Perdas de água crescem e superam média nacional nas 100 maiores cidades, aponta Ranking do Saneamento 2025

Indicador médio saltou de 35,04% para 45,43% em apenas um ano, superando a média nacional e ampliando riscos à segurança hídrica

Fonte: Brasil 61/Imagem: Reprodução / Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê - Publicada em 18 de agosto de 2025 às 08:42

Perdas de água crescem e superam média nacional nas 100 maiores cidades, aponta Ranking do Saneamento 2025

As perdas nas redes de abastecimento de água pioraram 10,39 pontos percentuais entre 2022 e 2023, nas 100 maiores cidades brasileiras, segundo o Ranking do Saneamento 2025. O levantamento revela que o índice médio passou de 35,04% para 45,43%, no período. O número está acima da média nacional registrada no Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), que foi de 40,3%, em 2023.

As perdas representam o volume de água desperdiçado antes de chegar às torneiras, seja por vazamentos na rede, falhas de medição ou consumo irregular. O problema impacta o meio ambiente, eleva os custos de produção e reduz a receita das companhias de saneamento, onerando todo o sistema e prejudicando o consumidor final.

A Portaria 490/2021 do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) estabelece que municípios com níveis “excelentes” de perdas devem registrar no máximo 25% de desperdício na distribuição. No ranking, 32 cidades ficaram abaixo de 30%, enquanto 26 ultrapassaram 45%. Os extremos vão de Maceió (AL), com 71,73% de perdas, a Suzano (SP), com apenas 0,88%.

MunicípioEstadoIAG2013NotaRank

SuzanoSP0,8810,001

Nova IguaçuRJ1,8910,001

SantosSP7,1810,001

Duque de CaxiasRJ11,7110,001

GoiâniaGO12,6810,001

CotiaSP16,1310,001

TaubatéSP16,8210,001

LimeiraSP18,9510,001

São José do Rio PretoSP19,2610,001

CampinasSP19,6710,001

MacapáAP53,514,6791

BetimMG54,394,6092

SalvadorBA54,474,5993

PiracicabaSP55,404,5194

CuiabáMT55,494,5195

Rio BrancoAC56,064,4696

Ribeirão das NevesMG57,654,3497

Várzea GrandeMT58,874,2598

BelémPA61,914,0499

MaceióAL71,733,49100

Fonte: SINISA (2023). Elaboração: GO Associados.

Especialistas alertam que reduzir o desperdício é fundamental para ampliar o acesso à água sem pressionar ainda mais os mananciais. Em um contexto de mudanças climáticas e maior pressão sobre os recursos hídricos, a eficiência na gestão e o combate às perdas se tornam medidas estratégicas para assegurar a disponibilidade do recurso no futuro.

Perdas de água crescem e superam média nacional nas 100 maiores cidades, aponta Ranking do Saneamento 2025

Indicador médio saltou de 35,04% para 45,43% em apenas um ano, superando a média nacional e ampliando riscos à segurança hídrica

Brasil 61/Imagem: Reprodução / Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê
Publicada em 18 de agosto de 2025 às 08:42
Perdas de água crescem e superam média nacional nas 100 maiores cidades, aponta Ranking do Saneamento 2025

As perdas nas redes de abastecimento de água pioraram 10,39 pontos percentuais entre 2022 e 2023, nas 100 maiores cidades brasileiras, segundo o Ranking do Saneamento 2025. O levantamento revela que o índice médio passou de 35,04% para 45,43%, no período. O número está acima da média nacional registrada no Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), que foi de 40,3%, em 2023.

As perdas representam o volume de água desperdiçado antes de chegar às torneiras, seja por vazamentos na rede, falhas de medição ou consumo irregular. O problema impacta o meio ambiente, eleva os custos de produção e reduz a receita das companhias de saneamento, onerando todo o sistema e prejudicando o consumidor final.

A Portaria 490/2021 do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) estabelece que municípios com níveis “excelentes” de perdas devem registrar no máximo 25% de desperdício na distribuição. No ranking, 32 cidades ficaram abaixo de 30%, enquanto 26 ultrapassaram 45%. Os extremos vão de Maceió (AL), com 71,73% de perdas, a Suzano (SP), com apenas 0,88%.

MunicípioEstadoIAG2013NotaRank

SuzanoSP0,8810,001

Nova IguaçuRJ1,8910,001

SantosSP7,1810,001

Duque de CaxiasRJ11,7110,001

GoiâniaGO12,6810,001

CotiaSP16,1310,001

TaubatéSP16,8210,001

LimeiraSP18,9510,001

São José do Rio PretoSP19,2610,001

CampinasSP19,6710,001

MacapáAP53,514,6791

BetimMG54,394,6092

SalvadorBA54,474,5993

PiracicabaSP55,404,5194

CuiabáMT55,494,5195

Rio BrancoAC56,064,4696

Ribeirão das NevesMG57,654,3497

Várzea GrandeMT58,874,2598

BelémPA61,914,0499

MaceióAL71,733,49100

Fonte: SINISA (2023). Elaboração: GO Associados.

Especialistas alertam que reduzir o desperdício é fundamental para ampliar o acesso à água sem pressionar ainda mais os mananciais. Em um contexto de mudanças climáticas e maior pressão sobre os recursos hídricos, a eficiência na gestão e o combate às perdas se tornam medidas estratégicas para assegurar a disponibilidade do recurso no futuro.

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