Miliciano considera vagabundo quem o enfrenta, diz Renan sobre discussão com Flávio Bolsonaro
"Ele acha que não é criminoso e considera que é vagabundo toda a pessoa que o enfrenta", afirmou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) em referência a Flávio Bolsonaro
Renan Calheiros (MDB-AL) e Flávio Bolsonaro discutem no Senado (Foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado)
247 - O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou nesse domingo (16) que "miliciano" considera vagabundo toda a pessoa que o enfrenta. O parlamentar comentou a discussão que teve com o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na última quarta-feira (12), durante depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten.
"Eu aproveito a oportunidade para falar daquele episódio do xingamento de vagabundo. Isso é uma coisa da cultura do Rio de Janeiro. As pessoas que moram no Rio de Janeiro sabem que o miliciano tem uma cultura diferente. Ele nunca considera que é criminoso, que está cometendo dano à vida das pessoas, que está traficando, não. Ele acha que não é criminoso e considera que é vagabundo toda a pessoa que o enfrenta", disse o emedebista à GloboNews neste domingo. A declaração foi publicada pelo portal G1.
"O governo não tem argumentos, vive só de agredir, de xingar, de provocar, em um esforço diário para tirar a CPI do seu roteiro e para colocar, na discussão que cada vez mais convence a sociedade, uma discussão emocional, de alguém que tenta de todas as formas minimizar o debate que fazemos ali na CPI", acrescentou.
O filho de Jair Bolsonaro não é membro da CPI, mas, na última quarta-feira (12), compareceu ao colegiado para defender Wajngarten. Naquele dia, Renan e outros senadores queriam a prisão do ex-funcionário do Palácio do Planalto por falso testemunho.
Após pedir a palavra, Flávio Bolsonaro afirmou: "Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros".
Mentiras em depoimento
Entre as mentiras ditas pelo ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten foi a de que a campanha do jornalista Otávio Mesquista era favorável ao isolamento social. A peça não recomendou o isolamento social e deu o seguinte conselho: "Não precisa sair correndo para o hospital por causa de um simples resfriado".
O ex-secretário também afirmou não ter conhecimento sobre a campanha "O Brasil não pode parar", lançada em março de 2020, porque estava afastado com Covid-19, mas, em live com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na época da campanha citada, Wajngarten disse que, mesmo com a doença, estava trabalhando normalmente, inclusive aprovando campanhas.
Ligação com miliciano
A ligação dos Bolsonaros com os milicianos da zona oeste do Rio vem de longa data. Flávio Bolsonaro nomeou a mãe e a ex-mulher do miliciano Adriano da Nóbrega em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio. Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Nóbrega recebiam sem trabalhar e devolviam parte dos salários ao ex-PM Fabrício Queiroz, que atuava como assessor do parlamentar – as famosas rachadinhas.
Ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega foi morte em uma operação policial na Bahia, em fevereiro do ano passado. Fugitivo da polícia, ele integrava o chamado Escritório do Crime, grupo de matadores profissionais do Rio e suspeito de envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018.
Após a morte do miliciano, colegas dele contataram Jair Bolsonaro. Segundo as transcrições, Ronaldo Cesar, o Grande, disse a uma mulher que ligaria para o "cara da casa de vidro", uma referência ao Planalto. No telefonema, demonstrou preocupação com pendências financeiras.
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