Tecnologia e inovação são fatores essenciais no setor de recursos humanos (RH) em empresas disruptivas. Além de gerar vantagens competitivas, usar a tecnologia ajuda a otimizar as ações para valorizar o capital humano e melhorar a performance financeira de empresas. 

Isso se dá pelo crescimento das HRTechs no mercado brasileiro. A proposta dessas startups consiste em desburocratizar o RH, tornando as ações mais certeiras, rápidas e inteligentes. Neste artigo, abordaremos o conceito e o potencial de crescimento das HRTechs no Brasil. 

O que são HRTechs? 

As HRTechs são startups que surgiram no mercado para apresentar soluções eficientes para o setor de Recursos Humanos. A sigla HRTechs significa Human Resources Technology, o que pode ser traduzido para o português como “Tecnologia para Recursos Humanos”. 

O objetivo dessas empresas é integrar as ações do setor de Recursos Humanos às novas tendências tecnológicas do mercado. Além da busca pela otimização tecnológica, o conceito das HRTechs também objetiva gerar impactos positivos na cultura organizacional das empresas. 

As primeiras HRTechs do mercado nasceram no início do século XXI, quando o mercado via a necessidade de refinar as ações de Recursos Humanos com foco no recrutamento, desenvolvimento profissional e gestão de pessoas. 

Com o forte avanço tecnológico no início da década de 2010, as HRTechs ampliaram seu leque de soluções, passando sua estrutura operacional para a nuvem e oferecendo softwares mais acessíveis para empresas de todos os portes. 

Raio X das HRTechs no Brasil 

De acordo com relatório da Distrito, maior plataforma de inovação da América Latina, no relatório HRTech Report de 2021, no Brasil existem 356 startups do setor, a maior parte delas apresentando soluções de aprimoramento, gestão e contratação de profissionais. 

O estudo mostra, com base nos dados da SEMRush de agosto de 2021, que empresas e profissionais têm buscado por soluções de banco de talentos, de apoio a processos seletivos e qualidade de vida devido ao aumento do desemprego e à intensificação da busca por bem-estar físico e mental.

Os dados também mostram que 67% das startups brasileiras usam o modelo SaaS (software como um serviço), apostando em softwares na nuvem como uma forma de baratear a entrada no mercado e facilitar a escalabilidade. 

Boa parte das HRTechs no país nasceram entre 2015 e 2019. Das 356 startups do setor, a maior parte está localizada nas regiões Sul e Sudeste, tendo São Paulo como o estado com o maior número de HRTechs, com 42% do total. 

Desde o início das HRTechs até hoje foram investidos cerca de 3,4 bilhões de dólares no ecossistema do setor no Brasil, a maior parte recebendo investimentos de fundos de venture capital. 

A maior parte dos aportes se deu nos estágios iniciais de uma startup nas fases Seed, Série A e Série B, em que o maior objetivo das startups é iniciar a operação no mercado e validarem na prática seus modelos de negócio. 

O maior montante de investimentos foi feito em startups com foco em aprimoramento e cuidados (com 2,694 bilhões de reais), seguido por contratação (com 841,4 milhões de reais) e gestão (com 356,6 milhões de reais). 

Quais os principais benefícios que as HRTechs trazem para o mercado? 

Como startups, as HRTechs buscam oferecer soluções simples para resolver problemas complexos com a ajuda da tecnologia. Sua atuação no mercado tem sido fundamental para empresas e profissionais. 

As soluções apresentadas por HRTechs ajudam empresas a organizarem processos seletivos rápidos e certeiros, reduzem custos operacionais, potencializam a capacidade estratégica do RH na empresa e agregam em todos os aspectos produtivos. 

Com isso, as startups do setor ajudam a melhorar a experiência para colaboradores desde o momento do processo seletivo até o engajamento dos profissionais no negócio. A expectativa é que o mercado das HRTechs siga crescendo nos próximos anos com a busca mais evidente da valorização de profissionais e otimização de processos corporativos.