Prefeitura encerra campanha Janeiro Roxo com capacitação de servidores

Profissionais receberam treinamento sobre a política de prevenção e tratamento da hanseníase

Texto: João Muniz Foto: João Muniz
Publicada em 01 de fevereiro de 2024 às 09:52
Prefeitura encerra campanha Janeiro Roxo com capacitação de servidores

Encontro discutiu as novas políticas de prevenção e tratamento da hanseníase

A Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), encerrou a campanha Janeiro Roxo “Hanseníase: Precisamos falar e agir” com uma capacitação direcionada para os servidores municipais. O encontro reuniu profissionais das zonas urbana e rural.

Como parte das ações de combate à hanseníase em Porto Velho, a atividade teve como principal objetivo qualificar os servidores com foco no aperfeiçoamento dos serviços oferecidos para a comunidade.

Maiara Ramos, enfermeira há cerca de três anos na Unidade de Saúde da Família de Fortaleza do Abunã, distrito de Porto Velho, conta que o evento é muito importante e necessário para o aperfeiçoamento das equipes que atuam na ponta.

“Nossa unidade é bem distante do setor urbano de Porto Velho, o que dificulta o acesso às novas estratégias com mais rapidez. Então, essa capacitação é muito válida para o desenvolvimento e atuação do nosso trabalho como servidores que atendemos os pacientes na atenção primária”, destaca a enfermeira.

Gabriel Cury é médico de estratégia da família na zona urbana da capital. Ele também avalia como positiva a capacitação realizada pela Semusa. “A hanseníase não é brincadeira, ela precisa ser combatida. Treinamentos como esse, que trazem as novas estratégias no enfrentamento à doença, reforçam o nosso trabalho e melhoram a vida da população que precisa de atendimento”, analisa.

Para Marilene Penati, a capacitação é fundamental para a saúde de toda a comunidadePara Marilene Penati, a capacitação é fundamental para a saúde de toda a comunidade

Para a secretária-adjunta da Semusa, Marilene Penati, o conhecimento técnico e atualizado por parte do servidor é de fundamental importância para a saúde de toda a comunidade. “O primeiro passo que nós como servidores temos que dar, é olhar o indivíduo como um todo e avaliar ele por inteiro. A hanseníase aparece, muita das vezes, de forma discreta com uma mancha, mas é aí que temos que saber identificar a doença. Então, esse momento de aperfeiçoamento e conhecimento das novas estratégias, sem dúvida, é muito valioso”.

Segundo a coordenadora Municipal da Hanseníase, Sheila Arruda, a capacitação finalizou o mês com um resultado positivo. “A hanseníase é uma doença que tem cura. Nesse mês de janeiro, a Semusa trabalhou arduamente para disseminar informações sobre a doença. Trabalhamos com a população, com os servidores e toda sociedade. Com certeza o nosso objetivo foi alcançado”, destacou Sheila.

O encontro discutiu as novas políticas de prevenção e tratamento sobre a hanseníase. Segundo Paula Frassinetti, da Fundação Alfredo da Mata e palestrante do evento, os servidores tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o tema e trocar experiências.

“Falar desse tema é muito importante e necessário. A hanseníase é uma doença que ainda está presente e nós, como saúde, precisamos combater. Aqui os servidores tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre a conduta a ser seguida em casos específicos, entre outros avanços”, disse.

Os servidores tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o tema e trocar experiênciasOs servidores tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o tema e trocar experiências

A DOENÇA

A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele, e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae.

A transmissão ocorre quando a pessoa, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer. A doença é transmitida através das vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento.

Os principais sintomas e sinais são sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, em muitos casos com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular, entre outros.

ATENDIMENTO

Caso o paciente perceba a presença de algum desses sintomas, a recomendação é que ele procure uma unidade básica de saúde o mais rápido possível para realizar o diagnóstico e, caso seja positivo, já iniciar o tratamento.

“Isso mesmo, existe tratamento e, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a hanseníase tem cura, portanto quanto mais rápido as pessoas procurarem o atendimento médico, maior é a chance de atingir esse resultado”, destaca o médico dermatologista que atua no setor de hanseníase, Thiago Barnabé.

Para ter acesso ao serviço de hanseníase, basta procurar as unidades de saúde da família de Porto Velho com cartão do SUS e documento com foto.

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