Último dia de debates do Amazônia+21 aborda negócios e financiamentos para promoção do desenvolvimento sustentável

Fechamento do encontro destrinchou os conceitos de bioeconomia e economia circular

Rafaela Gonçalves/Brasil 61
Publicada em 07 de novembro de 2020 às 11:00
Último dia de debates do Amazônia+21 aborda negócios e financiamentos para promoção do desenvolvimento sustentável

O terceiro e último dia de debates do Fórum Amazônia+21 teve como tema principal negócios e financiamentos para promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida da população residente na região Amazônica. Os painéis abordaram processos produtivos, aliando o progresso econômico a sustentabilidade. 

Foi apresentado o estudo “O papel do setor financeiro na gestão de riscos florestais das empresas no Brasil”. O material reúne informações sobre iniciativas relevantes para gestão de risco do desmatamento e traz recomendações voltadas para o setor financeiro. A amostra conta com 98 empresas dos setores ou commodites de pecuária, produtos florestais, soja e óleo de palma. 

Lais Maciel, gerente de projeto e operações da CDP, que realizou o estudo, explicou como as empresas estão trabalhando. “Varia muito de commodite para commodite e como não tem uma política ou processo específico, as empresas vão levando nos seus sistemas próprios com a sua forma de avaliar, geralmente aliados a avaliação de riscos florestais”, disse. 

Para Maciel, as empresas brasileiras têm seguido um bom caminho, mas tem a oportunidade de melhoria, com a padronização e criação de diretrizes mais específicas, além de expandir a rastreabilidade dos riscos. 

95% da população acredita ser possível alinhar progresso econômico com a conservação da Amazônia

Fórum discute desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, esteve presente em um dos painéis para apresentar a visão estratégica do banco e do Governo Federal sobre o desenvolvimento na região. Ele avaliou como primordial o conceito de compensação na busca por investimento privado. 

“O nosso objetivo é levar para a Amazônia grandes e médias empresas, desenvolver essa bioeconomia, desenvolver o turismo sustentável. Agora, é algo novo, isso é algo que o Brasil ainda está caminhando. A gente precisa cada vez mais formalizar a Amazônia, no elemento territorial, em fiscalização, em declaração, e trazer o estado brasileiro, os grandes decisores de investimento, aproximar essa turma da região”, destacou.

O último dia do encontro destrinchou os conceitos de bioeconomia e economia circular. Foi apresentado o case da BVRio com o designer de madeira sustentável, iniciativa que se tornou uma fonte de renda para ribeirinhos e tapajós. Além disso, os painéis trataram também de mecanismos de internacionalização e os impactos no desenvolvimento econômico da região amazônica.

Sobre o Fórum

O encontro, que ocorreu do dia 4 ao dia 6 de novembro, desta vez aconteceu forma híbrida, virtual e presencial, em razão da pandemia de Covid-19. Com uma agenda técnica e encontros preparatórios, foram realizadas reuniões temáticas prévias nos meses de agosto a outubro. 

O Fórum conectou governos, empreendedores, cientistas, pesquisadores, setor produtivo, investidores e sociedade, dialogando sobre a geração de riquezas na região amazônica com a proteção plena ao bioma.

O evento foi promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Agência de Desenvolvimento de Porto Velho, Prefeitura de Porto Velho e contou ainda com apoio do governo do estado. A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL) foram correalizadores.

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