Senadores querem que ministro da Justiça esclareça relatório sobre opositores
Para Nelsinho Trad, o governo precisa esclarecer esses questionamentos
Jaques Wagner (à esq.) e Randolfe Rodrigues apresentaram requerimento à Comissão de Controle das Atividades de Inteligência para ouvir ministro - Leopoldo Silva/Agência Senado
Senadores querem explicações do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, sobre um suposto relatório sigiloso de inteligência com informações de servidores públicos que seriam ligados a movimentos contrários ao governo. O presidente da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência no Congresso (CCAI), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), afirmou nesta segunda-feira (3) que foi procurado por Mendonça e que avalia junto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, como seriam prestados esses esclarecimentos.
Na interpretação de Trad, sigilo de informações impede que a reunião seja aberta. Uma das possibilidades é agendar uma reunião com Mendonça no Ministério da Justiça e Segurança Pública com a presença de deputados e senadores que integram a comissão.
— O ministro da Justiça me procurou, por eu ser o presidente da CCAI, e se dispôs a prestar esclarecimentos na comissão. Por conta do nível de sigilo das informações, as mesmas não podem ser expostas em sessão aberta do Plenário. No entanto, como as comissões ainda não estão funcionando, estamos avaliando alternativas junto com o presidente Davi Alcolumbre e o ministro André Mendonça para que os devidos esclarecimentos sejam feitos aos parlamentares. Uma das alternativas seria a ida dos membros da comissão ao Ministério da Justiça — disse o senador à Agência Senado.
Requerimentos
Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jacques Wagner (PT-BA) apresentaram à CCAI requerimento pedindo que o ministro da Justiça, André Mendonça, explique o suposto relatório sigiloso sobre servidores públicos opositores ao governo. Eles citam no pedido uma reportagem publicada no dia 24 de julho no Portal UOL que aponta que a Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça teria elaborado um relatório de caráter sigiloso sobre mais de 500 servidores públicos da área de segurança e sobre professores universitários identificados como integrantes de movimento antifascismo e opositores do presidente Jair Bolsonaro.
“Tal ação, proveniente do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ao realizar absoluta e clandestina devassa na vida dessas pessoas, caracteriza-se como espionagem política. Postura antirrepublicana, que remete aos tempos sombrios do regime de exceção que vitimou a sociedade brasileira e a própria nação por mais de duas décadas, que viola deveres de legalidade, impessoalidade, publicidade e moralidade impostos ao gestor público”, apontam os senadores no requerimento.
Para Nelsinho Trad, o governo precisa esclarecer esses questionamentos.
— Quanto ao mérito, acredito que se existem questionamentos dos parlamentares e da sociedade quanto a algum tema referente ao Ministério. É nosso dever como comissão fiscalizadora atender a esses pedidos e convidar o ministro para explicar as questões apresentadas — apontou o presidente do colegiado.
Marcelo Cruz anuncia termo de cooperação entre Governo e Prefeitura de Porto Velho
Segundo o deputado Marcelo Cruz, a parceria irá beneficiar diretamente o produtor rural
Leonel Bertolin alerta para corrida por recursos no saneamento básico: “Boi lerdo bebe água suja”
Coordenador do plano de governo do PTB diz ser inadmissível a lerdeza quando está em jogo a saúde do porto-velhense
Maia quer acelerar projeto sobre fake news após ataques a Felipe Neto
Desde o início do mês passado, a Câmara tem promovido debates com especialistas para aprimorar o texto aprovado pelos senadores para combater notícias falsas na internet
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook