Pontes critica baixa qualidade da formação médica no país

O Brasil tem 389 cursos de medicina, o que nos coloca apenas abaixo da Índia em número de cursos da área

Fonte: Agência Senado/Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado - Publicada em 05 de junho de 2024 às 15:49

Pontes critica baixa qualidade da formação médica no país

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) manifestou preocupação com a qualidade da saúde no Brasil. Em pronunciamento na terça-feira (4), o senador destacou o crescimento do número de cursos medicina no Brasil que, segundo ele, não atendem às expectativas da população.

— O Brasil tem 389 cursos de medicina, o que nos coloca apenas abaixo da Índia em número de cursos da área. Isso seria um dado muito bom se a qualidade dos médicos formados nessas escolas fosse uma qualidade muito boa, mas esse não é o caso. A preocupação é com a qualidade desses médicos que estão sendo formados. Isso não é palavra minha, foi falado pelo Conselho Federal de Medicina, pela Associação Paulista de Medicina e assim por diante — disse.

Outro ponto destacado pelo senador foi a desigualdade na distribuição de médicos pelo país. Ele enfatizou que em algumas cidades, como Vitória, a densidade de médicos é alta, enquanto em outras, como Macapá, é menor. Pontes defendeu a criação de uma carreira estruturada para os profissionais, de forma a melhorar a distribuição.

Além disso, ele chamou a atenção para o Decreto 11.999 de 2024, que altera a composição do Conselho de Residência Médica. A norma aumenta a participação do governo e diminui a das entidades médicas.

— Um conselho para tratar de residência médica tem que ser habitado por médicos. Médicos são aqueles que entendem da profissão, não é para colocar ali uma pessoa que não entende da profissão. Então, essa é outra preocupação grande ao se tratar da residência. Aliás, muita escola de medicina não tem hospital para fazer as aulas. Como é que a pessoa vai aprender medicina sem ter um hospital? Vai aprender por correspondência? Isso não funciona dessa forma — alertou.

Pontes critica baixa qualidade da formação médica no país

O Brasil tem 389 cursos de medicina, o que nos coloca apenas abaixo da Índia em número de cursos da área

Agência Senado/Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Publicada em 05 de junho de 2024 às 15:49
Pontes critica baixa qualidade da formação médica no país

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) manifestou preocupação com a qualidade da saúde no Brasil. Em pronunciamento na terça-feira (4), o senador destacou o crescimento do número de cursos medicina no Brasil que, segundo ele, não atendem às expectativas da população.

— O Brasil tem 389 cursos de medicina, o que nos coloca apenas abaixo da Índia em número de cursos da área. Isso seria um dado muito bom se a qualidade dos médicos formados nessas escolas fosse uma qualidade muito boa, mas esse não é o caso. A preocupação é com a qualidade desses médicos que estão sendo formados. Isso não é palavra minha, foi falado pelo Conselho Federal de Medicina, pela Associação Paulista de Medicina e assim por diante — disse.

Outro ponto destacado pelo senador foi a desigualdade na distribuição de médicos pelo país. Ele enfatizou que em algumas cidades, como Vitória, a densidade de médicos é alta, enquanto em outras, como Macapá, é menor. Pontes defendeu a criação de uma carreira estruturada para os profissionais, de forma a melhorar a distribuição.

Além disso, ele chamou a atenção para o Decreto 11.999 de 2024, que altera a composição do Conselho de Residência Médica. A norma aumenta a participação do governo e diminui a das entidades médicas.

— Um conselho para tratar de residência médica tem que ser habitado por médicos. Médicos são aqueles que entendem da profissão, não é para colocar ali uma pessoa que não entende da profissão. Então, essa é outra preocupação grande ao se tratar da residência. Aliás, muita escola de medicina não tem hospital para fazer as aulas. Como é que a pessoa vai aprender medicina sem ter um hospital? Vai aprender por correspondência? Isso não funciona dessa forma — alertou.

Comentários

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    Mário Roberto 06/06/2024

    O Revalida é a solução, que deveria melhorar para facilitar o acesso, pois o que ocorre na realidade é exacerbada exigência, com nota de corte a 9,6 justamente para impedir que tais profissionais ingressem no mercado de trabalho, além do mais, o curso de medicina, tem mensalidades com custo elevadíssimo, o que impede o acesso dos menos favorecidos, isso é importante refletir, para melhorar...

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