Novos prefeitos e vereadores assumem papel decisivo no enfrentamento da crise climática

Embora se discuta a questão ambiental em uma perspectiva global, é fundamental entender que os problemas se manifestam localmente

Fonte: Assessoria/Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado - Publicada em 28 de janeiro de 2025 às 15:29

Novos prefeitos e vereadores assumem papel decisivo no enfrentamento da crise climática

Ao ocupar os cargos públicos, os eleitos têm a responsabilidade de implementar estratégias que previnam problemas urbanos relacionados a questões climáticas e ambientais

Desafios gerados pela crise climática global trazem consequências locais que podem ser mitigadas por meio da implementação de políticas e projetos sustentáveis

Ao assumirem os cargos públicos neste mês de janeiro, prefeitos e vereadores do Brasil têm, entre seus desafios, o enfrentamento da crise climática global. Com o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, cabe a esses gestores identificar e implementar estratégias sustentáveis que protejam a saúde e o bem-estar da população. Especialistas destacam caminhos para que as administrações municipais adotem uma agenda ambiental capaz de mitigar os impactos, principalmente nas áreas urbanas, onde 85% da população está concentrada.

Criação e proteção de áreas verdes, manutenção de parques e demais áreas naturais, coleta e destinação final do lixo, redução de emissões de gases de efeito estufa, segurança hídrica e drenagem urbana são algumas das responsabilidades das prefeituras.

“Embora se discuta a questão ambiental em uma perspectiva global, é fundamental entender que os problemas se manifestam localmente. A gestão dessas questões é responsabilidade da prefeitura. Portanto, o prefeito ou a prefeita e os vereadores desempenham um papel muito importante tanto na prevenção aos problemas urbanos conectados às questões ambientais quanto na preparação para minimizar os problemas estruturais que podem se agravar com as mudanças climáticas”, afirma Carlos Eduardo Young, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor titular e coordenador do Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (GEMA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em 2024, a temperatura média global bateu recorde histórico, ultrapassando 1,5ºC em comparação aos níveis pré-industriais, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Esse índice deve ser visto como um alerta para que as ações em prol do meio ambiente não fiquem em segundo plano nas administrações municipais. “A mudança climática é uma realidade que já impacta nosso presente. Os desastres registrados em 2024 e, infelizmente, já observados nesse início de 2025 são apenas o começo do que pode vir se não agirmos com urgência”, explica Young.

Os especialistas destacam que os riscos de inundações, deslizamentos, alagamentos, ilhas de calor, incêndios catastróficos, insegurança alimentar podem ser mitigados com as chamadas Soluções Baseadas na Natureza (SBN): ações que fazem uso de processos e ecossistemas naturais para enfrentar esses desafios. Essas ferramentas devem ser incorporadas no planejamento urbano, combinando uma rede de infraestrutura verde associada às demais ações de infraestrutura convencional. Para isso, o poder público pode também se unir com organizações da sociedade civil para traçar estratégias e implementar projetos.

Confira dez iniciativas de SBN:

Restauração no entorno de mananciais: garantir a segurança hídrica é fundamental para a sobrevivência das comunidades. A recuperação de áreas degradadas em mananciais atua no combate ao assoreamento de nascentes, córregos e rios, garantindo água mais limpa e em maior quantidade. Um estudo do movimento Viva Água revelou que, durante períodos de seca, a vazão mínima dos rios pode ser reduzida em até 52% em bacias urbanizadas, com pouca vegetação nativa remanescente. Em contrapartida, regiões com maior cobertura de floresta nativa apresentam uma redução muito menor, entre 6% e 11%.

Corredores ecológicos ou corredores verdes: outra medida importante para a segurança hídrica, têm como objetivo conectar fragmentos de vegetação com a finalidade de facilitar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal, promovendo a troca genética. Também ajudam a prevenir a erosão nas margens e a sedimentação em corpos d’água. Um exemplo disso é a região metropolitana de Campinas (SP), onde municípios se uniram em estratégias conjuntas para proteger, conservar e recuperar a fauna e a flora por meio desses corredores.

Parques lineares: podem evitar erosão e assoreamento de rios urbanos, conter inundações e ainda conectar parques e outros fragmentos de vegetação na malha urbana. São espaços que podem oferecer vias de transporte de baixo carbono para ciclistas e pedestres, bem como áreas de lazer e recreação, que trazem maior qualidade de vida e saúde. Um dos mais famosos do mundo é o High Line Park, em Nova Iorque, construído sobre uma linha de trem abandonada e conta com um jardim suspenso.

