Por falta de funcionários, agência do Bradesco ficou fechada por 24 horas
De acordo com os dirigentes do SEEB-RO Eliseu Eurico e Irineu de Almeida (Regional Ji-Paraná), o problema de falta de funcionários já dura mais de um ano
A agência do Bradesco de Ouro Preto do Oeste, a 330 quilômetros da capital Porto Velho, foi interditada na manhã da última terça-feira (5/8) pelo Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), por falta de funcionários.
A unidade permaneceu fechada por 24 horas até que um representante de Relações Sindicais do Bradesco garantisse que o banco deslocaria mais funcionários para atender a demanda de clientes e usuários que já era excessiva, mas que foi ainda mais comprometida com o fechamento dos Postos de Atendimento Avançado (PAA do banco) em Vale do Paraíso, Teixeirópolis, Mirante da Serra e Nova União.
De acordo com os dirigentes do SEEB-RO Eliseu Eurico e Irineu de Almeida (Regional Ji-Paraná), o problema de falta de funcionários já dura mais de um ano, e atualmente a agência conta com apenas cinco funcionários. Este número já seria insuficiente para atender os clientes e usuários de Ouro Preto, mas agora se tornou praticamente insignificante diante da demanda quadruplicada com a “migração” de clientes dos municípios que tiveram os PAA’s encerrados, em sua maioria aposentados que precisam se deslocar para as agências para receber seus benefícios previdenciários. O Sindicato apurou que, só em julho, apenas nos guichês de caixa da agência foram atendidas 585 senhas presenciais.
“É inadmissível que esse tipo de situação continue acontecendo, pois este cenário de caos afeta não apenas a paciência do cliente, mas principalmente a saúde do bancário. Temos centenas de colegas afastados com problemas psicológicos em virtude da enorme pressão a que são submetidos, todos os dias, para entregar metas absurdas ao mesmo tempo em que precisam atender centenas de pessoas”, menciona Eliseu Eurico.
LUCRO X SER HUMANO
Para Ivone Colombo, presidenta do SEEB-RO, esta rotina de sofrimento para trabalhadores e clientes é fruto da incessante sede dos bancos que colocam os lucros acima do ser humano, pois mesmo com um Lucro Líquido Recorrente de R$ 11,931 bilhões no primeiro semestre de 2025 (crescimento de 33,7% em relação ao mesmo período de 2024) o Bradesco segue promovendo demissões e fechando unidades físicas de atendimento, com uma redução de 2.564 postos de trabalho nos últimos 12 meses.
“A cada bancário que demite, o Bradesco eleva a carga de trabalho para os funcionários que continuam na agência, e com isso vem mais pressão e, consequentemente, mais adoecimento. Com o adoecimento vêm os afastamentos por questões médicas e, é claro, o atendimento, que já é precário, fica ainda pior”, explica Ivone.
“Em Rondônia, quando uma agência do Bradesco é encerrada, a população é a que mais sofre, principalmente os aposentados que recebem seus benefícios do INSS pelo banco. Essas pessoas, que trabalharam a vida inteira, muitas vezes são obrigadas a se deslocar até outro município para poder receber sua aposentadoria. Não é apenas desrespeito, é desumano”, conclui a presidenta.
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