Os impactos provocados pela Pandemia do Coronavírus na área educacional foram temas de live do MPRO com Conselheiro Nacional de Educação

A live foi conduzida pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial da Infância, Juventude e Defesa da Educação (GAEINF/MPRO), Promotor de Justiça Marcos Giovane Ártico

DCI/MPRO
Publicada em 03 de junho de 2020 às 10:47

Cerca de duas mil pessoas assistiram a uma live realizada pelo Ministério Público do Estado de Rondônia, na tarde desta terça-feira (02/06), com o conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), professor Eduardo Deschamps, que abordou os impactos da pandemia do coronavírus (COVID-19) na área educacional e as medidas que estão sendo orientadas pelo CNE para minimizar os prejuízos no processo de aprendizagem dos alunos. O vídeo completo da live está disponível no canal oficial do MP no Youtube (www.youtube/user/mprobr), e já registra mais de 10 mil visualizações.

A live foi conduzida pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial da Infância, Juventude e Defesa da Educação (GAEINF/MPRO), Promotor de Justiça Marcos Giovane Ártico, e teve a participação especial, na abertura, da Secretária de Educação de Goiás, Aparecida de Fátima Gavioli Soares, que fez um breve relato das medidas adotadas no Estado de Goiás para enfrentamento da pandemia na área educacional.

Eduardo Deschamps elogiou o trabalho conjunto dos órgãos em Rondônia para enfrentamento dos problemas enfrentados pela área educacional nesse momento. No início de sua fala, fez um relato sobre o Parecer 05/2020/CNE, que estabelece orientações para a área educacional para minimizar os impactos no processo de aprendizagem que, segundo Deschamps, poderão ter reflexos não só no ano de 2020, mas poderá se estender até os anos de 2021 e 2022.

Para Deschamps, tudo indica que as escolas não conseguirão cumprir o objetivo da aprendizagem prevista nos seus currículos, que precisarão ser revistos. Abordou ainda a realização de aulas por meio virtuais, que foram implantadas pelas escolas devido a suspensão das aulas presenciais. “Vale esclarecer que o CNE não está trabalhando com ensino à distância ou homme school, mas sim da possibilidade legal de atendimento dos alunos à distância, inclusive “com atividade domiciliar”, nos casos do alunos não estar tendo acesso à escola, como o que ocorre agora com o fechamento das escolas por causa da pandemia do coronavírus”, esclareceu Deschmaps.

O Conselheiro do CNE também ressaltou a importância de se manter nesse momento o vínculo com a escola, porque o distanciamento pode aumentar ainda mais os índices de evasão escolar e alertou para a necessidade de busca ativa de alunos quando o retorno das aulas presenciais. E ainda que as escolas poderão optar por um sistema misto de aulas presenciais e aulas virtuais.

Salientou à necessidade de um trabalho conjunto entre as áreas de Saúde e Educação para quando do retorno das aulas presenciais haja todos os cuidados sanitários para dar segurança aos alunos.

Eduardo Deschamps não descarta a possibilidade de que os impactos provocados pela suspensão das aulas presenciais tenham que ser compensados em 2021, com aumento da carga horária, inclusive com aulas aos sábados. Acrescentou que alguns níveis de ensino, como no infantil, o processo de alfabetização será prejudicado. “As escolas terão que ter um cuidado ainda maior no olhar o estudante, sabendo que nem tudo poderá ser desenvolvido esse ano, sempre resguardando os direitos de crianças e adolescentes”, ressaltou.

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