Para detectar a Covid-19, Fiocruz Rondônia atende indígenas com a realização de testes rápidos
Foram realizados 593 testes rápidos para a detecção do vírus SARS-CoV-2 na população visitada. Os casos considerados suspeitos são encaminhados para acompanhamento dos profissionais que atuam na saúde indígena
ldeias visitadas ficam na área de fronteira com a Bolívia
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz RO) realizou mais um mutirão para atendimento de indígenas em oito aldeias, localizadas nos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré, região de fronteira com a Bolívia. A ação contou com parceria do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/Porto Velho), e Casa de Saúde Indígena (Casai/Guajará-Mirim), dando continuidade aos trabalhos que já vêm sendo desenvolvidos em comunidades indígenas de Rondônia e estados vizinhos, no enfrentamento da Covid-19, com a realização de testes rápidos para detectar a doença.
Em cinco dias, foram realizados 593 testes rápidos para a detecção do vírus SARS-CoV-2 na população visitada. Os casos considerados suspeitos são encaminhados para acompanhamento dos profissionais que atuam na saúde indígena.
Atualmente, a Casai de Guajará-Mirim é responsável pelo atendimento de 60 aldeias, o que corresponde a cerca de sete mil indígenas, distribuídos nessas duas cidades (Guajará-Mirim e Nova Mamoré).
Com o surgimento da pandemia, provocada pelo novo coronavírus, as dificuldades na assistência à saúde indígena foram reforçadas. “Foi preciso reforçar o nosso trabalho com a contratação de uma equipe de resposta rápida, para fazer o acompanhamento presencial e oferecer um atendimento individualizado nas aldeias”, pontua José Lemos, enfermeiro e coordenador técnico da Casai de Guajará-Mirim.
Segundo o coordenador, uma das principais dificuldades é a distância de algumas localidades, como é o caso da aldeia Ricardo Franco, que faz fronteira com a Bolívia, e a equipe leva 10 horas de viagem de barco para chegar ao destino. Já, a Aldeia São Luiz, que fica localizada às margens do rio Pacaás Novos representa outro grande desafio, pois durante a estiagem, a equipe leva até cinco dias para chegar ao local. No período chuvoso, o mesmo trajeto pode ser feito em até sete horas de barco.
De acordo com o presidente do Conselho Local de Saúde Indígena, Edmilson Oro Waram Xijein, a população indígena foi pega de surpresa com a pandemia e “esse trabalho realizado em parceria com a Fiocruz Rondônia ajuda a compreender como está o avanço do vírus em nossas aldeias e, ao mesmo tempo, indica para as autoridades responsáveis pela saúde indígena os caminhos que devem ser adotados em atenção à nossa realidade”, argumenta o líder indígena.
Dados oficiais da Casai/Guajará-Mirim informam que desde o começo da pandemia, 700 indígenas de Guajará-Mirim e Nova Mamoré contraíram a Covid-19, e um óbito foi registrado na aldeia Mangueira, no rio Mamoré. Edmilson Xijein relata que essa é uma das localidades que geram maior preocupação, tendo em vista o aumento de novos casos, e espera que novas iniciativas como esta da Fiocruz RO possam contemplar a população indígena da região.
A pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz RO, Deusilene Vieira, chefe do Laboratório de Virologia Molecular, que coordenou o mutirão, informa que outras aldeias indígenas de acesso fluvial serão visitadas no início do próximo semestre, na região de Guajará-Mirim. “Esse é um compromisso social que assumimos e a nossa missão é promover a assistência à saúde também dos povos indígenas, principalmente nesse contexto da pandemia em que estamos vivendo”, finaliza.
A ação da Fiocruz RO contou com a participação das colaboradoras Alice Sabatino, do Controle de Qualidade, a enfermeira e tecnologista em Saúde Pública Simone Mendes, e Vanessa Modesto, do Laboratório de Virologia Molecular.
Cadastro online para reserva de vagas na rede estadual de ensino em 2021 inicia em janeiro
Para Reserva de Vaga Online para estudantes novatos há duas etapas: 1. Cadastro online do responsável e do estudante: 20 a 24 de janeiro de 2021; e 2. Reserva da vaga e matricula online: 25 a 29 de janeiro de 2021
Mais de sete toneladas de lixo são retiradas do rio Guaporé; ação envolveu várias entidades governamentais
Inspirada na 'Mobilização Guaporé Limpo' , a Sedam criou o projeto 'Reciclando Hábitos' que ampliou a área de cobertura, três vezes mais
Decoração e iluminação natalina no Palácio Rio Madeira atraem visitantes; a cor verde predomina na ornamentação
A decoração natalina do Palácio Rio Madeira tornou-se uma atração desde a ativação, no último dia 16 de dezembro deste ano
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook