Violência contra a mulher: Gramado (RS) adere à campanha Sinal Vermelho

A Sinal Vermelho foi criada quando as vítimas não podiam procurar delegacias e centros de atendimento para denunciar os agressores

Agência CNJ de Notícias com informações da AMB/Foto: Divulgação
Publicada em 21 de junho de 2021 às 17:04
Violência contra a mulher: Gramado (RS) adere à campanha Sinal Vermelho

Ampliar os locais onde a mulher possa denunciar as agressões que sofre. Esse é o objetivo da campanha Sinal Vermelho que, nessa sexta-feira (18/6), recebeu a adesão da prefeitura de Gramado (RS). A campanha criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) completou um ano neste mês de junho.

“A Sinal Vermelho foi criada quando as vítimas não podiam procurar delegacias e centros de atendimento para denunciar os agressores. Assim, pensamos em formas de pedir ajuda silenciosamente. E foi então que pensamos nas farmácias. Hoje, com um ano desde a criação da campanha, já são mais de 12 mil farmácias cadastradas em todo o Brasil”, explicou a conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tânia Reckziegel.

Ela participou do ato de lançamento do Pacto de Enfrentamento à Violência contra a Mulher no município gaúcho. Além da campanha, a prefeitura ainda está construindo o Centro de Referência de Atendimento à Mulher. “A união de esforços exalta os princípios da corresponsabilidade e participação social, abrindo portas para a formação de parcerias longínquas e efetivas entre os Poderes no âmbito preventivo e informativo, por meio de ações de conscientização e troca de informações sobre o tema.”

Para a presidente da AMB, Renata Gil, é uma honra ver a campanha crescendo pelo país e salvando vidas de tantas mulheres. “Hoje, a Sinal Vermelho é lei em 10 estados e no Distrito Federal. Conseguimos colocá-la no Pacote Basta, que foi aprovado por unanimidade pela Câmara dos Deputados. Tivemos essa ideia para salvar vidas de mulheres que se viram presas em casa junto aos agressores. E agora, essas mulheres tiveram a chance de recuperar suas vidas e se livrar dessa agressão.”

A supervisora da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência com as Mulheres do CNJ, Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva, também ressaltou as vidas que foram salvas com a criação da Sinal Vermelho. “A campanha conseguiu evitar que centenas de mulheres morressem por feminicídio, que é uma pandemia dentro de outra pandemia.”

O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, afirmou que é uma “gratificação” ter a Sinal Vermelho no município, além dos outros projetos pensados no termo de cooperação, que visam ajudar as vítimas a reconstruírem suas vidas. Além da oficialização da Sinal Vermelho e criação do Centro de Referência, o termo também prevê a disseminação de campanhas educativas de incentivo às denúncias contra os agressores.

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