Pelos cálculos do IBGE, quase 50 mil rondonienses deixaram o estado

Pelos resultados do instituto, 42 municípios rondonienses sofreram queda populacional e dez registraram aumento entre as 52 municipalidades.

Assessoria/AROM
Publicada em 31 de agosto de 2018 às 11:04
Pelos cálculos do IBGE, quase 50 mil rondonienses deixaram o estado

Em apenas um ano, o equivalente a população de Guajará-Mirim, ou de Jaru, simplesmente desapareceu de Rondônia, segundo os cálculos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Em seu enunciado no Diário Oficial da União, da última quarta-feira (29), sobre a estimativa populacional brasileira, o IBGE apresenta apuração demográfica em que 48.199 pessoas deixaram o estado. Em 2017, o total era de 1.805.788 habitantes e, agora, o número reduziu para 1.757.589.

A Associação Rondoniense de Municípios – AROM, desde o ano de 2017, já vem alertando sobre a gravidade do encolhimento da população, resultante de uma forma de calcular do IBGE, que altera a quantidade de habitantes se utilizando de dados estatísticos compilados no ano de 2010, sem uma efetiva recontagem populacional. Pelos resultados do instituto, 42 municípios rondonienses sofreram queda populacional e dez registraram aumento entre as 52 municipalidades.

Para AROM, o censo do IBGE pode estar apresentando resultados incompatíveis com a realidade dos municípios, sobretudo por aplicar fórmulas de cálculos que dispensam o recenseamento em que se levanta o quantitativo populacional a partir de cada unidade habitacional. A associação custa acreditar que em 12 meses quase 50 mil rondonienses tenham se evadido, misteriosamente, como que em uma abdução alienígena ou um arrebatamento celestial. Enquanto isso, na prática, os municípios têm redobrado os atendimentos, diante do aumento da demanda social por serviços públicos.

O alerta da AROM quanto ao censo do IBGE é sobre as consequências drásticas que sofrerão as administrações locais, já que, o índice populacional é o principal fator de cômputo pelo governo federal, para realizar os repasses aos municípios brasileiros. O número de habitantes também é preponderante na elaboração de políticas públicas em parceira da União, estados e seus municípios, tais como o financiamento da educação, saúde, assistência social e o desenvolvimento de programas federais de ampliação de oferta de serviços e atendimentos à população.

Para se ter uma ideia da inconsistência do apurado demográfico em Rondônia, o Tribunal Superior Eleitoral – TSE divulga em seu site uma estatística de eleitorado brasileiro em que o estado apresenta crescimento de votantes, enquanto que a população encolhe nos cálculos do IBGE. Segundo o Tribunal, o estado saltou de 1.164. 265 para 1.175.733 eleitores aptos a votarem, o que representa um aumento real de 11.468 pessoas.

Comentários

  • 1
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    Mário José Milani e silva 31/08/2018

    Fica óbvio que estes dados possuem objetivo único de reduzir repasses federais, pois absolutamente desconectados da realidade. Cacoal teve aumento de mais de 20%em seu eleitorado contado de forma biométrica, vários bairros surgiram nos últimos anos e a população agora indicada está próxima aquela de 2010!!

  • 2
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    Pedro Paulo Almodovar 31/08/2018

    Por que o IBGE não tira seu lerdo fiofó da cadeira e vai a campo, para contar, de fato, a população rondoniense? Não é nada confiável utilizar-se como base de cálculo a população de 2010, período de efervescência na construção das Usinas e de progresso forte. Certa a ARON. Com uma estimativa populacional inferior à real, perdem os municípios e o Estado, os quais recebem repasses de recursos em valor inferior ao que deveriam receber. IBGE dando prejuízos a RO. Também o IBGE...

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