RO: Porto Velho está apta a receber tecnologia 5G, aponta levantamento

Outras seis capitais contam com legislações para instalação de infraestrutura e antenas preparadas para a chegada do 5G, de acordo com levantamento da Conexis Brasil Digital

Marquezan Araújo/Brasil 61/Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Publicada em 05 de novembro de 2021 às 09:08
RO: Porto Velho está apta a receber tecnologia 5G, aponta levantamento

Porto Velho está entre as sete capitais preparadas para receber a tecnologia 5G. O levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que representa as principais operadoras móveis do País, considera que, além da capital rondoniense, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Palmas e Porto Alegre contam com legislações para instalação de infraestrutura e antenas preparadas para a chegada do 5G. Essas capitais têm leis municipais com alta aderência à Lei Geral de Antenas, de 2015.

Entre os pontos avaliados pelo sindicato estão:

  • Não imposição de condicionamentos que possam afetar a seleção de tecnologia, a topologia das redes e a qualidade dos serviços prestados;
  • Não exigir licenciamento para infraestrutura de pequeno porte;
  • Procedimento simplificado e único para obter a licença;
  • Prazo 60 dias para emissão de qualquer licença;
  • Dispensa de novo licenciamento para incluir nova tecnologia ou infraestrutura.

Na avaliação do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet, a revolução tecnológica causada pelo 5G deve impactar sobretudo o setor produtivo. 

“Terá um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas. Porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, disse.

Para chegar a toda a população, a nova tecnologia de transmissão ainda vai demandar das empresas de telefonia investimentos em equipamentos para que o sinal chegue em todo o país. O planejamento do Governo Federal é alcançar todas as capitais brasileiras até meados de 2022 e o país inteiro até 2028. 

Segundo o relator do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados destinado a acompanhar a implementação da tecnologia 5G no país, deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), a iniciativa vai fortalecer vários setores, principalmente o agronegócio. “Hoje, temos uma pequena parcela do agro sendo atendida, e entendemos que esse leilão tem outra característica. Empresas estarão atendendo as grandes e médias cidades do Brasil e, ao mesmo tempo, trata-se de um leilão para aquelas empresas locais, que poderão trabalhar nas cidades de menor porte, de até 30 mil habitantes, na zona rural”, explica. 

Leilão de frequências 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para 4 de novembro o leilão das faixas de frequência do 5G no Brasil.
Existem quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimentos para a implantação da tecnologia. 

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Para cada uma das quatro faixas, empresas vencedoras do leilão têm exigências a cumprir, como disponibilizar 5G nas capitais do país até julho de 2022, levar internet 4G para as rodovias do país e a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal. 

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