Projeto de Mediação Tecnológica em Rondônia começa ano letivo com expectativa para atender 6 mil alunos
Rondônia é um diferencial, entre os 18 estados da federação, que oferece o ensino por meio da Mediação Tecnológica, em harmonia com o Centro Nacional de Mídias da Educação (CNME) do Ministério da Educação (MEC).
Equipe pedagógica do projeto de mediação tecnológica
Nesta segunda-feira (18) começa o ano letivo para os estudantes matriculados na rede estadual e atendidos pelo projeto de Mediação Tecnológica da Secretaria de Estado da Educação de Rondônia (Seduc-RO). São cerca de seis mil estudantes, distribuídos em 114 escolas, totalizando 259 turmas de 1º, 2º e 3º ano, distribuídos em mais de 90 localidades de difícil acesso, entre zonas rurais, áreas de grupos indígenas, remanescentes quilombolas, povos originários da floresta, caiçaras, ribeirinhos.
Rondônia é um diferencial, entre os 18 estados da federação, que oferece o ensino por meio da Mediação Tecnológica, em harmonia com o Centro Nacional de Mídias da Educação (CNME) do Ministério da Educação (MEC).
O estado é o único que oferece o ensino mediado por tecnologias simultaneamente com o curso profissionalizante de Técnico em Cooperativismo, implantado para atender os arranjos produtivos de Rondônia, e que oportuniza ao educando a formação em duas habilitações.
Outra novidade é que neste ano o projeto educacional do Governo do Estado implementará no início do ano letivo o “Plantão Tira Dúvidas”, para atender em tempo real os estudantes com o conteúdo do ensino médio das quatro áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias. A equipe de docentes é composta por 26 professores especialistas por áreas.
O secretário da Seduc, Suamy Vivecananda Lacerda, em vídeo de abertura do ano letivo para os estudantes da mediação, ressaltou a importância desse projeto para fortalecimento do ensino médio em locais de difícil acesso. “Nosso ensino médio precisa demonstrar força, pujança, equilíbrio e, acima de tudo, vontade. Temos um compromisso com o estado de Rondônia, precisamos fortalecer a educação oferecida ao cidadão que mora em localidades de difícil acesso, por isso convidamos a sociedade para nos ajudar a fazer acontecer o ensino médio por meio da mediação tecnológica. Todos convidados para participar dessa jornada cidadã que levará ao cidadão o mesmo nível de aprendizado presencial das áreas urbanas”, discursou.
Professora pesquisadora da Seduc/RO Luciana Dermani
EVOLUÇÃO
Este projeto faz parte de um conjunto de medidas e ações que teve início no ano de 2016 com atendimento de forma progressiva de dois mil alunos matriculados no 1° Ano do Ensino Médio em 85 escolas, sendo e 86 turmas. Em 2017 foram 124 escolas, 134 turmas de 1º e 2º Ano. Em 2018, o número de atendimentos passou para 5.134 alunos, distribuídos em 114 escolas, totalizando 259 turmas, ofertando assim o Ensino Médio completo com turmas de 1º, 2º e 3º ano em mais de 90 localidades, entre municípios, distritos, ramais e vilas.
Até 31 de dezembro de 2018, a equipe pedagógica do projeto produziu e transmitiu, via satélite, 3.809 vídeos e videoaulas, que postados no canal Youtube alcançaram mais de um milhão e duzentas mil visualizações. As aulas da Mediação Tecnológica são utilizadas de forma interativa e com registro de upload de arquivos no Google e Youtube em diversos países de língua portuguesa e espanhola, como: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Espanha, Argentina, entre outros.
A equipe é composta por 22 professores que ministram as teleaulas e quatro interpretes que traduzem os vídeos em libras, tem ainda um corpo de profissionais que integram o processo desde o planejamento à efetivação do produto, como produção audiovisual, figurinos, animações, cenários virtuais, locuções e gravações de vídeo aulas, com filmadoras de tecnologia digital de alta definição, padrão HD ou superior (1920×1080).
Segundo pesquisa desenvolvida pela professora Luciana Dermani de Aguiar, que assumiu o Núcleo da Mediação Tecnológica da Seduc, o projeto foi criado após um levantamento de demanda escolar realizado em 2014. Pelos dados apurados na pesquisa, verificou-se que uma significativa parcela (34,9%) dos alunos que vivem na zona rural concluíam o ensino fundamental e não continuavam os estudos devido às dificuldades de acesso de alunos e de professores às escolas. “A universalização do Ensino Médio é assunto de destaque na pauta das discussões educacionais contemporâneas, e representa um desafio, principalmente considerando o atendimento às populações que residem em regiões afastadas dos centros urbanos” – enfatizou.
O recurso didático inovador é uma das formas utilizadas pelo Governo de Rondônia para promover o acesso e permanência dos estudantes no espaço escolar considerando as regiões de difícil acesso, como zonas rurais, áreas carentes, áreas indígenas, e ainda a falta de professores habilitados.
A iniciativa fundamenta-se em normas educacionais que preconizam a oferta de cursos à distância para o ensino médio e educação profissional técnica de nível médio, observadas as condições de acessibilidade e oferecendo às comunidades de difícil acesso e demanda reprimida, melhores condições de cidadania, de trabalho e de inclusão social aos estudantes desse segmento populacional.
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