A história real de dois amigos, um orelhão e um baile.

Ele, funcionário dos Correios, 25 anos. Ela, 22, da prefeitura de Cacoal. 

Tempo do “orelhão”, versão abrasileirada das famosas cabines londrinas de telefonia pública.

Éramos seis pessoas na fila e ele no orelhão falando com alguém para irem a um baile. Reclamei. Tinha pressa em ligar para a prefeitura. 

Primeira vez em Porto Velho e não conhecia nada, nem onde ficava a Teleron. E ele ali esticando a conversa. As pessoas reclamando. 

Ele acabou e disse: “Você fica mais bonita zangada”. Tive vontade de mandar ele elogiar a mãe. 

Eu peguei o telefone e não tinha ficha. Não sei como ele viu e ofereceu uma. Eu estava com tanta raiva, mas aceitei. À noite fui com uma colega ao Flamengo e a primeira cara que vi lá foi justo a dele.

A minha colega conhecia e ele veio na maior cara de pau. Dois anos depois casamos, há 40 anos em 2022. 

Paulo e Ana querem saber se há outros casais que nasceram como os dois, na fila do orelhão. Se houver, contate meu whatsapp.