Parques e praças multifuncionais: Proporcionam benefícios como controle de cheias, conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade ambiental, o que implica em saúde e bem-estar para as populações do entorno. “Além de ajudar a absorver os poluentes e reter água no solo, o verde também relaxa e acalma moradores dos pequenos e dos grandes centros urbanos. Há muitos espaços verdes abandonados na maioria das cidades. É importante cobrar os representantes do município para o investimento de recursos, contratação de pessoal e organização de mutirões, apoiados pela sociedade civil, para melhorar a qualidade dessas áreas”, defende Rachel Biderman, membro da RECN e vice-presidente sênior da Conservação Internacional.

Renaturalização de rios e córregos: esse tipo de ação deve adotar uma abordagem integrada e sistêmica, considerando os processos de toda a bacia hidrográfica, o corpo d’água em questão e suas margens. Essa estratégia contribui para reduzir os impactos de chuvas intensas, melhorar a qualidade da água e mitigar a poluição difusa, proveniente do escoamento superficial em áreas urbanas. Além disso, ações de revitalização podem ser integradas a projetos de parques urbanos ou parques lineares, potencializando seus benefícios ambientais e sociais. Um exemplo é a recuperação da nascente do Lago do Cabrinha, em Londrina (PR), onde foram instaladas pedras que formam pequenas piscinas escalonadas — com as primeiras mais profundas que as seguintes — para dissipar a energia da água e prevenir problemas como inundações e deslizamentos de terra.

Proteção costeira: envolve a conservação ou restauração de ambientes costeiro-marinhos, como restingas, manguezais, recifes de corais e dunas, muitas vezes em conjunto com ações de engenharia ecológica ou convencional. Esses ecossistemas funcionam como barreiras naturais contra impactos adversos das mudanças climáticas, incluindo erosão costeira, aumento do nível do mar e alagamentos. Em Porto de Galinhas (PE), por exemplo, a iniciativa Biofábrica de Corais atua em quatro frentes: transplantação de corais, mapeamento e monitoramento, recuperação de colônias doentes e experiências educacionais, visando preservar essa importante "floresta do oceano".

Biovaletas: são depressões lineares preenchidas com substrato, vegetação e outros elementos filtrantes. Elas recebem água da chuva ou escoamento superficial, filtram-na e a direcionam para outros sistemas de infraestrutura verde ou convencionais de drenagem. Para grandes áreas pavimentadas, laterais de avenidas ou estacionamentos, e têm o potencial de ajudar a reduzir os riscos de inundações e alagamentos.

“Essas práticas aumentam a absorção e percolação da água, evitando entupimentos nos sistemas de drenagem. Cidades com muitos parques e áreas de captação de água estão melhor adaptadas às chuvas intensas causadas pelas mudanças climáticas”, explica Rachel.

Imagem: Fundação Grupo Boticário

Telhado verde: é uma solução constituída por coberturas vegetadas, de preferência com biodiversidade nativa, que também podem associar uma área para produção de alimentos. Contribuem para reduzir as áreas impermeáveis das cidades, diminuindo a quantidade e velocidade do escoamento superficial da água da chuva. Também ajudam na redução das ilhas de calor urbano, e isolam o interior do imóvel do calor e do frio, regulando a temperatura. No Rio de Janeiro (RJ), o teto verde na favela substituiu as telhas de amianto na comunidade em torno do Parque Arará.

Parques de bolso e vagas verdes: concebidos como espaços públicos ao ar livre, esses parques funcionam como verdadeiras "salas de estar" urbanas, oferecendo elementos como bancos ou cadeiras para descanso, áreas sombreadas por árvores e, em alguns casos, até pequenas quedas d’água. De maneira semelhante, as vagas verdes, também conhecidas como vagas vivas, ocupam geralmente uma ou mais vagas de estacionamento nas ruas, transformando esses espaços em áreas de convivência que promovem a democratização do uso do espaço público. Em São Paulo (SP), o Parque da Juventude abriga um bolsão de árvores da Mata Atlântica, resultado de um plantio realizado por voluntários.

Jardins de chuva: são soluções para gerenciar o escoamento das águas pluviais e reduzir o impacto da impermeabilização no ambiente urbano. É uma área paisagística com vegetação nativa, projetada para receber, tratar e infiltrar a água da chuva proveniente de telhados, ruas e outras superfícies impermeáveis. Em São Paulo, mais de 300 jardins de chuva foram construídos, sendo que onze deles estão na Rua Major Natanael, no Pacaembu.

