MPF quer explicações da plataforma Twitter sobre mudança em política que visava a proteger pessoas trans de discurso de ódio
Empresa mudou termos de uso e, na prática, passou a permitir agressões a pessoas transgênero
O Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício à empresa que administra o Twitter pedindo esclarecimentos sobre as medidas tomadas para o combate à transfobia em postagens na rede social. O documento encaminhado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre pede que a empresa esclareça de que forma irá combater a transfobia, considerando a mudança nos termos de uso.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra Brasil) publicou informações sobre a alteração da Política de Discurso Violento do Twitter e denunciou a retirada do "enquadramento intencional com o gênero errado ou o uso do nome de nascimento de indivíduos transgênero” ("deadnaming" e "misgendering") como discurso de ódio na plataforma. Na prática, a rede social passou a permitir agressões a pessoas transgênero.
A Antra Brasil afirma que, desde 2018, o Twitter tinha dispositivos em sua política de uso proibindo discurso de ódio difundido contra pessoas trânsgenero pelo uso incorreto de gênero ou uso do nome de nascimento no sentido de ofendê-las, tática comumente usada por grupos de ódio antitrans.
Segundo a associação, o Twitter liberou o discurso de ódio, retirando neste mês de abril, o trecho da política que protegia as pessoas trans, “demonstrando de forma gritante como a plataforma é insegura para essa população”.
O impacto da medida está sendo apurado em um procedimento instaurado pelo procurador da República Lucas Costa Almeida Dias. A empresa tem 15 dias para esclarecer ao MPF sobre quais medidas estão sendo tomadas para combater a transfobia.
Direito à aposentadoria e aos demais benefícios sociais
Deu por encerrado o desconforto da redução dos juros do empréstimo consignado que não passara pela mesa do chefe da Casa Civil
OAB não é obrigada a prestar contas ao TCU, decide STF
O entendimento adotado é de que as anuidades cobradas dos advogados não detêm natureza tributária e que a entidade não pode estar submetida ao Estado
Enem: candidatos têm até sexta-feira para pedir isenção de taxa
Nessa data, também acaba o prazo para justificar ausência
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook