Sem lixeiras: projeto vilhenense de coleta seletiva mecanizada é pioneiro no Norte do país
1,8 mil contêineres irão permitir coleta de lixo mais rápida, higiênica e econômica
COLETA MECANIZADA IRÁ resolver problema crônico da cidade: economia, rapidez e higiene
Aprovado desde o ano passado, o projeto que vai abolir as lixeiras na cidade já foi licitado e agora o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) apenas aguarda a entrega dos 1,8 mil contêineres e do caminhão especializado de coleta para que a iniciativa inédita no Norte do país comece. Depois de ativo, o projeto será também acompanhado e fiscalizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).
“As lixeiras em frente às casas, as sacolas espalhadas pelas ruas e o mal cheiro do lixo vão acabar em breve. Esse é um problema histórico do município que será resolvido com a coleta seletiva mecanizada com contêineres do município. Os moradores vão depositar seus resíduos nesses recipientes selados com capacidade para uma tonelada para que o veículo recolha periodicamente, agilizando o trabalho de coleta, diminuindo a mão-de-obra nesse trabalho insalubre e garantindo também a separação dos materiais para reciclagem, em parceria com cada vilhenense”, explica o prefeito Eduardo Japonês.
O recurso do projeto base é de quase R$ 4 milhões e oriundo do Governo Federal, garantido pela articulação em Brasília da Administração atual, através do prefeito Eduardo Japonês e também pela equipe técnica do setor composta pelo diretor do Saae, Maciel Wobeto, o atual secretário municipal de Obras, Paulo Lima Coelho e a diretora de planejamento do Saae, Sueli Magalhães, que se empenharam em diversas reuniões, solicitações e viagens à capital federal.
De acordo com Maciel, cada contêiner estará a aproximadamente 100 metros de cada residência. “Em cada ponto haverá três deles, um para resíduos secos recicláveis, outro para resíduos compostáveis e outro para rejeitos diversos. A coleta será toda mecânica e vai diminuir em 80% os custos com mão-de-obra no trabalho, dando mais eficiência ao serviço. Hoje o Saae gasta quase R$ 1 milhão por mês com a destinação de resíduos para o aterro sanitário. A separação dos resíduos (lixo) deverá reduzir esse número significativamente”, garante.
O diretor revela que o projeto já se encontra licitado e a empresa vencedora agora tem prazo de entrega dos contêineres para os próximos meses. Por sua vez o caminhão e seu equipamento especializado estão em fase de montagem. A previsão do Saae é que dentro de 4 meses o projeto comece a ser instalado no município.
Marcela Almeida, secretária municipal de Meio Ambiente, revela que o processo está na fase final. “A empresa agora tem o prazo limite até 23 de agosto para entregar os contêineres. O caminhão já está praticamente pronto e em breve tudo deve começar a funcionar na cidade. Vamos garantir a eficácia do projeto após de pronto, acompanhando e fiscalizando tudo. Será uma revolução na cidade”, conta.
Atualmente 60 trabalhadores se empenham na reciclagem de cerca de 70 toneladas de resíduos por mês. Isso representa apenas 5% do total. Com a implantação dos contêineres a expectativa do Saae é aumentar esse percentual de reciclagem para mais de 40%, gerando 270 empregos adicionais para lidar com a reciclagem e compostagem desse material que já virá separado pelos moradores.
AJUDA PARLAMENTAR - Duas emendas colaboram para a execução do projeto. O senador Marcos Rogério contribuiu com R$ 500 mil, suficientes para a aquisição de outros 300 contêineres, totalizando 1,8 mil. E o deputado estadual Ezequiel Neiva destinou R$ 300 mil para construção dos recuos nas calçadas a fim de liberar a via e evitar que os contêineres atrapalhem o trânsito. Somados aos R$ 3,8 milhões, estes recursos fazem o projeto totalizar cerca de R$ 4,6 milhões de recursos federais e estaduais.
A SEPARAÇÃO - Cada morador deverá, então, separar dentro de casa os resíduos a serem depositados nos contêineres. No contêiner de resíduos secos recicláveis devem ser deixados papel, plástico, vidro e metais em geral. O contêiner de resíduos compostáveis orgânicos receberá cascas de frutas, verduras, ovos, pó de café usados (incluindo filtros), restos de chás (incluindo saquinhos), ervas de chimarrão/tereré, e semelhantes. No último contêiner vão rejeitos como lixo do banheiro, lenços e fraldas descartáveis, restos de varrição de casa, alimentos e papeis engordurados, bitucas de cigarro e semelhantes.
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