RAIZ VENCE GRIFE: O Rei esta nu e o mundo viu
Sim, o futebol de verdade deu as caras. Aquele futebol que respira emoção, improviso e paixão, coisas que o dinheiro ainda não conseguiu comprar
AntagonistaRO - Na terra do Tio Sam, o futebol europeu tropeçou nos próprios clichês. A tão esperada Copa do Mundo de Clubes de 2025, realizada na ensolarada Flórida, virou palco de uma revelação incômoda para os gigantes do Velho Continente: o rei está nu. As desculpas já começaram a ser preparadas calendário, clima, arbitragem, cansaço, mas nenhuma delas será suficiente para esconder o vexame retumbante sofrido por times como Chelsea e PSG frente ao Flamengo e Botafogo, que, com garra e técnica, desbancaram seus oponentes com autoridade.
Sim, o futebol de verdade deu as caras. Aquele futebol que respira emoção, improviso e paixão, coisas que o dinheiro ainda não conseguiu comprar. Enquanto os europeus despejam fortunas em elencos que mais parecem seleções, os clubes brasileiros estão mostrando que ainda sabem jogar com a bola no pé e o coração na chuteira.
A soberba europeia, alimentada por uma mídia que serve ao capital e uma bolha de autoconvencimento, desmoronou ao primeiro toque envolvente de um futebol sul-americano mais humano, mais real, mais vibrante. A narrativa de que nossos clubes eram apenas coadjuvantes foi construída à base de subjetividades e interesses financeiros. Mas bastou um jogo, bastou um baile, para essa farsa se dissolver no ar condicionado dos estádios modernos.
Fluminense, Palmeiras, Flamengo, Botafogo. Times que têm história, suor e povo. E mais: clubes como Cuiabá, Bragantino Red Bull, Bahia, Fortaleza, Amazonas, Ceará e tantos outros da série A e B do Brasileirão também mostram, jogo após jogo, que podem sim fazer frente a qualquer milionário europeu. Porque aqui o futebol não é apenas negócio, é identidade, é resistência, é arte.
Resta agora encarar o que por anos foi negado: a força técnica e emocional do futebol brasileiro não morreu, apenas foi sufocada por um bombardeio constante de desvalorização e falta de investimento interno. Mas mesmo com menos estrutura, menos investimento e menos marketing, o talento resiste e aflora. O que nossos clubes estão fazendo no Mundial é um recado claro: subestimem-nos por sua conta e risco.
Com isso, renasce a esperança do torcedor brasileiro. Em meio ao descrédito, ao complexo de vira-lata ainda tão enraizado em certos setores da sociedade, surge a centelha de que o Hexa em 2026 é possível. Porque talento temos de sobra, e faltava talvez apenas a confiança de olhar para o espelho e ver, sem distorções, a própria grandeza.
O que vimos na Flórida é mais que uma sequência de partidas, é uma correção histórica. É o grito de um continente que sempre respirou futebol, mas que foi empurrado para escanteio por interesses que nada têm a ver com a bola rolando. Não tenham dúvidas: depois desse choque de realidade, as seleções europeias pensarão duas vezes antes de encarar um amistoso com qualquer seleção sul-americana. O medo agora mudou de lado.
Jogo é jogo e lambari é pescado. O futebol está voltando para casa e ela fica aqui, do lado de cá do oceano. Que os brasileiros se olhem com mais orgulho. Que deixemos de bajular os gringos enquanto ignoramos nossos craques, nossos clubes e nossa cultura futebolística. Porque o Brasil é, e sempre foi, o país do futebol. E quem disser o contrário, que venha a campo provar.
O rei está nu. E o mundo inteiro viu.
Samuel Costa é rondoniense, professora advogado, jornalista e especialista em Ciência Politica
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