Usina de Calcário produz 400 mil toneladas de minério por ano em Rondônia
De baixo custo, o calcário de Rondônia custa R$ 55 a tonelada, mas agrega valor a toda a cadeia produtiva, de acordo com Renê Hoyos Suarez, presidente da CMR.
A produção anual de calcário é de cerca de 400 mil toneladas, numa reserva de mais de 200 anos de produção
Relativamente novo em Rondônia, inaugurado em 2015, o parque industrial da Usina de Calcário, administrado pela Companhia de Mineração de Rondônia (CMR), abastece o estado de Rondônia e regiões vizinhas, como Acre, Amazonas e até a Bolívia. A produção anual é de cerca de 400 mil toneladas, numa reserva de mais de 200 anos de produção.
De baixo custo, o calcário de Rondônia custa R$ 55 a tonelada, mas agrega valor a toda a cadeia produtiva, de acordo com Renê Hoyos Suarez, presidente da CMR. “Para se ter ideia, precisamos de correção do solo para pasto, para agricultura e correção do Ph da água para piscicultura, e tudo utilizando o calcário”, exemplifica. Além disso, o presidente esclarece que é a própria CMR que ajuda a controlar os custos, tornando a manutenção do preço do calcário acessível. Segundo ele, o único gargalo que inviabiliza ainda mais a escoação do calcário produzido pela CMR são os custos do transporte. “Mas a base de sustentação do Estado é o agronegócio e toda economia termina passando pelo calcário, que é o principal insumo do agronegócio. Isso torna o minério tão importante”, define Renê.
A exemplo de anos anteriores, a previsão é de que a produção a todo vapor seja implementada a partir do mês de abril, período conhecido como janela agrícola, ou entre safra, quando o clima fica mais seco em Rondônia e momento ideal para o trabalho de moagem das pedras. “Não tem como trabalhar com material molhado, o calcário decorre da quebra das rochas até se tornarem pó aspergido, se está úmido é mais complicado. Para trabalhar com as pedras molhadas, por exemplo, é preciso colocar em lugar coberto, esperar até quatro dias para secar. São situações específicas do inverno amazônico, que aumentam os custos de produção”, explica Renê Suarez.
Ele garante que assim que retornar à chamada janela agrícola, a previsão de trabalho é da produção de 20 a 30 mil toneladas de calcário por mês.
Renê Suarez presidente da Companhia de Mineração de Rondônia
Renê Suarez citou parcerias firmadas com a Seagri, Emater, Idaron e DER, este último viabiliza manutenção nas vicinais, inclusive as que dão acesso à Usina de Calcário. A próxima parceria que está sendo avaliada é junto à Embrapa. “A CMR está instalada em Rondônia para ajudar no agronegócio, o pequeno, médio e grande produtor, assim como a agricultura familiar e não só para atender o grande produtor, porque ele por si só já agiliza a sua demanda, coisa que as prefeituras, as associações e as cooperativas de produção não tem. Eles têm dificuldades, como o acesso, onde entra a CMR como facilitadora, por meio de convênios, junto aos órgãos do governo”, explica.
Outro exemplo de parceria citada pelo presidente da CMR é o projeto Mais Calcário, realizado por meio da Seagri, e constitui-se do repasse gratuito de calcário para as prefeituras.
PARQUE INDUSTRIAL
A reserva fica no município de Pimenta Bueno, na estrada que dá acesso a Espigão do Oeste, no local atuam 17 trabalhadores, são técnicos que atuam em maquinários, britador e moinho, especializados na área de mineração, 95% desses trabalhadores moram na região.
O Parque Industrial é formado por britagem primária, britagem secundária e a moagem. De acordo com Renê Suarez, o calcário da Usina de Rondônia é de boa qualidade, com Poder relativo de Neutralização (PRNT), que varia de 76% a 90% dependendo do local em que se tira. Por exemplo, o material que está mais em cima, mais próximo do solo ele tem percentual menor, já o material que está mais no subsolo tem um percentual maior de cálcio e magnésio. O valor mínimo de PRNT para comercialização é de 45%.
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