TJ-RO julga causa que pode beneficiar famílias endividadas
Empréstimos consignados: decisão definirá regras gerais para todos os processos em andamento e novos
O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) julga nesta terça-feira (18), às 8h30, um Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), processo usado para unificar a resposta da Justiça quando há milhares de ações sobre o mesmo assunto. A decisão fixará uma regra geral que deverá ser seguida por todos os juízes do estado nos casos de empréstimo ligado a cartão consignado, afetando tanto processos em andamento quanto novos casos. O que for decidido agora passa a ser o padrão obrigatório.
O julgamento envolve o Banco BMG e um modelo de contratação que tem afetado aposentados, pensionistas e servidores: pessoas que acreditam ter feito um empréstimo comum e acabam presas a um cartão com descontos mensais que parecem não ter fim, comprometendo despesas básicas das famílias.
Desenhando a ilegalidade
Para apoiar o julgamento, o Instituto de Defesa da Coletividade Escudo Coletivo, admitido pelo TJ-RO como “amigo da Corte” pela relevância de sua perspectiva na proteção dos consumidores vulneráveis, apresentou contribuição técnica que resume — em linguagem clara e com imagens — como esses contratos são oferecidos e por que acabam levando tantas pessoas ao superendividamento. O material mostra que muitos consumidores não foram informados de que se tratava de um cartão, com juros maiores e saldo que quase não reduz, mesmo após anos de desconto.
Decisões padrões de outros Tribunais
Em petição, o Escudo destacou ainda que tribunais de Minas Gerais e, sobretudo, do Amazonas já reconheceram esse modelo como enganoso desde a origem. No Amazonas, os julgadores garantiram devolução em dobro e indenização por danos morais ao consumidor enganado. O instituto mencionou ainda posições de Procons e Defensorias Públicas de vários estados e lembrou decisão recente da Justiça do Paraná, que condenou o Banco BMG a pagar R$ 500 mil em danos morais coletivos por práticas semelhantes.
Falta paz para milhares
“Estamos falando de gente que vive hoje contando cada real. Quando o desconto se avoluma e a dívida não acaba, falta comida, falta remédio, falta paz. A forma como o Tribunal decidir agora vai se refletir em milhares de processos por muitos anos”, afirma Ronilson Pelegrini, que integra o Escudo Coletivo.
Voz negada, convocação realizada
Após a negativa de sustentação oral tanto ao Escudo Coletivo quanto à Ordem dos Advogados do Brasil, o Escudo tomou a iniciativa de avisar a população sobre a sessão. Vídeos gravados pelos integrantes Ronilson Pelegrini, advogado de Espigão do Oeste, e Júlia Azevedo, da capital, foram divulgados nos canais do Escudo nas redes sociais, chamando atenção para o que está em jogo: a definição de um padrão que poderá aliviar — ou manter — o peso das dívidas sobre milhares de famílias rondonienses.
Processo nº 0802205-09.2025.8.22.0000.
Matéria em apoio ao processo eleitoral do Sindmoto
CUT apresenta para Junta Governativa do SINDMOTO proposta para realização de eleição em 21 de janeiro
Meninas vencem JOER Infantil pela 3ª vez consecutiva
O orgulho desta geração é enorme e estas meninas gravaram seus nomes no Hall das grandes atletas que o vôlei feminino da AVV já revelou
Tarilândia também é beneficiada com decoração natalina
Atrações no Parque da Cidade a partir de sábado (22)




Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook