Produtores de café de Rondônia solicitam ao Ministério da Economia criação de entidade ao setor

Produtores de café brasileiros reúnem-se no Ministério da Economia para solicitar a criação da Ocafé, entidade que represente a classe de agricultores

Alex Nunes Fotos: Alex Nunes e Frank Néry Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 15 de maio de 2021 às 19:38
Produtores de café de Rondônia solicitam ao Ministério da Economia criação de entidade ao setor

Com uma entidade que represente o setor, será possível criar um fundo de apoio à produção do café

Embasados na força da produção cafeeira do Brasil, na qual movimenta mais de dois milhões de empregos e a estimativa de 2,18 milhões de hectares de plantação de café, produtores representados pela Associação dos Cafeicultores do Brasil (Sincal), liderados pelo vice-governador de Rondônia, José Jodan, explicaram ao subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Economia, Rogério Boueri, a importância da criação de uma entidade que represente os cafeicultores.

A abordagem da falta de representatividade das atuais instituições foi a pauta principal do encontro, na qual Jodan pontuou que a economia brasileira poderia estar melhor conduzida com dados mais transparentes quanto à realidade do café. O grupo sugere a criação da Ocafé, uma entidade que inicialmente criará um fundo de apoio à produção deste grão e ficará responsável por sistematizar e dar publicidade aos números de plantação, colheita, importação e exportação. “O fundo financeiro da Ocafé, não receberá recursos do Governo Federal, mas pela regulamentação pode ter o controle federal e servirá para dar transparência ao produtor quando ao uso dos recursos do fundo”, afirmou o vice-governador.

Produtores de café explicam a necessidade de criar a entidade Ocafé

Produtores de café do Brasil querem a criação de uma entidade que represente a classe

Para Jodan, os números do mercado cafeicultor, que venham a orientar sobre as necessidades da commodity de modo que o agricultor saiba se é momento de cultivar mais ou menos o café e não tenha prejuízos à frente, devem ser publicados frequentemente pela Ocafé.

O presidente da Sincal, Armando Mattiello, ressaltou que a Organização Internacional do Café (OIC), não possui a representatividade que a produção brasileira necessita. Segundo ele, a limitação dos valores máximos definidos pela organização estão pouco acima do que era na década de 1980. “É praticamente inviável ter o mínimo de rentabilidade com os valores atuais”, pontuou.

A expectativa da Sincal é que ao organizar o setor com a Ocafé, haja um incremento financeiro no setor cafeeiro que gere ao Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões por ano, que podem ser transformados em benefícios para toda a população.

Rogério Boueri fará o encaminhamento das demandas ao ministro Paulo Guedes, pois a Associação pretende reunir-se também com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Também participaram da reunião, o superintendente de Integração do Estado de Rondônia em Brasília, Augusto Leonel, e os diretores da Sincal, Marco Antonio Jacob e Marcelo Caixeta Barbosa Paterno.

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