Público prestigia abertura do XIII CONNEPI no Teatro Estadual, em Porto Velho

A cerimônia de abertura ocorreu na noite de 26 de setembro, no Teatro Estadual Palácio das Artes, local que também abrigará o encerramento do evento, às 16 horas de quinta-feira, dia 29

ASCOM/IFRO
Publicada em 28 de setembro de 2022 às 08:44
Público prestigia abertura do XIII CONNEPI no Teatro Estadual, em Porto Velho

Foi aberta oficialmente a 13ª edição do Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação (CONNEPI). O evento segue até o dia 29/9 no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), sediado no Campus Porto Velho Calama, com atividades on-line (apresentação de trabalhos), presenciais (Mostra de IFs, Mostra Tecnológica e Desafio de Ideias), mais palestras, mesas-redondas, Mostra Cultural e eventos integrados. A cerimônia de abertura ocorreu na noite de 26 de setembro, no Teatro Estadual Palácio das Artes, local que também abrigará o encerramento do evento, às 16 horas de quinta-feira, dia 29. Acesse a programação completa e o mapa do evento: bit.ly/prog-connepi2022.

As fotos do evento podem ser conferidas neste link.

Segundo o Reitor Pro Tempore do IFRO, Edslei Rodrigues de Almeida, “o CONNEPI é uma oportunidade que nós temos de mostrar a pesquisa e a inovação e a sua importância para o desenvolvimento de ações dentro da instituição, percebemos aí a efervescência daquilo que desenvolvemos, e culmina com essa apresentação e esse evento que reúne as instituições do Norte e do Nordeste. Para a Rede Federal é um momento muito importante porque marca a retomada das nossas atividades e o primeiro evento de grande porte da Rede Federal. Então, imagina a nossa alegria em sediar esse evento de forma inédita, em formato híbrido”.

O Reitor acrescenta que as equipes do IFRO e parceiros trabalharam da melhor forma possível para receber a todos os congressistas, num evento que tem como tema diversidade e inclusão. “O CONNEPI é o momento de refletirmos e vermos a importância da pesquisa e da inovação, principalmente para o desenvolvimento de uma sociedade justa e próspera com responsabilidade social de devolvermos à sociedade que nos financia tudo que aqui fazemos”. Ele completa: “a realização de um evento de grande porte, das dificuldades que estamos passando, mas que em nenhum momento podemos deixar de realizar e fazer todos esforços, em um pós-pandemia é um desafio”.

“Integrando quem está perto e quem está longe, vencendo a barreira da distância, sabemos que teremos falhas, deixaremos alguma coisa a desejar, mas saibam que cada um e cada uma que aqui trabalhou e trabalhará até o final desse evento está fazendo tudo isso pensando em cada um de vocês que aqui estão”, avalia Edslei Rodrigues.

Coordenador Geral do evento, Gilmar Alves Lima Júnior relembra todas as expectativas na realização do Congresso no estado, “trouxemos o CONNEPI para ser realizado em Rondônia em 2018, com a perspectiva inicial de realizar em 2020. E com a pandemia, suspensão das atividades presenciais, o CONNEPI sempre foi um evento essencialmente presencial. Naquela expectativa de que pudéssemos voltar a ter uma rotina e um encontro de uma forma mais tranquila, com o passar do tempo, realizamos pela primeira vez o CONNEPI de uma forma híbrida. Então, em 2022, nesta expectativa, recebemos em Rondônia os Institutos Federais das regiões Norte e Nordeste. Tivemos cerca de 2.500 inscrições, 550 trabalhos enviados. E este é o ponto forte do CONNEPI, essa participação da iniciação científica, do desenvolvimento de projetos, da popularização da ciência”.

Conforme Gilmar, “é um ponto de encontro de duas regiões extremamente importantes do país, em que a educação profissional e tecnológica da Rede Federal chega para fazer a diferença, que é a região Norte e a Nordeste. Estamos hoje recebendo alunos e servidores de outros campi do IFRO, além de Porto Velho que é sede do evento, e é um momento de confraternização, de fazer contatos, networking, conhecer um pouco mais da Rede, das nossas atividades e do que produzimos”.

