Nova terapia-alvo melhora resultados contra o câncer de próstata
O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta a importância do novo medicamento
Pacientes de câncer de próstata, com mutação chamada BRCA, podem contar com um novo aliado no tratamento da doença, o inibidor PARP olaparibe. “É um avanço significativo para as terapias-alvo, que atuam diretamente nas moléculas indispensáveis para as atividades das células cancerígenas, freando sua expansão”, esclarece Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
O medicamento atua na mutação BRCA e evita que o câncer consiga reparar o seu DNA frente a uma agressão. “Essas alterações podem ser encontradas em uma parcela significativa dos pacientes. O novo medicamento traz uma nova abordagem com menores impactos à saúde desses homens”, explica o professor da Unifesp.
O câncer de próstata ocupa o segundo lugar entre os mais comuns que acometem os homens brasileiros, superado apenas pelo câncer de pele não-melanoma. Segundo as estatísticas do INCA (Instituto Nacional de Câncer), as estimativas apontam para quase 66 mil novos casos em 2020. A doença tem maior incidência com o aumento da idade, principalmente a partir dos 50 anos.
“O mais importante ainda é a prevenção, com visitas periódicas ao médico a partir dos 50 anos de idade. O diagnóstico precoce é outro fator fundamental para o sucesso do tratamento. Portanto, se o paciente apresentar sintomas como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, sangue na urina e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, deve procurar um especialista”, orienta o oncologista.
Sobre Ramon Andrade de Mello
Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).
O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology – ASCO).
O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).
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