Obra em agência do Banco do Brasil coloca em risco saúde de empregados, clientes e usuários em Porto Velho
De acordo com o dirigente sindical, fiações da rede elétrica estão, há irregularidades nos pisos e intensa presença de resíduos sólidos que podem contribuir para surgimento de doenças respiratórias nas pessoas
Uma reforma que está sendo executada na agência Nova Porto Velho do Banco do Brasil (avenida Amazonas, zona Leste de Porto Velho) está fora dos padrões das Normas Regulamentadoras da Segurança do Trabalho e, com isso, está colocando em risco a saúde dos empregados e clientes daquela unidade. Foi o que constatou Cleiton dos Santos, dirigente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) na manhã desta terça-feira (28), que esteve no local e confirmou que a obra precisa de adequações.
De acordo com o dirigente sindical, fiações da rede elétrica estão, há irregularidades nos pisos e intensa presença de resíduos sólidos que podem contribuir para surgimento de doenças respiratórias nas pessoas, o que seria um problema a mais para todos nesses tempos de pandemia da COVID-19.
O presidente do Sindicato, José Pinheiro, tão logo soube da obra irregular, ainda ontem, segunda-feira (27) entrou em contato com a Superintendência Comercial de Rondônia (SUPER RO) e cobrou providências imediatas, o que resultou numa reunião virtual agendada para a tarde de hoje, terça-feira.
“Ontem mesmo cobramos do representante da Superintendência que as irregularidades da obra fossem solucionas, bem como outras questões como a de um único banheiro daquela agência que está sendo utilizado tanto pelos funcionários quanto pelos clientes e usuários. E na tarde de hoje, em reunião virtual com o superintendente em exercício, Paulo Damasceno, e o gerente da agência, ambos se comprometeram a sanar todas as irregularidades da obra apontadas pelo Sindicato, e que já amanhã, quarta-feira (29/7), tudo estaria em conformidade com as normas regulamentadoras da segurança do trabalho”, esclareceu José Pinheiro.
COVID-19
Por incrível que pareça apesar de mais de 120 dias de pandemia e de todas as cobranças feitas ao Banco do Brasil, em que o Sindicato exigiu o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para os bancários, itens de higienização (como álcool gel 70% e luvas) e a barreira de proteção nas estações de trabalho destinadas aos caixas, há apenas uma proteção instalada naquela unidade, o que significa que dois terços da área dos caixas estão expostos à contaminação do novo coronavírus.
Para piorar a situação, em reunião realizada na semana passada, dia 22, por videoconferência, com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco disse que não vai voltar atrás com a medida administrativa que determina que “funcionário com autodeclaração de coabitação (com pessoas que fazem parte de grupos de risco da Covid-19) passa a se enquadrar nas formas de trabalho disponíveis, como os demais funcionários do banco que não pertençam ao grupo de risco, a partir de 27/07/2020”.
E embora o banco alegue que o comunicado não implica na convocação de todos os funcionários que coabitam com pessoas de risco à Covid-19 para retomarem o trabalho presencial, alguns gestores estão convocando esses trabalhadores a retornarem às agências mesmo assim, pois estariam necessitando de pessoal para realizar os trabalhos presenciais.
“Aqui em Rondônia tivemos negociação com o superintendente em exercício e com o gerente da GEPES (Belém), e cobramos que a convocação destes trabalhadores que coabitam com pessoas do grupo de risco, seja revogada, principalmente neste momento em que o número de infectados no Estado está numa curva ascendente nos últimos dias. Os representantes disseram que não tinham como atender à reivindicação porque esta era uma determinação que partiu da direção nacional do banco, e que somente os casos pontuais, apontados pelo Sindicato, é que receberiam uma análise mais cuidadosa”, mencionou o presidente.
Em todo país o banco possui 11.662 funcionários que se autodeclararam como coabitantantes com pessoas de grupos de risco desde o início da pandemia.
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