Sua Excelência a abstenção

Em tempos de pandemia, muitos preferiram não arriscar, tampouco colocar em perigo a vida de suas famílias, principalmente idosos e pessoas do grupo de risco, o que não deixa de ser uma decisão sensata

Valdemir Caldas
Publicada em 29 de novembro de 2020 às 14:59
Sua Excelência a abstenção

Independente de quem saía consagrado das urnas no segundo turno do pleito para a prefeitura de Porto Velho (Hildon Chaves ou Cristiane Lopes), certo é que, mais uma vez, o protagonista das eleições de 2020, aqui e alhures, foi Sua Excelência a abstenção. De nada adiantaram os apelos de autoridades e políticos (alguns até comoventes) para que a população não deixasse de votar, mas o medo da Covid-19, somado ao descrédito de que desfruta parcela significativa da classe politica, afastaram muitos eleitores das urnas.

Em tempos de pandemia, muitos preferiram não arriscar, tampouco colocar em perigo a vida de suas famílias, principalmente idosos e pessoas do grupo de risco, o que não deixa de ser uma decisão sensata. Afinal, o coronavírus continua fazendo vítimas. Até a noite de sábado (28), Rondônia estava no vermelho no mapa da Covid-19. Não se discute a importância do voto para o aperfeiçoamento da democracia, mas a vida é uma dádiva de Deus e um bem extraordinário, que precisamos cuidar, embora muita gente insista em ignorar o perigo, saindo de casa sem máscara, não respeitando o distanciamento social, ou, ainda, frequentando bares e participando de baladas nas esquinas das ruas ou em casas noturnas, com a maior naturalidade. 

Votei, mais uma vez, porém, se pudesse, teria ficado em casa. Agora, é esperar a proclamação do resultado, e acompanhar a disputa para a escolha da futura mesa diretora da Câmara Municipal de Porto Velho, cujas articulações já começaram logo após o primeiro turno.  

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