Sindicato recomenda que bancos reforcem a manutenção preventiva nos sistemas de ar condicionados das agências
Diante deste cenário, o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que tem recebido inúmeras queixas sobre a precariedade dos sistemas de climatização das agências
O ano de 2023 está sendo marcado por sucessivas ondas de calor que tem castigado a população, secado rios e causando seca em diversas partes do país. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mais de 1.400 municípios estão sendo afetados pela onda de calor. Dessas cidades, 1.138 estão com alerta vermelho de "grande perigo", quando os moradores devem sentir os efeitos do calorão, em temperaturas 5 graus acima do habitual, por mais de cinco dias seguidos. Já o alerta laranja, de "perigo", foi dado para todo o Sudeste e regiões do Sul, Norte e Nordeste.
Diante deste cenário, o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), que tem recebido inúmeras queixas sobre a precariedade dos sistemas de climatização das agências, e que chegou a interditar, recentemente, algumas unidades pela falta de condições de trabalho, recomenda que os bancos reforcem a manutenção preventiva dos sistemas de ar condicionado em todas as agências do estado, tanto dos bancos públicos (Caixa, Banco do Brasil e Banco da Amazônia) quanto dos bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander).
“Os institutos especializados, de acordo com o noticiário nacional, confirmam que as temperaturas vão ficar acima da média em boa parte do país até meados de fevereiro de 2024, e por isso os bancos precisam tomar providências que garantam o funcionamento dos ar condicionados dentro das agências, pois é humanamente impossível trabalhar nessas condições”, afirma Ivone Colombo, presidenta do Sindicato.
“O Sindicato tem mantido a cobrança junto às superintendências e representantes regionais dos bancos sobre este e outros assuntos, e entende que, muitas vezes, a culpa da precariedade dos serviços de manutenção é das empresas contratadas para esta finalidade. No entanto, não podemos admitir que exista qualquer fator que coloque em risco a saúde dos trabalhadores, e por isso mesmo estamos recomendando que os bancos reforcem, de uma forma ou de outra, a manutenção preventiva desses sistemas, pois esta onda de calor, que não tem prazo para cessar, vai forçar o uso dos equipamentos e, consequentemente, mais problemas de mau funcionamento irão surgir”, completa a dirigente.
QUANDO O CALOR VAI PASSAR?
Segundo Andrea Ramos, meteorologista do Inmet, o que vai reduzir a sensação térmica de calor extremo são as incursões dos sistemas frontais, que proporcionam chuva. Porém, há a possibilidade das temperaturas altas persistirem até o próximo outono.
POR QUE ESTÁ TÃO CALOR?
O El Niño é geralmente associado ao aumento das temperaturas globais e a intensificação dos eventos climáticos. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) coloca que o fenômeno climático tem 62% de chances de persistir até junho de 2024, o que engloba o verão e o outono brasileiros.
“O El Niño vai provocar um calor que persiste na parte central do país, com irregularidades fortes de chuvas na região Sul e tempo seco e quente no Norte”, detalha Andrea Ramos.
A meteorologista do Inmet explica que o El Niño entrou no seu pico no em outubro, o que deve persistir até fevereiro. O fenômeno só começa a perder força a partir de abril, com uma redução gradual da sua influência.
“Entre abril, maio e junho, há uma influência da La Niña, que contrapõe o El Niño. Ela o ameniza e as temperaturas tendem a não serem tão altas. Por exemplo, no ano passado, estávamos sob a sua atuação e tivemos até recorde de frio em Brasília, com 1,4°C. Temos que ficar atentos a todas as transformações, mas a maior possibilidade de neutralidade de temperaturas é para meados de junho”, conclui.
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