Parceiros, Fapero e Ifro trabalham para popularizar a matemática em Rondônia

O projeto de extensão “Matemática para todos: contos, apresentações e experiências” mobilizou o Ifro, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Luiz (zona leste) e a Escola Estadual Jaime Barcessat (Candeias do Jamari).

Texto: Montezuma Cruz Fotos: Daiane Mendonça
Publicada em 13 de novembro de 2017 às 16:13
Parceiros, Fapero e Ifro trabalham para popularizar a matemática em Rondônia

Professor Vlademir Fernandes (d) entregou livros ao diretor da Fapero, Leandro Dill

Acadêmicos e público em geral podem aplicar melhor a matemática no dia a dia, avaliou o professor Vlademir Fernandes, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Ifro).

Ele e o diretor de tecnologia e inovação da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero), Leandro Dill, consideraram positivos os resultados da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia promovida no mês passado. Esse evento ocorreu tradicionalmente em todo o País.

O projeto de extensão “Matemática para todos: contos, apresentações e experiências” mobilizou o Ifro, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Luiz (zona leste) e a Escola Estadual Jaime Barcessat (Candeias do Jamari).

Aproximadamente 800 alunos participaram de oficinas, minicursos, palestras e até teatro. As escolas foram receptivas e ofereceram retorno, atraindo público.

Um grupo encenou “A história dos 35 camelos”, “As escravas dos olhos azuis”, entre outros, de Malba Tahan – pseudônimo do professor, educador, pedagogo, conferencista, matemático e escritor do modernismo brasileiro, Júlio César de Mello e Souza, autor de romances infanto-juvenis que divulgam até hoje a matemática.

Na sexta-feira (10), o professor Fernandes entregou à direção da Fapero exemplares do livro “Resolução de problemas”, de autoria dele e dos professores Jean Peixoto Campos e Rodrigo Luiz Brasil.

Na noite de lançamento, o professor doutor Tomaz Martínez (Unir) abordou o tema “A matemática está em tudo”, referindo-se ao uso dessa ciência em todas as áreas do conhecimento humano. Dois novos volumes serão impressos para subsidiar o ensino de matemática em 2018.

Nas palestras, o tema matemática divertida utilizou jogos criados ou adaptados. O professor Ozemar Silva reuniu experimentos de cunho científico e os alunos produziram programas (softwares) para resolução de equações de 2º grau.

Oficinas ministradas pelo professor Jean Campos popularizaram o uso do software livre geogebra – um dos mais populares para geometria dinâmica – que serve para professores e alunos em álgebra e geometria.

Fernandes enfatizou também a oficina de educação financeira, com o aplicativo Otto para celular. “Muitos aprenderam gestão pessoal de investimentos, cálculos trabalhistas, empreendedorismo, e inovação na gestão pública, entre outros aspectos”, disse.

EVENTOS NOTÁVEIS

Na Semana Nacional, o 3º Fórum de Pesquisa Rondoniense e o 24º Salão de Iniciação Científica, da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) somaram mais de 300 trabalhos elaborados por cerca de dois mil acadêmicos.

Pesquisadores brasileiros, da Argentina, Costa Rica e Equador participaram do 2º Simpósio de Nanobiotecnologia (Nanobiotec 2017), com o tema “Toxinas animais e inibidores como ferramentas biotecnológicas úteis ao diagnóstico e terapêutica”. No encerramento foi entregue o Prêmio Professor Luiz Hildebrando Pereira da Silva.

Já o 4º Encontro de Ciência e Tecnologia promovido pela Coordenação de Pesquisa e Extensão da Faculdade de Rondônia (Faro) destacou-se pela troca de experiências, sessão de banners, apresentações orais, minicursos, júri simulado, oficinas e mesas redondas.

Na Faro, o professor Marcos Antônio Duarte lançou o livro “Das penas sanguinárias à docilidade do corpo. Foram também muito concorridos o 1º Simpósio de Pesquisa Científica em Ciências Biológicas e da Saúde e a 9ª Reunião Científica do Centro Universitário São Lucas.

NECESSIDADE DE MELHORAR

Na 12ª edição, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, organizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada , deu à região Norte apenas 3% do total de 501 medalhas de ouro. O Amazonas conquistou o 1º lugar, com quatro medalhas. Tocantins e Mato Grosso dividiram o 2º lugar, com três; Roraima e Pará, uma; Rondônia e Amapá, nenhuma.

Esse evento, o maior do País, reúne alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Pesquisas avaliam que o impacto efetivo da Olimpíada nos resultados de matemática tem sido medido por estudos independentes. Escolas que participam ativamente da competição apresentam melhora no desempenho dos alunos de 26 pontos na Prova Brasil, o equivalente a 1,5 ano de escolaridade extra.

Ainda em novembro, o Grupo de Pesquisa em Educação, Filosofia e Tecnologias, com seis professores, amplia no Ifro o debate no âmbito da coordenação de educação, ciências e matemática.

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