Imagem: Fundação Grupo Boticário

Sobre a Rede de Especialistas em Conservação da Natureza

A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br

Novos prefeitos e vereadores assumem papel decisivo no enfrentamento da crise climática

Embora se discuta a questão ambiental em uma perspectiva global, é fundamental entender que os problemas se manifestam localmente

Assessoria/Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
Publicada em 28 de janeiro de 2025 às 15:29
Novos prefeitos e vereadores assumem papel decisivo no enfrentamento da crise climática

Ao ocupar os cargos públicos, os eleitos têm a responsabilidade de implementar estratégias que previnam problemas urbanos relacionados a questões climáticas e ambientais

Desafios gerados pela crise climática global trazem consequências locais que podem ser mitigadas por meio da implementação de políticas e projetos sustentáveis

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Ao assumirem os cargos públicos neste mês de janeiro, prefeitos e vereadores do Brasil têm, entre seus desafios, o enfrentamento da crise climática global. Com o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, cabe a esses gestores identificar e implementar estratégias sustentáveis que protejam a saúde e o bem-estar da população. Especialistas destacam caminhos para que as administrações municipais adotem uma agenda ambiental capaz de mitigar os impactos, principalmente nas áreas urbanas, onde 85% da população está concentrada.

Criação e proteção de áreas verdes, manutenção de parques e demais áreas naturais, coleta e destinação final do lixo, redução de emissões de gases de efeito estufa, segurança hídrica e drenagem urbana são algumas das responsabilidades das prefeituras.

“Embora se discuta a questão ambiental em uma perspectiva global, é fundamental entender que os problemas se manifestam localmente. A gestão dessas questões é responsabilidade da prefeitura. Portanto, o prefeito ou a prefeita e os vereadores desempenham um papel muito importante tanto na prevenção aos problemas urbanos conectados às questões ambientais quanto na preparação para minimizar os problemas estruturais que podem se agravar com as mudanças climáticas”, afirma Carlos Eduardo Young, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e professor titular e coordenador do Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (GEMA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em 2024, a temperatura média global bateu recorde histórico, ultrapassando 1,5ºC em comparação aos níveis pré-industriais, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM). Esse índice deve ser visto como um alerta para que as ações em prol do meio ambiente não fiquem em segundo plano nas administrações municipais. “A mudança climática é uma realidade que já impacta nosso presente. Os desastres registrados em 2024 e, infelizmente, já observados nesse início de 2025 são apenas o começo do que pode vir se não agirmos com urgência”, explica Young.

Os especialistas destacam que os riscos de inundações, deslizamentos, alagamentos, ilhas de calor, incêndios catastróficos, insegurança alimentar podem ser mitigados com as chamadas Soluções Baseadas na Natureza (SBN): ações que fazem uso de processos e ecossistemas naturais para enfrentar esses desafios. Essas ferramentas devem ser incorporadas no planejamento urbano, combinando uma rede de infraestrutura verde associada às demais ações de infraestrutura convencional. Para isso, o poder público pode também se unir com organizações da sociedade civil para traçar estratégias e implementar projetos.

Confira dez iniciativas de SBN:

Restauração no entorno de mananciais: garantir a segurança hídrica é fundamental para a sobrevivência das comunidades. A recuperação de áreas degradadas em mananciais atua no combate ao assoreamento de nascentes, córregos e rios, garantindo água mais limpa e em maior quantidade. Um estudo do movimento Viva Água revelou que, durante períodos de seca, a vazão mínima dos rios pode ser reduzida em até 52% em bacias urbanizadas, com pouca vegetação nativa remanescente. Em contrapartida, regiões com maior cobertura de floresta nativa apresentam uma redução muito menor, entre 6% e 11%.

Corredores ecológicos ou corredores verdes: outra medida importante para a segurança hídrica, têm como objetivo conectar fragmentos de vegetação com a finalidade de facilitar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal, promovendo a troca genética. Também ajudam a prevenir a erosão nas margens e a sedimentação em corpos d’água. Um exemplo disso é a região metropolitana de Campinas (SP), onde municípios se uniram em estratégias conjuntas para proteger, conservar e recuperar a fauna e a flora por meio desses corredores.

Parques lineares: podem evitar erosão e assoreamento de rios urbanos, conter inundações e ainda conectar parques e outros fragmentos de vegetação na malha urbana. São espaços que podem oferecer vias de transporte de baixo carbono para ciclistas e pedestres, bem como áreas de lazer e recreação, que trazem maior qualidade de vida e saúde. Um dos mais famosos do mundo é o High Line Park, em Nova Iorque, construído sobre uma linha de trem abandonada e conta com um jardim suspenso.