A principal expectativa, conforme a Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Dany Roberta Marques Caldeira, “é em relação à integração e que possamos ter essa retomada em relação à pesquisa, trazer esse contato que ficamos aí por dois anos sem essa possibilidade. Que possamos ampliar essas conexões e evoluir cada vez mais na pesquisa no âmbito dos arranjos produtivos locais e das demandas da comunidade como um todo”.

Já o Pró-Reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IF Sertão-PE (Instituto Federal do Sertão Pernambucano), Francisco Kelsen de Oliveira, disse estar ansioso pelo evento, diante dos quatro anos que aguardava que ocorresse. Para ele, o evento é também momento de viver, conviver e aprender para a vida. “O CONNEPI não é apenas o Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação. Ele é o maior evento científico e tecnológico da Rede Federal. Para aqueles que não sabem, é o mais antigo e o mais consolidado, e que vem passando por muitas dificuldades. Mas nós estamos aqui. Vocês do Instituto Federal de Rondônia são verdadeiros heróis e heroínas por fazer esse evento”.

“O primeiro dia já percebemos também a comunidade ansiosa para que houvesse o evento, e também para conhecer o que está sendo produzido dentro da Rede. Com isso, já sabemos que o próximo que for organizar vai ter uma responsabilidade muito grande. Primeiro, fazer com que a comunidade esteja nesta mesma ansiedade e segundo para divulgar o que temos dentro da Rede para fazer, mas que às vezes não temos um espaço de fato para colocar isso”, diz o Professor Francisco.

O IF Sertão está apresentando três projetos de tecnologia, um que trabalha o Agro 4.0 e busca fazer monitoramento tecnológico de pragas dentro da agricultura e outros dois dentro da área de informática (divulgar uma forma de trabalhar a EaD junto a professores e tutores da educação a distância e o Recreio – um ambiente de compartilhamento e produção de recursos educacionais abertos para facilitar a produção desses materiais por parte dos professores que não tenham ainda o conhecimento da tecnologia).

Com título “Que educação pra qual diversidade – e pra quê?” a palestra de abertura foi ministrada pelo Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Estevão Fernandes. Entre outros temas o docente abordou que tolerar é diferente de conhecer e dialogar, por isso defendeu que a educação precisa ser mais que tolerante, deve “ser antirracista, anticapacitista, antilgbtqia+fóbica”, e se abrir para as diferenças.

Rondônia

Esta é a primeira vez que Rondônia sedia o Congresso, que neste ano tem como temática “CONNEPI que Transforma: Diversidade e Inclusão”. O encontro é voltado aos profissionais de todas as áreas do conhecimento e alunos de ensino médio, graduação e pós-graduação de instituições públicas e privadas, especialmente das regiões Norte e Nordeste do país, que fazem parte da Rede Profissional de Educação, Científica e Tecnológica.

Participando de seu primeiro grande evento, Maria Eduarda Azevedo Silva, do Curso Técnico em Edificações do Campus Calama, faz parte da equipe de colaboração do evento. Ela comenta estar aprendendo e tendo a oportunidade de conhecer pessoas novas: “espero que traga conhecimentos novos, amizades novas e muito aprendizado”.

O Diretor-Geral do Campus Porto Velho Calama, Leonardo Pereira Leocádio, ressalta os aspectos científicos e culturais que envolvem a programação diversificada do evento. “Quando a gente se predispõe a fazer um evento como este é também levar Rondônia para outros estados irmãos nossos, do Norte e Nordeste, ficamos cheio de orgulho de ver essa apresentação cultural bonita e tantos trabalhos bacanas que vão ser apresentados no decorrer da semana”.

