“Preço via inbox”: Rocha Filho Advogados esclarece esta prática abusiva
A ação é comum em lojas virtuais que escondem os valores dos consumidores
Muitas pessoas já devem ter visto por aí mensagens com os dizeres “preço via inbox” em lojas virtuais. Isso acontece, muitas vezes, quando o consumidor tem interesse no produto, e ao perguntar o valor, é surpreendido com uma ocultação do preço, uma espécie de “segredo” que força o interessado a perguntar na caixa de mensagens do perfil da empresa.
O que muita gente não sabe é que essa prática é abusiva e proibida por lei. Lucas Aquino, advogado especializado em Direito Digital do Rocha Filho Advogados, explica o método.
"O ‘preço via inbox’ é uma prática que está sendo feita por muitos lojistas virtuais, aquela famosa estratégia que induz o consumidor a perguntar o preço diretamente. Ao fazer isso, a loja utiliza uma tentativa de convencer, por meio de uma conversa individual, o consumidor a realizar aquela compra.”
No entanto, além de inconveniente e criminoso, o “preço via inbox” também prejudica as vendas. Pesquisas apontam que a falta de informação sobre o preço faz as vendas caírem em até 40%.
Lucas Aquino comenta que a falta de informação em um produto é considerada uma afronta direta ao código de defesa do consumidor.
“O Código de Defesa do Consumidor tem como base vários princípios, e o princípio da informação é um deles. O preço é uma informação essencial ao produto, por isso toda e qualquer publicação de produto que for revendido, tem que ter informação clara e precisa para o consumidor. Na falta disso, a empresa está cometendo crime contra o consumidor e violando a Lei Federal 13.454 de 2004, que passou por atualização em 2017 e abrange também as lojas virtuais.”
As lojas virtuais que não realizam esse procedimento estão cometendo uma infração grave e podem passar por processos administrativos junto ao PROCON. Portanto, a atitude que deve ser tomada pelas empresas é simples: buscar a informação no código de defesa do consumidor é essencial para evitar transtornos gerados pela falta de aplicação da lei.
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