Parques e praças multifuncionais: Proporcionam benefícios como controle de cheias, conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade ambiental, o que implica em saúde e bem-estar para as populações do entorno. “Além de ajudar a absorver os poluentes e reter água no solo, o verde também relaxa e acalma moradores dos pequenos e dos grandes centros urbanos. Há muitos espaços verdes abandonados na maioria das cidades. É importante cobrar os representantes do município para o investimento de recursos, contratação de pessoal e organização de mutirões, apoiados pela sociedade civil, para melhorar a qualidade dessas áreas”, defende Rachel Biderman, membro da RECN e vice-presidente sênior da Conservação Internacional.

Renaturalização de rios e córregos: esse tipo de ação deve adotar uma abordagem integrada e sistêmica, considerando os processos de toda a bacia hidrográfica, o corpo d’água em questão e suas margens. Essa estratégia contribui para reduzir os impactos de chuvas intensas, melhorar a qualidade da água e mitigar a poluição difusa, proveniente do escoamento superficial em áreas urbanas. Além disso, ações de revitalização podem ser integradas a projetos de parques urbanos ou parques lineares, potencializando seus benefícios ambientais e sociais. Um exemplo é a recuperação da nascente do Lago do Cabrinha, em Londrina (PR), onde foram instaladas pedras que formam pequenas piscinas escalonadas — com as primeiras mais profundas que as seguintes — para dissipar a energia da água e prevenir problemas como inundações e deslizamentos de terra.

Proteção costeira: envolve a conservação ou restauração de ambientes costeiro-marinhos, como restingas, manguezais, recifes de corais e dunas, muitas vezes em conjunto com ações de engenharia ecológica ou convencional. Esses ecossistemas funcionam como barreiras naturais contra impactos adversos das mudanças climáticas, incluindo erosão costeira, aumento do nível do mar e alagamentos. Em Porto de Galinhas (PE), por exemplo, a iniciativa Biofábrica de Corais atua em quatro frentes: transplantação de corais, mapeamento e monitoramento, recuperação de colônias doentes e experiências educacionais, visando preservar essa importante "floresta do oceano".

Biovaletas: são depressões lineares preenchidas com substrato, vegetação e outros elementos filtrantes. Elas recebem água da chuva ou escoamento superficial, filtram-na e a direcionam para outros sistemas de infraestrutura verde ou convencionais de drenagem. Para grandes áreas pavimentadas, laterais de avenidas ou estacionamentos, e têm o potencial de ajudar a reduzir os riscos de inundações e alagamentos.

“Essas práticas aumentam a absorção e percolação da água, evitando entupimentos nos sistemas de drenagem. Cidades com muitos parques e áreas de captação de água estão melhor adaptadas às chuvas intensas causadas pelas mudanças climáticas”, explica Rachel.

Imagem: Fundação Grupo Boticário

Telhado verde: é uma solução constituída por coberturas vegetadas, de preferência com biodiversidade nativa, que também podem associar uma área para produção de alimentos. Contribuem para reduzir as áreas impermeáveis das cidades, diminuindo a quantidade e velocidade do escoamento superficial da água da chuva. Também ajudam na redução das ilhas de calor urbano, e isolam o interior do imóvel do calor e do frio, regulando a temperatura. No Rio de Janeiro (RJ), o teto verde na favela substituiu as telhas de amianto na comunidade em torno do Parque Arará.

Parques de bolso e vagas verdes: concebidos como espaços públicos ao ar livre, esses parques funcionam como verdadeiras "salas de estar" urbanas, oferecendo elementos como bancos ou cadeiras para descanso, áreas sombreadas por árvores e, em alguns casos, até pequenas quedas d’água. De maneira semelhante, as vagas verdes, também conhecidas como vagas vivas, ocupam geralmente uma ou mais vagas de estacionamento nas ruas, transformando esses espaços em áreas de convivência que promovem a democratização do uso do espaço público. Em São Paulo (SP), o Parque da Juventude abriga um bolsão de árvores da Mata Atlântica, resultado de um plantio realizado por voluntários.

Jardins de chuva: são soluções para gerenciar o escoamento das águas pluviais e reduzir o impacto da impermeabilização no ambiente urbano. É uma área paisagística com vegetação nativa, projetada para receber, tratar e infiltrar a água da chuva proveniente de telhados, ruas e outras superfícies impermeáveis. Em São Paulo, mais de 300 jardins de chuva foram construídos, sendo que onze deles estão na Rua Major Natanael, no Pacaembu.

Imagem: Fundação Grupo Boticário

Sobre a Rede de Especialistas em Conservação da Natureza

A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br

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