No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, governo reforça a importância do envolvimento da sociedade com a causa

O diagnóstico do TEA é concluído ainda na infância, geralmente, baseando-se em fatores clínicos, e na história de vida e rotina contada pela família

Marina Espíndola Fotos: Lidiane Pereira Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 02 de abril de 2021 às 12:01
No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, governo reforça a importância do envolvimento da sociedade com a causa

Diagnóstico do TEA é concluído ainda na infância, geralmente, baseando-se em fatores clínicos e histórico de vida

Nesta sexta-feira, 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e o Governo de Rondônia enfatiza a importância do envolvimento da sociedade rondoniense com a causa. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um acometimento neuropsiquiátrico que interfere no sistema nervoso central, e também aspectos psiquiátricos e comportamentais; como o comprometimento Na interação social,adoção de interesses obsessivos, comportamentos repetitivos, além de alterações sensoriais, quanto aos alimentos, texturas e sons.

O diagnóstico do TEA é concluído ainda na infância, geralmente, baseando-se em fatores clínicos e na história de vida e rotina contada pela família. Os exames laboratoriais e de imagem solicitados, seguem como forma complementar para a exclusão de outras patologias e então, ocorre a conclusão do diagnóstico. 

Para a psicóloga Elizete Gonçalves, um dos fatores importantes a serem discutidos e disseminados é o tema da campanha nacional que é “Respeito a todo Espectro”, onde a sociedade é considerada a maior provedora e responsável por gerar melhor qualidade de vida aos diagnosticados com autismo. Além da utilização da hashtag no dia 2 de Abril, a sociedade poderá colaborar com a disseminação do laço da campanha (quebra cabeça colorido); o laço foi criado em 1963 no Reino Unido, e costume usar roupas de cor azul, com intuito de mobilizar o maior número de pessoas sobre o respeito ao autismo.

“Desde 2020, as organizações têm implantado essa campanha. A hashtag ‘#respectro’, é utilizada para chamar a atenção da sociedade para não estigmatizar as pessoas que são diferentes do que é esperado, ou que fogem do padrão social. Todas as pessoas merecem respeito, indiferente da sua condição” reforça Elizete.

EQUOTERAPIA

A servidora pública, Lidiane Pereira, estranhou quando o filho Edpollo, que completaria dois anos, parou de responder aos seus chamados. Na época, a troca de olhares que passou a ser limitada por parte da criança, passando a utilizar a visão periférica. “A forma como eu descobri foi muito impactante para mim, porque ele falava, interagia, era super inteligente e de uma hora para outra sumiu tudo da cabeça. Ele deixou de falar algumas palavras que estava aprendendo e eu não sabia o que era”, explica, destacando a equoterapia como uma das alternativas encontradas para melhor atender as especificidades das crianças com o transtorno, no intuito de contribuir em seu desenvolvimento.

Antes de receber o diagnóstico de TEA, Lidiane conta que procurou entender melhor sobre o espectro por meio de sites de pesquisa e acabou lendo o que mais temia. Ela conta que preferiu então partir para ajuda médica e por meio da avaliação comportamental, o caso se confirmou. O resultado do diagnóstico foi entregue no dia das Mães de 2019.

A partir daí, Lidiane iniciou as buscas por profissionais que pudessem ajudar a entender como Edpollo poderia evoluir de um caso considerado moderado, para leve, tendo em vista que a regressão para um caso severo é o terceiro estágio do transtorno. As sessões com uma equipe multidisciplinar precisaram ganhar uma pausa durante a pandemia. “No ano passado ele ficou oito meses sem terapia, então toda evolução dele acabou se perdendo nesse período. É uma luta diária”, desabafa a mãe.

A servidora lembra que a temática sobre o preconceito que os autistas sofrem perante a sociedade é de fundamental importância, já que convive com a discriminação, e faz um apelo à sociedade: “Autistas têm crises muitas vezes e isso não é bem visto na rua. Acabam julgando, achando que é malcriação, birra, mas não é. É uma crise de uma criança que está desregulada e precisando de um suporte”, esclarece a mãe.

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