"SINDUR e CAERD negociam demissões de empregados com comorbidades que não querem retornar ao trabalho"

Trata-se de uma questão humanitária, pois são trabalhadores com idade mais avançada e portadores de graves comorbidades, os quais, juntamente com familiares, têm grande receio de se expor ao risco de contágio em meio ao quadro de alta contaminação e baixa vacinação atualmente no Estado

SINDUR-CUT
Publicada em 24 de junho de 2021 às 19:19

Durante a nona rodada de negociação entre o Sindicato dos Urbanitários (SINDUR) e a CAERD, realizada na sede da companhia de águas em Porto Velho, nesta quinta-feira (24), uma das pautas de reivindicação do sindicato foi a situação de mais de duas dezenas de empregados, que estão afastados desde o início da pandemia do coronavírus, por terem idade avançada e/ou comorbidades, que deveriam retornar ao trabalho após a segunda dose de vacina, de acordo com o recente Decreto do governador Marcos Rocha.

Participaram da negociação os diretores do SINDUR Wilson Lopes, Josenilde Braga, Alan Bentes e Roberto Leite, assessorados pelos advogados Ernandes Segismundo e Itamar Ferreira, este último pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Representando a CAERD, participaram o presidente da empresa Irineu Cardoso e diretor financeiro Cleverson Brancalhão.

Trata-se de uma questão humanitária, pois são trabalhadores com idade mais avançada e portadores de graves comorbidades, os quais, juntamente com familiares, têm grande receio de se expor ao risco de contágio em meio ao quadro de alta contaminação e baixa vacinação atualmente no Estado. Como se sabe, nenhuma vacina é 100% eficaz, como demonstra o caso do famoso sambista Nelson Sargento, ocorrido no final do último mês de maio no Rio de Janeiro, que contraiu Covid-19 e faleceu meses após tomar a segunda dose da vacina.

Houve avanço, pois a diretoria da CAERD concordou com a reivindicação e busca meios de viabilizar os recursos financeiros necessários para as demissões destes empregados, que já manifestaram a preocupação com o retorno ao trabalho e o desejo de se desligarem da empresa. Além da questão financeira, será necessário estabelecer um cronograma e critérios de prioridades, pois a empresa não teria condições de demitir e indenizar todos de uma única vez.

Para a diretoria do SINDUR, “é muito positiva a decisão da CAERD de acatar esta reivindicação, pois garantirá a tranquilidade de mais de duas dezenas de famílias. Agora é necessária a definição dos recursos, do de cronograma e de uma ordem para estas demissões, baseadas em critérios que contemplem as situações mais prioritárias em primeiro lugar”.

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