Presidente da FIERO participa de live sobre agenda ESG

De acordo com Thomé, o ESG surgiu a partir de um pacto global, em 2004 e tem despertado o interesse da indústria brasileira que está em processo de adequação destas boas práticas

Assessoria
Publicada em 16 de julho de 2021 às 10:18
Presidente da FIERO participa de live sobre agenda ESG

Para falar sobre a Agenda ESG; Negócios de valor, e como a indústria pode adotar novas soluções sustentáveis e de preservação do meio ambiente, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, participou de uma live promovida pela empresa Mobil, nesta quinta-feira, 17.

Já se têm notícias de que empresas que adotam melhores práticas ambientais, sociais e de governança, veem diversos impactos positivos como maior lucratividade e até uma melhora em seu valor de mercado ao longo do tempo.

Neste sentido, o ESG – “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança, em português) pode ser usado para dizer quanto um negócio busca formas de minimizar seus impactos no meio ambiente, construir um mundo mais justo e responsável para as pessoas em seu entorno e manter os melhores processos de administração.

Marcelo Thomé, que também preside o Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), falou de que forma a indústria brasileira está se adequando aos princípios do ESG. De acordo com Thomé, o ESG surgiu a partir de um pacto global, em 2004 e tem despertado o interesse da indústria brasileira que está em processo de adequação destas boas práticas.

Thomé deu exemplos de segmentos que saem na frente nessa adequação às novas práticas. “Temos modelos, sim. Setor que está na vanguarda são as florestas plantadas, que se destaca pelo pioneirismo na certificação de floresta, que garante que o manejo seja economicamente viável correto. Outro exemplo é no setor energético. A empresa Engie, distribuidora de energia no Brasil, tem como uma de suas metas garantir a neutralidade de carbono até 2045”, pontuou.

Uma das dificuldades apontadas por Marcelo Thomé é com relação à diversidade de realidade dentro do Brasil. “É preciso analisar esses recortes regionais e avaliar seus impactos. Para isso foi criado o Instituto Amazônia+21, no intuito de criar um diálogo permanente para entender a diversificação do bioma amazônico e das cadeias produtivas que atuam na região. Entender melhor cada recorte das microregiões da Amazônia”, enfatizou.

Sobre se as organizações brasileiras já agem dentro dos conceitos da economia circular e logística reversa, o presidente da FIERO explicou que esse conceito já vem sendo aplicado desde a década de 90 com a implantação de reciclagem dos resíduos industriais. “A Logística reversa permite que o material descartado tenha uma nova dimensão econômica”, disse. Thomé citou uma pesquisa realizada pela CNI que apontou que 76% das empresas já adotam alguma ação de circularidade, “sendo que 70% destas não tinham conhecimento deste processo de boas práticas”, comentou.

Ao ser indagado sobre se as empresas conseguem demonstrar de forma transparente e efetiva o engajamento nas políticas de ESG, Thomé, afirmou que a CNI e as federações apoiam negócios regulares que cumpram a legislação, através de processos íntegros em toda a cadeia de fornecimento, apta e de forma transparente e que traduza todos os princípios de sustentabilidade.

“Garantir certificação, transparência e integridade em todos os processos e que tenham relatórios auditáveis, pois o mercado está cada vez mais maduro, com instituições financeiras e consumidor mais exigentes. Portanto é fundamental que todo esse processo seja íntegro e verdadeiro, para que a credibilidade da empresa não seja afetada”, concluiu.

Organizada pela Mobil, e que teve a apresentação de Luah Galvão, o evento digital contou ainda com a participação de Fábio Afonso, gerente de soluções e serviços de engenharia da Mobil e de Giuliana Netto, especialista em gestão de sustentabilidade, coordenadora de projetos e líder regional de sustentabilidade da empresa Arcadis, o engenheiro agrônomo e agricultor, Sidney Fujiwara e a gestora de Recursos Humanos da Softys, Regiane Herchcovitch.

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