O PIX, sistema de pagamentos instantâneos que mudou a forma de transacionar no Brasil, chega a novembro de 2024 com atualizações importantes. O Banco Central apresentou uma série de mudanças que prometem elevar a segurança e a praticidade do sistema, consolidando o PIX como a escolha preferida dos brasileiros. O contador e especialista em finanças, autor do livro “A Verdade sobre o Dinheiro: Lições de Finanças para o seu Dia a Dia”, André Charone, explica o impacto dessas novidades no dia a dia dos usuários e no ambiente de negócios.
Regras Mais Rígidas para Proteção dos Usuários
Uma das principais alterações está relacionada ao uso do PIX em dispositivos não cadastrados. Para aumentar a segurança, o Banco Central implementou limites para transferências realizadas por aparelhos não verificados com a instituição financeira, fixando um teto de R$ 200 por operação e R$ 1.000 por dia. Segundo André Charone, essa medida é essencial para preservar a integridade das transações em um cenário de crescente ameaça de fraudes:
“O PIX é uma ferramenta prática e essencial, mas sua segurança é prioridade. Com essas restrições para dispositivos não cadastrados, o Banco Central garante que apenas usuários verificados tenham acesso ilimitado ao serviço, protegendo o consumidor em casos de roubo ou uso indevido de seus dados financeiros”, afirma Charone.
Pagamentos por Aproximação: A Simplicidade do PIX em um Toque
Outra novidade é o PIX por Aproximação, que permite realizar pagamentos apenas aproximando o celular das maquininhas compatíveis, sem necessidade de abrir o aplicativo bancário. A funcionalidade, oferecida inicialmente por bancos como Itaú, C6 e PicPay, torna o PIX ainda mais rápido e intuitivo, atendendo principalmente aqueles que buscam agilidade nas transações cotidianas.
Para Charone, essa inovação é um passo estratégico:
“O PIX por Aproximação aproxima o Brasil de um sistema de pagamentos moderno, como o já popular 'contactless' em outros países. Isso é especialmente vantajoso para o pequeno e médio varejo, onde a rapidez na transação faz a diferença e otimiza a experiência do cliente”, comenta.
PIX Agendado Recorrente: Organização Financeira na Ponta dos Dedos
O PIX Agendado Recorrente é outra funcionalidade lançada em novembro que promete mudar a rotina de quem busca mais organização financeira. Agora, o usuário pode programar pagamentos automáticos para despesas fixas, como contas de serviços, mensalidades e assinaturas, diretamente pelo PIX, dispensando o uso de boletos.
Charone destaca o impacto positivo dessa novidade na gestão financeira dos brasileiros:
“Para o consumidor, o PIX Recorrente é um alívio. Ele automatiza pagamentos importantes, evitando esquecimentos que podem gerar juros e multas. Essa praticidade contribui para um planejamento financeiro mais efetivo e é um reflexo de como o Banco Central está escutando as necessidades dos usuários”, explica.
O Reflexo das Mudanças para Empresas e Empreendedores
Além dos benefícios para o usuário comum, essas novas funcionalidades representam um ganho para o setor empresarial. Pequenos e médios negócios podem se beneficiar da segurança reforçada e das facilidades trazidas pelo PIX por Aproximação e Recorrente, aumentando o controle sobre o fluxo de caixa e simplificando as operações financeiras. Segundo Charone, o PIX tem se tornado cada vez mais uma ferramenta competitiva no ambiente de negócios:
“A evolução do PIX atende às demandas dos empresários. O sistema oferece transações rápidas e a custos reduzidos, o que é especialmente importante para pequenos negócios. Com o PIX Recorrente, eles podem garantir uma previsibilidade no recebimento de pagamentos, enquanto o PIX por Aproximação melhora a experiência do cliente, que ganha em agilidade e praticidade”, destaca o especialista.
O Futuro do PIX: Um Sistema Completo e Seguro
As novas regras e funcionalidades de novembro de 2024 marcam o início de uma nova fase para o PIX. O Banco Central indica que está comprometido em transformar o sistema em uma plataforma robusta e multifuncional. André Charone acredita que o PIX está caminhando para se tornar uma ferramenta que, em muitos casos, substituirá as formas tradicionais de pagamento, oferecendo ainda mais recursos e segurança:
“O PIX tem se tornado mais do que um meio de transferência; ele está se configurando como uma plataforma completa de transações, tanto para o consumidor quanto para o empreendedor. Com as novas atualizações, estamos caminhando para um futuro em que o PIX será central nas finanças dos brasileiros, com a segurança necessária para suportar essa dependência”, conclui.
Com as mudanças de novembro, o PIX se consolida como o principal sistema de pagamentos no Brasil, atendendo tanto às necessidades de segurança quanto de praticidade. As novas funcionalidades não apenas facilitam o dia a dia do consumidor, mas também ampliam o horizonte para empresas que buscam uma forma eficiente e moderna de lidar com transações financeiras. O Banco Central demonstra, mais uma vez, que está empenhado em transformar o PIX em um sistema completo, capaz de atender às demandas de um público cada vez mais conectado e exigente.
Sobre o autor:
André Charone é contador, professor universitário, Mestre em Negócios Internacionais pela Must University (Flórida-EUA), possui MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV (São Paulo – Brasil) e certificação internacional pela Universidade de Harvard (Massachusetts-EUA) e Disney Institute (Flórida-EUA).
É sócio do escritório Belconta – Belém Contabilidade e do Portal Neo Ensino, autor de livros e dezenas de artigos na área contábil, empresarial e educacional.
André lançou recentemente o livro ‘A Verdade Sobre o Dinheiro: Lições de Finanças para o Seu Dia a Dia’, um guia prático e acessível para quem deseja alcançar a estabilidade financeira sem fórmulas mágicas ou promessas de enriquecimento fácil.
O livro está disponível em versão física pela Amazon e versão digital pelo Google Play.
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