Sindicato exige fiscalização mais efetiva no combate à covid-19 dentro e fora das agências
A Justiça do Trabalho concedeu liminares – com força de mandado – ao Sindicato, ainda em 2020, determinando que as instituições financeiras e cooperativas de crédito adotem medidas de segurança para que seus funcionários não sofram o contágio do vírus
O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) repudia a forma com que está sendo feito o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (SARS-COV-2) por parte do governo federal e do governo estadual. A diretoria desta entidade sindical está convencida de que as medidas adotadas pelos governantes para inibir o avanço da covid-19 são desordenadas e ineficazes, e isso se confirma dia após dia com o balanço divulgado pelas Agências Municipal e Estadual de Vigilância em Saúde, com números crescentes de contaminados e de óbitos.
Está bem claro que a situação atual desta denominada “segunda onda” de contaminação está pior que em muitos momentos da pandemia no ano passado, pois os números de mortos no país já ultrapassam 1000 por dia, e dezenas em Rondônia, além dos milhões de novos infectados no país e milhares em Rondônia.
As notícias mais recentes confirmam, nos discursos em entrevistas coletivas do governador Marcos Rocha, do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, e de administradores de dezenas de municípios do interior, que a rede de saúde pública está em colapso, especificamente no que se refere à lotação dos leitos destinados a pacientes com covid-19. Já não há mais leitos nem na rede particular conveniada, e o quadro se tornou tão crítico que o poder público rondoniense está transferindo pacientes para outros estados da Federação, para que mais vidas não sejam perdidas.
Diante deste cenário de caos e desespero, e preocupado com a saúde e a vida dos trabalhadores do ramo financeiro (bancários e funcionários das cooperativas de crédito) que diariamente vão para a linha de frente no atendimento à população, o Sindicato recomenda fortemente que o governo estadual tome medidas mais severas e realmente efetivas no combate ao coronavírus. O Sindicato reivindica maior atuação dos órgãos fiscalizadores dentro e fora das agências, com questões que vão desde o uso de máscara e álcool em gel, até o distanciamento entre os funcionários e as pessoas que se aglomeram nas filas na parte externa destas instituições financeiras.
A Justiça do Trabalho concedeu liminares – com força de mandado – ao Sindicato, ainda em 2020, determinando que as instituições financeiras e cooperativas de crédito adotem medidas de segurança para que seus funcionários não sofram o contágio do vírus, como a restrição do atendimento ao público mantendo o distanciamento de dois metros entre cada trabalhador e a adoção de medidas a fim de reduzir a aglomeração de pessoas nas áreas de caixa eletrônico, inclusive com a utilização de reforço policial, caso necessário.
“Exigimos que sejam adotadas, imediatamente, medidas como ordenamento nas filas, limitação de acessos, agendamento e horários diferenciados para atendimento de clientes que estão no chamado grupo de riscos. E suplicamos aos órgãos públicos, como Polícia Militar, Secretaria Municipal de Fazenda (SEMFAZ), Ministério Público do Trabalho (MPT), Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Vigilância Sanitária e a Agevisa atuem com maior rigor na fiscalização desse segmento – bancos e cooperativas de crédito -, considerado essencial nessa pandemia de coronavírus, para que as aglomerações sejam evitadas e, assim, possamos proteger as vidas dos trabalhadores, clientes e usuários destas instituições. Por isso pedimos que as pessoas só vão às agências se for realmente um caso de extrema necessidade e se não houver outra alternativa. Todos os cidadãos precisam fazer sua parte”, ressaltou José Pinheiro, presidente do SEEB-RO.
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