, explica o diretor clínico do HRV, André Oliveira.

Leia na íntegra o protocolo do Ministério da Saúde, obrigatório para a entrega da hidroxicloroquina: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/May/20/orientacoes-manuseio-medicamentoso-covid19.pdf

“UM ACHADO” - Segundo o secretário municipal de Saúde, Afonso Emerick, a aquisição destes lotes de medicamentos foi “um achado”, pois o desabastecimento nacional e mundial destes remédios quase inviabiliza a compra deles.

“Buscamos em todo o país e posso dizer que esta compra foi, realmente, fruto de grande esforço. Não há remédio no Brasil suficiente para todos, nem mesmo no mundo. Todos os estoques estão sendo comprados antes mesmo de saírem das fábricas e isso nos impede de comprar os tratamentos. Agora que conseguimos um pouco, temos mil tratamentos. Quanto mais a população se cuidar e evitar que nossos casos aumentem em quantidade, mais garantias teremos de que conseguiremos tratar a todos”, explica o secretário.

O Governo do Estado já entregou também cerca de 100 tratamentos para covid-19 em Vilhena e pretende realizar novas entregas nesta semana. Tanto estes como os adquiridos pela Prefeitura estão sendo distribuídos gratuitamente aos pacientes que preencham os requisitos exigidos pelo novo protocolo de atendimento aos pacientes com covid-19 em Vilhena.

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