A Coordenadora de Cultura, Esporte e Cidadania da Pró-Reitoria de Extensão (CCEC/Proex/IFRO), Janaina Leite, explica que a intenção foi apresentar na abertura do evento trabalhos realizados no âmbito do IFRO. “Trazer os professores de música, com os projetos que têm dentro dos campi, como é o caso da Orquestra de Ji-Paraná, e o projeto do Professor Marcos Biesek que acontece no Campus Guajará-Mirim. E também trazer um pouco dos compositores da cidade, e com isso nós convidamos o Grupo Vocal Cantadô que tem repertório local. A cantora e compositora Izabela Lima vai abrilhantar mais ainda a nossa noite com sua apresentação. Temos uma aluna do Zona Norte, a Silvia Helena, que juntamente com servidores dos Campi Zona Norte e Calama, apresenta um repertório local”. Segundo ela, é um evento para toda comunidade: “o nosso intuito é que cada vez mais e mais a arte e a cultura ganhem espaço na nossa instituição e na cidade”.

Nos demais dias do evento, as exposições ocorrem no próprio Campus Porto Velho Calama. Vindo do Instituto Federal de Pernambuco, Campus Recife, onde cursa Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), Izavan dos Santos Correia faz parte do grupo de pesquisa RailBee. “Nosso grupo surgiu a partir da necessidade de realizar o sistema de monitoramento dos trens do metrô de Recife, com o intuito de melhorar os serviços prestados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos aos usuários da região metropolitana de Recife. Para o evento, trouxemos como novidade a oportunidade de verificar outros módulos que conseguem monitorar também ônibus, placas solares, qualidade do ar e conversores de energia a partir das ondas do mar. Espero apresentar bem e conseguir aprender com os outros estados, fazendo troca de conhecimentos e experiências entre os participantes, como sempre acontece no CONNEPI”.

As representantes do IFPB (Instituto Federal da Paraíba) mostram o que estão apresentando durante o evento. Na explicação da Professora de Geoprocessamento do Grupo de Geominas, Rackynelly Soares (IFPB/Campus Sousa), “estamos apresentando o App Saúde Jovem, para aproximar o jovem com informações sobre DST, uma vez que verificamos que o Ministério da Saúde não possuía um meio que dialogue com esses jovens. O aplicativo tem base de dados a partir do Ministério da Saúde e da OMS, para ajudar a responder os jovens sobre suas dúvidas buscando trazer orientações básicas”.

Leticia Diniz (IFPB/Campus Catolé do Rocha) está em sua primeira participação fora do estado. “Algo muito diferente, com muita cultura, muita diversidade que não possuía contato antes. Minha expectativa é conhecer o que não conhecia. A gente está trabalhando bastante com a questão de inclusão, temos dois projetos, um com plataforma elevatória e outro é pHmetro de baixo custo para deficientes visuais”.  E a professora da área de Computação e do Mestrado Profissional em Tecnologia da Informação, Damires Souza (Campus João Pessoa), compartilha o modelo de aprendizado em máquina, para predizer o risco de mortalidade de idoso a partir da pneumonia. “Obtivemos dados do Hospital da Unimed de João Pessoa, gerando classificador e avaliações. Criando software para classificar os pacientes para alertar os profissionais de saúde. Trabalhamos com pneumologista para assessorar a gente, e esse App poderá ser estendido para outras doenças, incluindo outras faixas de risco, pensamos também em estender para a covid”.

O Professor de Informática do Campus Avançado São Miguel do Guaporé, Hailton César Reis, reforça que por ser uma unidade em implantação, trabalhando atualmente com turmas dos cursos de Agronegócio, Agrocomputação e Administração, a caravana conta com 10 alunos, representando todos os cursos, e um professor. “Nesse evento estamos participando apenas como ouvintes para que nossos alunos conheçam e já se sintam parte do Instituto Federal. Porém, futuramente gostaríamos também de fornecer eventos no nosso campus para que outras pessoas conheçam e nos ajudem cada vez mais a fazer pesquisa. Em uma próxima edição do CONNEPI pretendemos participar mais a partir de novos projetos que poderão ser realizados”.

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