MP obtém condenação por homicídio qualificado em caso de ataque a funcionários de empresa prestadora de serviços de energia na Capital
Conforme destacou o MP, o crime foi praticado pelo sentimento de ódio do réu contra os dois eletricistas, em razão destes terem descoberto diversas fraudes no registro de consumo do acusado (motivo torpe)
O Ministério Público de Rondônia obteve, no Tribunal do Júri, a condenação de réu acusado pelo ataque a dois funcionários de empresa prestadora de serviços de energia, enquanto estes realizavam atividades em relógio medidor, no bairro Aponiã, na Capital. E.V.O foi sentenciado a 21 anos de reclusão, por homicídio qualificado de um trabalhador, e homicídio qualificado, na forma tentada, contra o outro.
O julgamento, realizado na última terça-feira (27/9), no Fórum Geral Desembargador César Montenegro, teve a atuação da Promotora de Justiça Tâmera Padoin Marques Marin, que sustentou a tese da prática dos crimes, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas, argumentos que foram integralmente acatados pelo Conselho de Sentença.
De acordo com o Ministério Público, o ataque aconteceu em janeiro de 2020, na rua Eurico Caruso, bairro Aponiã, onde dois eletricistas vistoriadores que atuavam a serviço de empresa distribuidora de energia elétrica realizavam suas atividades laborais em relógio medidor. A dupla foi surpreendida pelo réu, que, após trafegar de carro pela via pública em baixa velocidade, desceu do veículo e efetuou disparos contra a primeira vítima, causando ferimentos que provocaram sua morte.
Na mesma oportunidade, o acusado apontou a arma para o outro trabalhador, só não o tendo alvejado porque o funcionário, num ato instintivo, conseguiu se abrigar atrás de uma lixeira, para, logo depois, sair em fuga desesperada, enquanto os tiros eram disparados.
Conforme destacou o MP, o crime foi praticado pelo sentimento de ódio do réu contra os dois eletricistas, em razão destes terem descoberto diversas fraudes no registro de consumo do acusado (motivo torpe). O assassinato foi cometido mediante recursos que dificultaram a defesa das vítimas.
Para a Promotora de Justiça que atuou no julgamento, o Júri deu uma importante resposta à sociedade, consolidando o trabalho do Ministério Público em defesa da valorização da vida.
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